Mídia Locais e suas interfaces com a mídia comunitária

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Apesar das aparentes dificuldades de diferenciação, e as interfaces divididas por ambas mídias, há um claro contraste entre suas principais características e base de funcionamento.

A comunidade é mais do que um aglomerado de pessoas - ela pressupõe a existência de elos mais profundos. Seguindo esse raciocínio - não é suficiente lidar com assuntos locais para que um meio de comunicação seja considerado comunitário. É necessário uma resposta por parte do público; uma participação direta das pessoas do próprio lugar na programação e gestão do veículo comunicacional. Quem produz as mensagens, não é necessariamente um especialista, mas um cidadão comum. O veículo deve ser intrinsecamente ligado ao desenvolvimento comunitário e direitos dos cidadãos e manter-se fiel à realidade concreta de cada lugar.

A mídia local, por sua vez, tende a reproduzir a lógica dos grandes meio de comunicação, principalmente no que se refere ao sistema de gestão e interesses em jogo. O ponto incomum entre os grandes meios de comunicação e a mídia local, é atenção dedicada às especificidades de cada região. No que se assemelha aos meio comunitários, a mídia local sede espaço à assuntos de foco regional que não encontrariam espaço na grade de grandes veículos de comunicação. Em oposição à mídia comunitária, ela explora o local enquanto nicho de mercado, aborda os temas e as problemáticas da localidade enquanto estratégia para se conseguir aumentar a credibilidade e a audiência, e consequentemente obter retorno financeiro. A produção de conteúdo está sob a responsabilidade de especialistas e o sistema de gestão é do tipo burocrático tradicional.

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