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Trabalho Sociologia Cleide Bezerra

Por:   •  22/2/2018  •  3.796 Palavras (16 Páginas)  •  345 Visualizações

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Comte foi o primeiro a cunhar o termo Sociologia, cujo objeto de investigação seria os acontecimentos repetitivos da natureza, e foi então considerado o seu patriarca. Foi também um grande divulgador do método positivista. Quanto ao método, acreditava na “física social, mas se viu obrigado a mudar o nome dessa nova ciência, considerando que Quetelet, belga, havia fundado uma outra de mesmo nome, que agora é conhecida por Estatística. Renegava a visão da sociedade como sendo a união de pessoas, em sentido isolado, e acreditava que não existiam indivíduos e sim a Humanidade.

Tal como Saint-Simon, apoia a religião, considerando-a como o altruísmo necessário para equilibrar a sociedade egoísta.

Em busca da “ordem”, deveria-se considerar os movimentos vitais: o estático e o dinâmico. O movimento estático seria responsável pela manutenção estrutural inerente à sociedade e, o dinâmico, aquele que possibilita a complexificação social. A obrigatoriedade de se impedir os movimentos reivindicatórios justificaria muitos regimes ditatoriais, posteriormente, pois o Estado forte poderia intervir da maneira que achasse cabível para a manutenção da estrutura social vigente, como o próprio capitalismo.

- Durkheim

Durkheim foi o principal responsável pelo prestígio acadêmico da Sociologia. Esse prestígio se deu através da definição de um paradigma para o estudo da sociedade. No objetivo de validá-la cientificamente, destacou o fato social como paradigma. De acordo com o pensamento durkheimiano, o fato social é um comportamento exterior ao indivíduo, que apresenta poder coercitivo e generalidade.

Viveu num período em que as teorias socialistas ascendiam mas, diferentemente delas, agia em defesa dos avanços econômicos e do capitalismo. Para ele, a divisão do trabalho decorrente do processo de industrialização permitia o aumento da solidariedade (no sentido de cooperação) entre os homens.

Quanto ao método, Durkheim considera uma aproximação com o adotado pelas ciências naturais, mas que deve ser “estritamente sociológico”. Deve-se obedecer regras para a análise dos fatos sociais, dentre as quais estão, por exemplo, considerá-los como coisas e interpretá-los de maneira objetiva, tentando ignorar os “pré-conceitos” já estabelecidos pelo sujeito histórico.

A sociedade industrial estava contida num estado de anomia (impressão da ausência de leis), chegando a falar que isso implica o aumento da quantidade de suicídios. A finalidade da Sociologia, segundo Durkheim, seria encontrar e solucionar os problemas da sociedade com vistas à manutenção da ordem capitalista.

- Karl Marx

Para Marx, a Sociologia deveria se pautar pelas relações materiais estabelecidas entre o indivíduo e a sociedade, pois estas condicionariam os demais tipos de relação. Segundo ele, a importância do material, é que apenas o homem precisa modificar a natureza para existir, então cunhou-se o termo “materialismo histórico”.

A sociedade industrial, segundo Marx, aumentava as diferenças entre as classes burguesa e proletária. E, em determinado momento, com a miséria imperando, a massa subjugada se revoltaria e buscaria a diminuição dessas diferenças. A maneira de se igualar as duas classes se daria por meio de uma evolução da estrutura capitalista.

Em oposição à metodologia das ciências naturais no contexto sociológico, e à sociologia como estudo de fatos que se repetem ao longo da história, afirma que a sociedade se transforma continuamente e que a luta de classes seria a força motriz para essas mudanças. Esse movimento está presente também na adoção da filosofia hegeliana, em que a realidade é a constante auto superação dos argumentos contraditórios da dialética. Contrapôs-se também ao modelo de sociedade individualista regida pelos interesses econômicos e destacou o homem como ser essencialmente social.

A divisão do trabalho para Marx, diferentemente dos adeptos da sociologia positiva, constituía relações de exploração da classe burguesa sobre o proletariado. A burguesia detinha o poder porque expropriavam a classe trabalhadora dos meios de produção, alienando-os.

O papel da Sociologia no marxismo se sobrepunha à resolução de problemas, mas consistia na possibilidade de superá-los. Através do estudo da sociedade, como na compreensão dos limites do capitalismo, é possível evoluir e propor alternativas melhores.

- Weber

Weber destacou em seu pensamento a grande importância da cientifização da Sociologia. O questionamento da parcialidade e da subjetividade que ainda afeta o reconhecimento dos estudos sociológicos, esteve presente nessa ideologia. Weber destaca a imparcialidade do cientista, que este deveria distanciar-se das questões práticas e concepções pessoais para obter-se a maior neutralidade possível.

Enfatizava que a Sociologia deveria se ocupar do estudo da ação individual e não das instituições ou grupos. Fundamentando-se em Kant, com a teoria de que todo ser humano é dotado de vontade capacitadora de tomar decisões conscientes, afirma que o grande paradigma seria o entendimento acerca das intenções subjetivas.

No que tange ao capitalismo, a sociologia weberiana não o reprime como a marxista, mas considera que ele demanda um legítimo esforço racional. Chega a comparar, inclusive, a figura dos grandes empresários com revolucionários.

6 – Quais são os autores considerados “conservadores” e quais são os progressistas e porque razão são considerados assim?

Conservadores são aqueles que acreditavam que a Revolução Francesa destruiu as entidades que mais contribuíam para manutenção da ordem social. Defendiam a sociedade hierárquica e estamental, as instituições religiosas e monárquicas. Atacavam o pensamento iluminista pois não se conformavam com o esgotamento da família em favor da modernidade. A solução para o caos seria o retorno à estrutura medieval. Dentre os conservadores é possível citar Edmund Burke, Joseph de Maistre e Louis de Bonald.

Já os progressistas, são aqueles que se nutriram de parte do pensamento conservador e que também viam a necessidade de organização após o caos gerado pela Revolução Francesa. Destacavam a necessidade de coesão, ordem para se atingir o progresso. Entretanto, o principal propósito deles era a sustentação teórica do sistema capitalista. Aqui estão Auguste Comte, Saint-Simon e Durkheim.

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