Crepúsculo dos Ídolos
Por: Ednelso245 • 12/6/2018 • 752 Palavras (4 Páginas) • 369 Visualizações
...
No sexto capítulo, Nietzsche chega ao fim de seu raciocínio: critica com argumentos sólidos todos os fundamentos das outras formas de pensar. Chamados aqui de quatro erros, são: a confusão de causa e consequência, a falsa causalidade, as causas imaginárias e o erro do livre-arbítrio. Algo como um manual bem elaborado sobre como não pensar em uma filosofia, Friedrich Nietzsche encerra este capítulo definindo sua doutrina e englobando o leitor: “Ninguém é responsável por existir, [...] mas não existe nada fora do todo!”, ou seja, o que se é se é, e justamente por não haver uma causa prima que explique isso, é que chegamos à libertação, e podemos nos tornar. O capítulo encerra de maneira direta, sintetizando todo esse raciocínio e a aversão do autor ao cristianismo e suas idiossincrasias na seguinte frase: “Nós negamos Deus, nós negamos a responsabilidade de Deus: apenas assim redimimos o mundo.” Assim, assumindo que o poder de mudança cabe somente a nós, não precisamos de algum ser superior mentalizado para nos julgar; cabe a nós o julgamento.
Arrogante, Nietzsche não trai sua ideologia em nenhum momento do texto, sempre fornecendo argumentos bem baseados e fundamentados, com exemplos simples que convencem o leitor, e acaba criando uma leitura além de um simples tratado filosófico sobre ser ou não ser, mas uma opinião com propostas reais e concretas de mudança, recheada de sarcasmo. Mesmo parecendo ser uma pessoa desagradável e egocêntrica, Friedrich Nietzsche se mostra brilhante, com uma visão muito interessante do mundo que merece ser lida.
...