O velho Jornal Nacional atual

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e opiniões, agora, de maneira quase imediata, o âncora se desculpa ao vivo por julgamento de valor sobre a aparência de alguém, após a exibição da matéria, fato que repercutiu imediatamente nas redes sociais. (JN-18/05/2015).

Se o novo formato prende a atenção, o caminhar e sentar dos apresentadores faz o caminho inverso, atrapalhando a concentração do espectador. Outras imagens são analisadas e assimiladas, como o figurino e a postura dos âncoras.

Seria muita informação além da informação de fato?

O que não pode haver é a manipulação dos fatos ou das notícias, pois as pessoas são facilmente influenciadas pela mídia, que têm poder de mobilizar a população, poder este, que deve ser usado em benefício, para o bem.

O jornalista e escritor, George Orwell, afirmou “A massa mantém a marca, a marca mantém a mídia e a mídia controla a massa".

Se entreter e garantir a audiência também são funções do jornalismo, “vivemos num tempo em que jornalistas da TV são celebridades”. (Bucci, 2000, p. 29). A espetacularização se faz cada vez mais presente nos jornalistas, dando dramaticidade aos conteúdos jornalísticos, caracterizando um “andamento melodramático, quase como se fosse, ele próprio, uma peça de ficção”. Bucci, (Bucci, 2000, p. 27)

A possibilidade de estabelecimento de um diálogo dinâmico e interativo toma o lugar da qualidade do texto, que não raras vezes, fica em segundo plano. O reflexo é a perda de credibilidade crescente, talvez amenizada, no caso do Jornal Nacional, pela estreia deste novo modelo menos engessado e mais perto de seu público, há décadas, tão fiel.

Referências

BUCCI, Eugênio. A TV aos 50 – criticando a televisão brasileira no seu cinquentenário. São Paulo: Ed. Fundação Perseu Abramo, 2000.

MEDINA, Cremilda. Notícia, um produto à venda: jornalismo na sociedade urbana e industrial. 2. ed. São Paulo: Summus, 1988.

ARBEX JR, José. Showrnalismo: a notícia como espetáculo. 4ª ed. São Paulo: Casa Amarela, 2001.