Resenha comunicação e expressão
Por: Ednelso245 • 26/9/2018 • 1.282 Palavras (6 Páginas) • 304 Visualizações
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Após poucos dias depois da instalação dos primeiros módulos dos guarda-corpo, os mesmos foram retirados. A insatisfação de agentes sobre o artefato somou importâncias que ocasionaram na remoção do guarda-corpo. Muitos deles aproximaram-se do artefato quando perceberam que os seus interesses estavam sendo preteridos. Tal operação revela um obstáculo que precisa ser superado para que o artefato estabilize-se. Surge, assim, uma maneira de se contornar ou superar esse elemento impeditivo. A prefeitura municipal elabora então ações emergenciais para que se projetem novas alternativas para o então insatisfatório guarda-corpo. Um novo diagnóstico revelou-se ao identificar a realização de uma manobra improvisada. Definiu-se um concurso que elegeu o projeto mais apropriado para o guarda-corpo. Assim, de diversas propostas apresentadas, elegeu-se uma. Os motivos da escolha das propostas tomam por base as disposições de um edital publicado na ocasião em que se lançava o concurso. A definição da proposta foi realizada por uma comissão de avaliação formada por arquitetos indicados pelo IAB-RS, representantes de ciclistas e integrantes da SMOV e EPTC. Esse corpo formado por técnicos diversos, ciclistas e por um edital definido, serviu como uma espécie de entidade legitimadora do artefato.
O autor relatou que as transformações ainda se seguiram pelo decorrer do processo. O material proposto pelo autor do projeto, a saber, um polímero denominado PEAD, não se apresentava disponível. Assim, esse agente não humano precisaria ser substituído convenientemente. Recruta-se, desta forma, outro agente para a rede de estabilização do artefato. O Grupo Leão surge assim como o agente responsável por fornecer uma matéria prima que substituiria o polímero antes previsto. Esse material é feito a partir de madeira sintética à base de resíduos sólidos, e é desenvolvido a partir de sacolas plásticas e outros resíduos, sendo capaz de absorver impactos durante o uso.
Dá-se ênfase que mesmo após realizados esses movimentos de traduções descritos, ainda assim o guarda-corpo parece não alcançar estágios de maturidade. O guarda-corpo recentemente implementado sofreu degradação natural, não era suficientemente resistente e apresentou diversos sinais de fragilidade. A ampliação do trecho cicloviário ainda deve ainda sofrer transformações, pois são apenas 416 metros dos 9,4 km pretendidos. Revelou-se que o que o uso de guarda-corpo deve restringir-se somente aos trechos mais estreitos da ciclovia, e não mais acompanhar toda sua extensão, conforme antes previsto. uso de guarda-corpos deve restringir-se somente aos trechos mais estreitos da ciclovia, e não mais acompanhar toda sua extensão, conforme antes previsto. Indo ao extremo desse diagnóstico, diríamos que o artefato, por não alcançar os acordos exigidos em sua rede, foi retirado de circulação e veio padecer depois de um período turbulento cujos obstáculos não soube contornar.
Ao final os esforços de mapear o processo de estabilização física dos artefatos foram marcadas por traduções diversas. As transformações que o artefato está atravessando em busca de estabilização são conturbadas, pois o artefato não consegue atender equilibradamente aos interesses dos agentes que depositaram expectativas sobre ele. Assim, o processo de estabilização de um artefato somente realiza-se por intermédio de negociações diversas. As transformações que um artefato sofre não se realizam fundamentalmente nos estágios projetuais dentro dos escritórios de design. Por fim, as implicações todas devem ser reverenciadas para que o artefato goze sua estabilidade. A estabilidade do artefato é, portanto, resultado da solidez de sua rede. Isto é, da resistência dos elos entre seus agentes constitutivos e o artefato.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ
JÉSSICA KAMEDA BERNARDES
CIENCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE
ITAJUBÁ
2017
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