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ARTIGO SELOS

Por:   •  25/12/2017  •  2.818 Palavras (12 Páginas)  •  268 Visualizações

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países.

Quando chegou ao Brasil, foi motivo de disputa político-econômica. Aqueles que tinham nomes conhecidos no poder político brasileiro disputavam pela oportunidade de ter seu rosto estampado no artefato adesivo assim como o rosto dos grandes imperadores eram estampados nos selos ingleses.

Os primeiros selos brasileiros tinham como estampa padrão as cifras, que variavam de acordo com a taxa paga pelo serviço de entrega da carta, e assim se manteve até o momento em que foi encomendado um selo com estampa do rosto de Dom Pedro II com a finalidade de reforçar sua imagem de monarca.

O selo foi um grande sucesso, e este contribuiu para a reforma feita na ilustração dos selos que viriam posteriormente.

Após a reforma no design dos selos, que anteriormente eram estampados apenas com cifrões, passaram a estampar também o rosto das grandes potências monarcas da época. Foram adicionados também picotes, que dariam uma nova forma aos artefatos, que antes eram fabricados em quadrados ou retângulos. Isso passou a facilitar sua separação, que ate o momento eram cortados com tesouras ou navalhas manualmente causando uma irregularidade do formato.

No momento em que o governo reparou o grande alcance que os selos tinham, não só nacionalmente, mas também internacionalmente, é que surgiu a idéia de usá-lo como forma de comunicação e propaganda entre os Estados e países, dando origem aos selos comemorativos. Em terras inglesas, os primeiros selos comemorativos foram desenvolvidos para que através da sua circulação fosse informada a independência das colônias. Funcionava como uma comemoração, um grito de guerra pelo feito alcançado.

Já no Brasil, os primeiro selos comemorativos foram criados para comemorar os 400 anos desde a chegada dos portugueses em nosso território. Foram impressos 400 mil exemplares dessa série de selos, que foram comercializados apenas em território nacional, pois na época ainda não era permitido o comércio internacional de selos.

Foi o interesse e o aprecio pela posse destes artefatos, que deram origem a filatelia dos selos, prática onde o indivíduo coleciona, estuda e organiza os mesmos.

A filatelia é considerada a maior prática de coleção no Brasil, muitos ainda têm um aprecio muito grande devido sua grande bagagem histórica. Marcos histórico está gravado em muitos dos pequenos e diferentes tipos de papéis guardados cuidadosamente pelos filatélicos.

Desde então, a técnica se aprimorou e os selos viraram verdadeiras obras de arte e designer onde são celebradas ocasiões especiais e momentos históricos de uma sociedade, tais como: Copa do Mundo, centenário de artistas e personalidades importantes na cultura e política, ou até mesmo, causas sociais como O Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa, e a luta pela contra a AIDS em 2011.

Ainda existe uma quantidade enorme de selos que são criados eventualmente destinados ao uso em serviços de correio e filatelia. Em consequência de estarmos na era digital, muitos acreditam que os selos não são mais utilizados como era há alguns anos atrás, ou que até mesmo nem mais existem. Serviços de correio ainda utilizam os artefatos adesivos anexados às cartas que são enviadas por eles diariamente. O uso dele serve para que as correspondências sejam identificadas como pagas ou não. Junto ao selo segue um carimbo ou alguma marca diferente para que funcionários internos do estabelecimento de postagem saibam que aquela carta está corretamente pronta para o envio.

Além da utilização em serviços de postagem, os selos são artefatos adorados por muitos colecionadores, que os estudam e organizam por motivos pessoais.

Para a criação de uma serie especial é necessário seguir alguns critérios estabelecidos pela Comissão Filatélica Nacional, que reunidos em Brasília começam uma ampla consulta á população, que enviam sugestões para escolha dos temas. As propostas são analisadas segundo as normas de emissão de selos da portaria 500/2005, artigo 3º.

As emissões de selos comemorativos ou especiais deverão ser alusivas aos seguintes temas:

I. Eventos ou manifestações culturais, artísticas, científicas e esportivas de repercussão nacional ou internacional, que apresentem interesse temático;

II. Acontecimentos históricos;

III. Ação governamental;

IV. Personalidades;

V. Chefes de Estado;

VI. Atletas que obtiverem a primeira colocação nos Jogos Olímpicos da Era Moderna, promovidos por inspiração do Barão Pierre de Coubertin;

VII. Ganhadores de Prêmio Nobel;

VIII. Preservação do meio ambiente;

IX. Aspectos do turismo nacional; e

X. Valores da cidadania, direitos humanos e outros assuntos relacionados ao bem-estar da humanidade.

Tudo é apresentado à comissão responsável pela eleição dos temas. Foram selecionadas 21 das cerca de 1000 propostas recebidas pelos Correios no ano de 2013, e sua programação trouxe alguma surpresas em comparação a anos anteriores, como a emissão dedicada aos centenários brasileiros, e tradições consolidadas como a emissão especial de natal. O poeta e compositor Vinicius de Moraes foi homenageado em seu centenário. Os 350 anos dos Correios também foi destaque nos selos. No esporte a programação inclui a Copa das Confederações e as séries Rumo à Copa 2014 e às Olimpíadas 2016. O Amapá foi destaque no turismo e o terreiro Ilê Axé Opô Ofunjá, na cultura popular.

A ilustração e criação de selos chamam a atenção de uma parcela de profissionais ilustradores e artistas plásticos, que atraídos pelos temas cautelosamente escolhidos, tem a oportunidade de expor toda sua criatividade. Incentivos como estes foram iniciados em meados de 1969, quando foi decidido que os selos deveriam ser mais bem trabalhados, não só materialmente, mas também em suas estampas e formatos. Estes profissionais devem criar estampas únicas para novos selos, e tem a permissão para ousar e recriar o mesmo em diferentes formas e tamanhos. Eles são pagos para fazer este trabalho e devem ser fieis ao público alvo que anseia por novidades a serem acrescentadas em suas coleções.

Vale ressaltar que, em 1996 ocorreu na 23ª Bienal de Arte de São Paulo o concurso Arte em Selos, que reuniu cerca de 3000 participantes. Destes, foram escolhidos 50 ilustradores e artistas plásticos para trabalharem no processo de criação dos novos selos brasileiros,

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