RESUMO: CIÊNCIA DA COMUNICAÇÃO
Por: YdecRupolo • 22/2/2018 • 1.392 Palavras (6 Páginas) • 317 Visualizações
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LÍNGUA FALADA
A Língua Falada pode ser: culta, coloquial, vulgar ou inculta, regional e grupal (técnica e gíria), segue as definições das línguas culta, coloquial e vulgar;
Língua culta - é a língua falada pelas pessoas de instrução, niveladas pela escola, a grosso modo falando é a língua de quem estudou ou estuda. Obedece a gramática da língua-padrão. É mais restrita pois apresenta privilégio e conquista cultural de um número reduzido de falante.
Língua coloquial - é a língua espontânea, representada pelas formas de linguagem usadas na conversação diária, em situação de informalidade e descontração.
Língua vulgar - é própria das pessoas sem instrução. Infringe totalmente as convenções gramaticais.
LÍNGUA FALADA E LÍGUA ESCRITA
Enquanto a língua falada é espontânea e natural, a língua escrita precisa seguir algumas regras. Embora sejam expressões de um mesmo idioma, cada uma tem a sua especificidade. A língua falada é a mais natural, aprendemos a falar imitando o que ouvimos. A língua escrita, por seu lado, só é aprendida depois que dominamos a língua falada. E ela não é uma simples transcrição do que falamos; está mais subordinada às normas gramaticais. Portanto requer mais atenção e conhecimento de quem fala. Além disso, a língua escrita é um registro, permanece ao longo do tempo, não tem o caráter efêmero da língua falada.
1.Diferenças existentes entre a Língua Falada e a Escrita
Língua Falada:
- Palavra sonora;
- Requer a presença dos interlocutores;
- Ganha em vivacidade;
- É espontânea e imediata;
- Uso de palavras-curinga, de frases feitas;
- É repetitiva e redundante;
- O contexto extralinguístico é importante;
- A expressividade permite prescindir de certas regras;
- A informação é permeada de subjetividade e influenciada pela presença do interlocutor.
- Recursos: signos acústicos e extralinguísticos, gestos, entorno físico e psíquico
Língua Escrita:
- Palavra gráfica
- É mais objetiva.
- É possível esquecer o interlocutor
- É mais sintética.
- A redundância é um recurso estilístico
- Comunicação unilateral.
- Ganha em permanência
- Mais correção na elaboração das frases.
- Evita a improvisação
- Pobreza de recursos não-linguísticos; uso de letras, sinais de pontuação
- É mais precisa e elaborada.
- Ausência de cacoetes linguísticos e vulgarismos
- O contexto extralinguístico tem menos influência
2. Registros da língua falada
Há pelo menos dois níveis de língua falada: a culta ou padrão e a coloquial ou popular. A linguagem coloquial também aparece nas gírias, na linguagem familiar, na linguagem vulgar e nos regionalismos e dialetos.
Essas variações são explicadas por vários fatores:
- Diversidade de situações em que se encontra o falante: uma solenidade ou uma festa entre amigos.
Grau de instrução do falante e também do ouvinte.
Grupo a que pertence o falante. Este é um fator determinante na formação da gíria.
Localização geográfica: há muitas diferenças entre o falar de um nordestino e o de um gaúcho, por exemplo. Essas diferenças constituem os regionalismos e os dialetos.
Atenção: o dialeto é a variedade regional de uma língua. Quando as diferenças regionais não são suficientes para constituir um dialeto, utiliza-se os termos regionalismos ou falares para designá-las. E as pichações têm características da linguagem falada.
3. A língua falada como recurso literário
A transcrição da língua falada é um recurso cada vez mais explorado pela literatura graças à vivacidade que confere ao texto.
Observe, no trecho seguinte, algumas das características da língua falada, tais como o uso de gírias e de expressões populares e regionais; incorreções gramaticais (erros na conjugação verbal e colocação de pronomes) e repetições:
Exemplo:
"– Menino, eu nada disto sei dizer. A outro eu não falava, mas a ti eu digo. Eu não sei que gosto tem esse bicho de mulher. Eu vi Aparício se pegando nas danças, andar por aí atrás das outras, contar histórias de namoro. E eu nada. Pensei que fosse doença, e quem sabe não é? Cantador assim como eu, Bentinho, é mesmo que novilho capado. Tenho desgosto. A voz de Domício era de quem falava para se confessar:
– Desgosto eu tenho, pra que negar? ... "
(Pedra Bonita, de José Lins do Rego)
4. Registros da língua escrita
Além dos dois grandes níveis – língua culta e língua coloquial –, os registros escritos são tão distintos quanto
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