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Cultura Brasileira

Por:   •  26/1/2018  •  1.500 Palavras (6 Páginas)  •  387 Visualizações

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- Não houve lei de segregação no país: não havia divisão regulamentada por lei entre brancos e negros, mas a lógica de poder senhorial foi mantida.

- Democracia racial: não existe preconceito; racismo acaba com a abolição; harmonia vinda da miscigenação. → Ideia de uma elite que deseja manter as estruturas como estão. A elite cria a ideia de harmonia para não mudar ou causar desordem. → senso comum do brasileiro.

Roberto da Matta: tem relação com Louis Dumont e Victor Turner (ritual/drama social). Sua principal questão é: somos igualitários (teoria) e hierárquicos (prática).

- Metáfora da peça de teatro: ritual como cenas que se destacam. Roberto pega cenas: Carnaval e “Você sabe com quem está falando?” (autoritário; imposição de status).

- Quem é indivíduo sofre mais no Brasil, sofre com os serviços públicos.

- A pessoa é beneficiada.

- Carnaval de rua = igualitário. Momento em que indivíduo pode se tornar pessoa; suspensão da rotina.

Livro: “Carnaval, malandros e heróis”

Capítulo: “Você sabe com quem está falando?” → status social superior ao do outro, numa tentativa de se diferenciar. Quase todos usam no Brasil, e não depende da classe social.

Rotina revelando as relações sociais;

→ Roberto da Matta olha o presente para entender a identidade nacional, numa tentativa de definir caráter nacional.

- Ritual explica quem somos como sociedade: eventos que explicam a brasilidade, personalismo.

Dilema - Sociedade → Como podemos caracterizar nossa sociedade? Hierárquica e igualitária, com regras igualitárias (na teoria), mas no dia a dia é hierárquica (na prática).

Louis Dumont: inspira as teorias de Roberto da Matta. Ele analisa a sociedade indiana (hierárquica), que funcionava de forma eficaz, e compara com a sociedade europeia (igualitária).

*Leis segregacionistas na Europa: não é igualitária mas é aceito pela lei.

*Brasil se encontra no meio, entre Índia e Europa: esqueleto igualitário mas com prática hierárquica.

- Ritual: visto a partir do antropólogo Victor Turner; cenas chaves da sociedade, que pode ser vista a partir da metáfora “peça de teatro” ou “drama social”. Nossos papéis tornam-se claros; como as pessoas incorporam seus papéis. “Você sabe com quem está falando?” é um ritual autoritário, de imposição de status, que gera conflito e violência.

Medalhão: não precisa dar carteirada.

→ Teoria e prática do “Você sabe com quem tá falando?”

Forma socialmente estabelecida: “sentir-se importante” ou “mostrar posição social”

“Consciência de posição social”: alguns usam sem conhecer a expressão ou categorias; são teoricamente incapacitados para usar (exemplo é o caso do motorista do ministro ou caso do homem que tomava conta de uma fazenda)

** Alguém que é subordinado de um “grande”, perde a noção de suas verdadeiras origens.

→ Começa no eixo econômico, mas adquire tonalidade pessoal: classes sociais se comunicam.

Dimensão hierarquizadora e da patronagem nas relações.

→ Indivíduo x pessoa: indivíduos frequentam polícia, tribunais, servem ao exército na tradição do soldado escravo e os filhos de boa família; pessoas conhecem seus lugares e ficam satisfeitos. Os brasileiros têm a caridade e não a filantropia.

→ Ritual - cenas (peça de teatro) importantes que ajudam a definir a sociedade; autoritário (imposição do status social).

→ Dumont: indivíduo predomina na sociedade igualitária // pessoa predomina na sociedade hierárquica (laços pessoais).

→ Carnavais da igualdade e da hierarquia

- Carnaval americano x brasileiro (RJ)

Americano: parque de diversões; evento localizado com shows; cada pessoa possui um papel para cada lugar de atuação; “professor na escola, pai em casa, católico na igreja) → traço individualista.

Brasileiro: confusão; regras modificadas; reina a livre expressão → “livre”.

Carnaval: uma ideologia abrangente, momento em que percebemos o poder e o peso da totalidade, pessoas vivem individualizadas.

- Caso futebol: tudo se ordena pela disputa; não pertencemos a um bairro, classe ou segmento social para nos igualarmos a membros de um mesmo time.

** Somente a esfera política teria a capacidade de totalizar os EUA como sociedade abrangente;

Carnaval aristocrático: Nova Orleans → mais localizado, com discriminação encorajada e mais difícil de haver integração social. Contrasta com o ambiente de “vale-tudo” e de “liberdade” do Rio de Janeiro, onde o carnaval é generalizado e não restrito a uma cidade (ocorre em todo o país). O carnaval no Brasil é o momento onde tudo pode acontecer; pleno de potencialidade.

*Categorias básicas no RJ: rua (blocos) e clube (classe média cobra “convites”). A classe alta frequenta bailes exclusivos.

- Membros das escolas de samba são “pobres” mas sabem que durante o carnaval são os “doutores”. Há uma inversão de posição na estrutura social.

- Carnaval brasileiro: inclusivista, aberto e democrático (igualitário em uma sociedade hierarquizada)

- Carnaval americano: aristocratizante, exclusivista e discriminatório (essência do racismo).

- Carnaval Nova Orleans:

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