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O argumento ontológico e suas críticas

Por:   •  2/11/2018  •  1.211 Palavras (5 Páginas)  •  249 Visualizações

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A distinção entre o pensamento de Aquino e Anselmo está no conhecimento da essência: o homem, segundo Aquino, não conhece a essência de Deus e, por isso, mesmo que conheça a definição do termo “Deus”, não implica dizer que o insensato necessariamente o aceite como um ser existente fora da mente. Como mencionado anteriormente, é a posteriori que Tomás de Aquino defende um argumento acerca da existência de Deus, de uma ordem ontológica à lógica e não o contrário. Tomás descreve, por conseguinte, cinco vias como uma tentativa de dar um argumento válido como uma refutação ao método a priori de Anselmo, que pode ser resumido da seguinte maneira:

Primeira via: proveniente do movimento. “Todo movido por outro o é”, porém, há um motor que não foi por outro movido e que é princípio de movimento, chamado Deus;

Segunda via: procede da natureza da causa eficiente. Há uma ordem das causas eficientes nos seres sensíveis, porém, assim como o primeiro motor, uma coisa não pode ser causa eficiente de si mesma, o que nos leva à uma causa eficiente primeira, ao qual é chamado Deus;

Terceira via: procedente do possível e do necessário. Tudo o que é necessário ou tem de fora a causa de sua necessidade ou não a tem, portanto, como as vias anteriores, há de se admitir um ser por si necessário que é a causa da necessidade de outros, chamado Deus;

Quarta via: procede dos graus que se encontram nas coisas. A bondade, a nobreza ou a beleza, por exemplo, se encontram em diferentes graus nas coisas, e, para podermos perceber e reconhecer esses graus, é necessário que reconheçamos algo que o seja verdadeiramente e que seja causa de todas essas coisas e de todos os graus que há nelas, chamado Deus;

Quinta via: procede do governo das coisas. Vemos que as coisas são ordenadas em vista de um fim ótimo, mesmo os corpos naturais que carecem de conhecimento. Podemos inferir, portanto, que há algo que deve ser a causa dessa ordem e pelo qual todas as coisas naturais se ordenam ao fim ótimo, ao que é chamado Deus.

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