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O Platão e o Conhecimento

Por:   •  25/4/2018  •  6.826 Palavras (28 Páginas)  •  252 Visualizações

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10. CONCLUSÃO

11. BIBLIOGRAFIA

- INTRODUÇÃO

Este seminário tem como objetivo demonstrar pensamento de Platão e o seu conhecimento. Para isso, foi realizada uma análise de algumas de suas obras, além da pesquisa sobre sua biografia, uma conexão entre a verdade platônica e uma série televisiva atual e a apresentação de um filme de curta duração.

Dividido em oito tópicos, o trabalho inicia com um breve resumo da vida de Platão e concluiu na apresentação de um episódio da série “Ser ou Não Ser”.

A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica somada à buscas na internet.

- BIOGRAFIA DE PLATÃO

Platão, que nasceu em 427 a.C. em Atenas, não foi apenas um filosofo grego, mas um dos principais pensadores da filosofia ocidental. Membro de uma nobre família ateniense, viveu entre o auge da democracia e o fim do período helênico.

Na juventude, acabou se interessando pela vida pública, fato que fez ele se tornar discípulo de Sócrates – por meio desse, Platão tornou-se um apaixonado amante da sabedoria. É atribuída ao filósofo a seguinte frase: "Agradeço a Deus por ter nascido grego e não bárbaro, homem livre e não escravo, homem e não mulher; mas, acima de tudo, por ter nascido na era de Sócrates".

Após a morte de Sócrates, realizou diversas viagens a várias partes do mundo, buscando aprofundar seus conhecimentos para seus estudos filosóficos. Nessa época escreveu suas primeiras obras: "Apologia de Sócrates", "Críton", "Protágoras" e "Górgias".

Ao retornar à Atenas fundou sua própria escola, denominada Academia, com o objetivo expandir as ideias e pensamentos socráticos.

Platão morre em 347 a.C., aos 81 anos – idade impressionante naquela época-, deixando suas reflexões em mais de trinta obras e um grande diálogo não terminado: “As Leis”.

- PRINCIPAIS OBRAS

• Banquete: É um diálogo socrático de cunho teatral e poético escrito por Platão. Nele vários oradores, dentre eles, Sócrates, discutem sobre o amor ao que é belo, e esse é visto em diferentes perspectivas.

• Fédon: O livro retrata os momentos antecedentes a morte de Sócrates. Em Fédon, Sócrates enfatiza sua crença sobre a imortalidade da alma. Além disso, há uma reflexão sobre a calma de Sócrates diante da morte eminente e a falta da crença social na existência da alma.

• Fedro: Diálogo em que Platão expõe as qualidades do amante do saber e sua visão sobre a retórica -arte de falar bem, persuadir- e o amor (amor platônico). Nesse livro é possível perceber a teoria dos Dois Mundos de Platão.

• Sofista: Obra em que o Estrangeiro de Eleia e Teeteto discutem sobre a definição de sofista, utilizando analogias e reflexões dicotômicas.

• Górgias: Dialogo entre Sócrates, Górgias, Querefonte, Polo e Cálicles, em que o foco é a retórica, analisando a sua utilização e refletindo sobre a moral da retórica (se é justa ou não). Nele também se difere a sofistica e a filosofia e se discute o uso político da violência e da retórica.

• Político: Esse livro visa fazer uma reflexão sobre o modo -personalidades e qualidades- de como deveria ser o governante ideal da Pólis. Somando a isso também se discute o conhecimento necessário para que o político tenha um governo bom e justo.

• As Leis: Obra não finalizada de Platão, o diálogo reflete a origem das constituições e a conduta do cidadão, passando por elementos da ética, política, psicologia, matemática e astronomia, entre outros.

- TEORIA DOS DOIS MUNDOS

A teoria dos Dois Mundos de Platão é considerada a principal tese platônica e baseia-se na existência dos mundos sensíveis e das ideias. Para construí-la, Platão teve como base as teorias de dois dos maiores filósofos pré-socráticos, Heráclito de Éfeso e Parmênides de Eléia.

Heráclito acreditava que o mundo estava em constante transformação, em uma luta das forças contrárias. É atribuída a ele a frase: "Ninguém pode entrar duas vezes no mesmo rio, pois quando nele se entra novamente, não se encontra as mesmas águas, e o próprio ser já se modificou.”. Dele Platão julgou as ideias a respeito do mundo material e sensível, das imagens e opiniões, como corretas.

Parmênides, por sua vez, tinha percepções antagônicas as de Heráclito. Ele acreditava que o ser é imutável, que a percepção pelos sentidos é ilusória e que só o mundo inteligível é verdadeiro. Platão concordava com Parmênides de que a Filosofia deveria preocupar-se com o mundo visível apenas ao pensamento.

Fazendo uma síntese das duas perspectivas e unindo-as, Platão criou sua própria teoria. Para o filósofo, haviam dois mundos distintos e separados:

O Mundo das Ideias, também conhecido como Inteligível, que estaria contido no plano suprassensível. Para Platão, além de ser perfeito e incorruptível, nesse Mundo é que se encontraria a ideia do Bem - o Bem se identifica como uma imitação do divino, e consiste na alma ordenada e plasmada segundo a ordem do mundo ideal. Somente poucos conseguem alcança-lo, já que a superação da própria ignorância é fundamental para que isso ocorra. Nele estariam os homens sábios, em que a inteligência e a razão predominam.

E o Mundo Material, conhecido também como mundo Sensível, dos fenômenos e da subjetividade. Ele é o mundo concreto no qual vivemos e, além de imperfeito, pois pode se mudar constantemente, seria acessível aos sentidos. É nele em que a maioria dos homens, tidos como comuns, estão presos. Enquanto esse mundo existe no tempo, o Mundo das Ideias seria eterno.

Para exemplificar e esclarecer sua teoria, o filósofo cria no seu livro intitulado “A República” o Mito da Caverna.

- DIÁLOGO DE TEETETO

Teeteto é um dos mais famosos diálogos escritos por Platão, é a transcrição lida por Euclides à Terpsion, baseado na conversa entre Sócrates e o matemático Teeteto, quando Teeteto ainda era jovem e estudava com Teodoro, na cidade de Cirene.

O objetivo de Platão ao construir esse diálogo é buscar a episteme, ou seja, o conhecimento. Não chega

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