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MEDIAÇAO TECNOLOGICA, TABLET

Por:   •  31/10/2018  •  3.383 Palavras (14 Páginas)  •  207 Visualizações

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A metodologia do curso, segundo o próprio site da rede globo[3] é pautada na teoria de Paulo Freire, que é a mesma metodologia usada por pesquisadores da educomunicação.

A Educomunicação é uma área dentro da comunicação que interliga a Educação com a comunicação, ou seja, ela propõe o uso das TICS na aprendizagem através dos meios de mídia. Sendo assim, a Educação a distância é uma parte importante da educomunicação.

Passando por metodologia como Ismar Soares (2006) e Teresinha Saraiva (1996), o presente trabalho tem como finalidade saber se o Telecurso 2000, como programa educativo que se encaixa no conceito de educação à distância, pode contribuir para o estudo da Educomunicação.

2 ASPECTOS TEÓRICO-CONCEITUAIS SOBRE EDUCAÇÂO A DISTÂNCIA E EDUCOMUNICAÇÃO

Após introduzir sobre a histórica da televisão e do telecurso 2000 na TV aberta, esse capítulo do presente trabalho pretende fazer uma conceituação sobre os principais temas aqui explorados, como educação a distância, a educomunicação e uma das suas principais áreas de intervenção: mediação tecnológica na educação, e como essas duas referências podem ter ligação com o curso de ensino “telecurso 2000”.

2.1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

A educação a distância é uma modalidade da educação que se caracteriza pela necessidade da mediação de aparatos tecnológicos para se fazer a comunicação entre o professor e o aluno.

Não se sabe ao certo quando a educação à distância foi criado, mas a partir do século XIX ela já era reconhecida, apesar de não ser utilizada ainda de forma pedagógica. É importante lembrar que a educação à distância tem um grande diferencial da educação formal que conhecemos pela autonomia que ela dá ao aluno para que o professor possua um papel secundário, pois orienta o aluno para que o ritmo de estudo e maneira seja escolhida pelo próprio aluno, de acordo com suas necessidades pessoais.

Para Saraiva (1996), a EAD hoje em dia é, concretamente, uma prática pedagógica como qualquer outra e ela só se realiza quando “um processo de utilização garante uma verdadeira comunicação bilateral nitidamente educativa” (SARAIVA, 1996, p.17) ou seja, a educação a distância precisa ser feita de forma bilateral, sempre tendo uma participação maior do aluno, diferente da sala de aula normal em que estamos acostumados, afinal os professores tornam a educação do aluno como algo pragmático e mecânico.

Para a mesma autora,

Uma proposta de ensino/educação à distância necessariamente ultrapassa o simples colocar materiais instrucionais a disposição do aluno distante. Exige atendimento pedagógico, superador da distância e que promova a essencial relação professor-aluno, por meios e estratégias institucionalmente garantidos. A utilização pedagógica deve ocupar lugar central no processo de planejamento da educação a distância. Respondendo a necessidades educacionais a serem atendidas, as alternativas de efetivação da relação pedagógica são o critério que deve presidir a escolha dos meios, o modo de produzir materiais, a organização da veiculação e dos canais de comunicação à distância entre professores e alunos durante todo o processo (SARAIVA, 1996, p. 17)

No Brasil, a educação a distância surgiu e se desenvolvou junto dos meios de comunicação de massa. “Vivemos a etapa do ensino por correspondência; passamos pela transmissão radiofônica e, depois, televisiva; utilizamos a informática até os atuais processos de utilização conjugada de meios - a telemática e a multimídia” (SARAIVA, 1996, p. 19).

Começando ainda com Roquete-Pinto em 1922 que trouxe a rádio para o Brasil, criou-se também um plano sistemático de utilização educacional da radiodifusão como forma de ampliar o acesso à educação. A partir de então, várias medidas politicas ou não foram sendo tomadas para que a EAD se consolida-se no Brasil.

Com essa largada, a EAD foi se consolidando nas rádios e TV’s do Brasil, para só então, o SENAC iniciou suas atividades com a prática, em 1976, com a criação do sistema nacional de teleducação. Assim, foram mais de 10 anos com cerca de 40 cursos oferecidos, utilizando material instrucional e assim o sistema de EAD foi se desenvolvendo e sendo aprimorado dentro de universidades e escolas técnicas, mudando o rumo da EAD no Brasil, que começava levando a educação para os aparatos tecnológicos, e agora eram os aparatos que eram utilizados em institutos de educação.

Com muitas mudanças acontecendo com a EAD no Brasil, a fundação Roberto Marinho (FRM) começa a desenvolver vários programas voltados para a educação. “Inicialmente, o Telecurso de 2º Grau e o Supletivo do 1º Grau (televisão e material impresso adquirido em bancas de jornal) preparam milhares de alunos para os exames supletivos. Os programas eram transmitidos em recepção livre”. (SARAIVA, 1996, p. 23). Com o passar dos anos, a FRM começou a produzir a série Telecurso 2000 para 1º e 2º Grau e cursos profissionalizantes, entre eles o de Mecânica, primeiro a ser produzido.

A partir de então,a educação a distância se torna cada vez mais reconhecida como parte importante da vida social em que estamos inseridos. Educação sempre deve ser uma prioridade, os fatores tempo e dinheiro nunca devem ficar acima deles. Com a evolução tecnológica, aprender com um conteúdo formal e com a certeza de que a qualidade de ensino será mantida ficou bem mais fácil e mais “alcançável” para as instituições de ensino.

2.2 EDUCOMUNICAÇÃO E A MEDIAÇÃO TECNOLOGICA NA EDUCAÇÃO

A educomunicação é uma área que vem sendo reconhecida no Brasil, principalmente a partir dos estudos de Ismar Soares. O mesmo destaca que, “O neologismo educomunicação, que em principio parece mera junção da educação e comunicação, na realidade, não apenas une as áreas, mas destada de modo significativo um terceiro termo: a ação” (SOARES, 2006, p. 3)

A criação dessa área fez com que pudéssemos estudar a comunicação em todos os seus ramos, em como a educação se presencia dentro da educação e vice-versa, mas não somente isso. É importante salientar também que para que haja educomunicação, precisa-se entender a comunicação no ponto de vista crítico, ou seja, nunca da forma que os maiores meios de comunicação como rádio e tv nos passam, que seria a forma passiva, mas tentando entender um pouco do nosso papel dentro dos meios e o que podemos fazer para que

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