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Revolução Burguesa no Brasil

Por:   •  20/2/2018  •  1.497 Palavras (6 Páginas)  •  256 Visualizações

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se sucedem em objetivos e tempos diferentes, em processos histórico-sociais distintos, essas qualidades ou atributos básicos do “espírito burguês ” se misturam crescentemente ao modo de vida imperante na cidade .

O texto coloca uma pergunta crucial: existe ou não uma “Revolução burguesa no Brasil”? Fernandes coloca que existe uma tendência muito forte em negá-la como se admiti-la seria colocar nossa história em repetição a outras já ocorridas, principalmente a da Europa moderna, porém o autor diz que é justamente o contrário trata-se na verdade de determinar a absorção de um padrão estrutural e dinâmico da organização no modo de vida geral da sociedade.

A ampliação do número de trabalhadores assalariados mais a expansão da livre concorrência ajudou a expandir o mercado e as bases monetárias capitalista. A nossa história não e igual à da Europa, mas nos utilizamos do seu passado recente para a implementação e desenvolvimento da sociedade ocidental morder na no Brasil que traz consigo uma divisão de classes.

A Revolução burguesa como afirma o texto não se constitui um episódio histórico, mas como um fenômeno estrutural. Com a burguesia em formação e expansão no Brasil a estrutura social concebeu novas formas de organização de acordo com os interseres burgueses em três níveis concomitantes: da economia, da sociedade e do Estado.

Florestan Fernandes pontua que o colapso e a desagregação de uma forma social são essenciais para o aparecimento e a constituição da forma social subsequente, tanto em termos estruturais quanto em termos dinâmicos.

Os moldes capitalistas do comportamento econômico foram introduzidos no Brasil com a colonização, ou seja, os princípios capitalistas começaram com as adaptações econômicas implementadas nas grandes lavouras.

O texto aponta que os moldes capitalistas foram deformados em três direções: primeiro uma das consequências do sistema colonial era que a renda gerada pelo processo produtivo que permanecia aqui era muito pequena em comparação à absorvida de fora (Portugal), segundo esse montante de renda não respondia ao produto da atividade econômicas e por conseguinte não podia ser compreendido pelo capitalismo comercial e por último o sistema colonial organizava-se, tanto legal e politicamente, quanto fiscal e financeiramente para drenar as riquezas de dentro para fora, ou seja, de dentro da colônia para a Coroa e companhia, pois Portugal não tinha condições de suficientes para explorar o Brasil sozinha por isso contava com a ajuda de grupos financeiros principalmente da Inglaterra.

Por essas razões, o sistema colonial forçava certo tipo de acomodação que retirava qualquer poder de dinamização da economia interna. O autor coloca que a abundância de terras, do trabalho escravo e da agricultura extensiva agrava esse efeito, resultando no fechamento sobre si mesma, apesar da organização para exportação, seu único polo dinâmico era neutralizado nos limites que pudesse fugir do controle econômico vindo da Metrópole portuguesa.

Depois da independência e com o fim do estatuto colonial veio formação de um Estado nacional e com isso uma reelaboração dos moveis capitalistas de ação econômica em primeiro lugar na grande lavoura, isso não quer dizer que foi uma mudança imediata, mas que com o tempo foi possível abrir as portas da grande lavoura para o pleno desenvolvimento, um exemplo disso foi que o Brasil se tornou um grande exportador de café.

Essas mudanças marcaram a transição para era da sociedade nacional, onde pode se observado que essas transformações passaram por duas fases: primeiro houve uma ruptura da homogeneidade da “aristocracia agrária” e segundo o aparecimento de novos tipos de agentes econômicos, sobre pressão da divisão do trabalho em escala local, regional ou nacional.

Após essa breve analise fica evidente o caráter dependente dos pais desde o seu descobrimento, e como o Brasil não passou de uma colônia de exploração para manter a Coroa. A independência não ocorreu apenas por um desejo do povo de ser livre, mas foi uma manobra dos ricos que precisavam expandir-se e ficavam impedidos pelo estatuto colonial , a ambição da burguesia que estava em formação era de desenvolver-se plenamente e a escravidão que aqui imperava desde o descobrimento era um empecilho e por isso foi combatida veemente mas não como um direito dos negros e sim com objetivo final de os países de capitalistas centrais pois estes já havia extinguido a escravidão a muito tempo e substituído por mão de obra assalariada.

Hoje, já avançamos muito na historia mais continuamos a ter uma burguesia que serve aos interesses da burguesia estrangeira e não aos próprios interesses, apesar das grandes riquezas o desenvolvimento não é alcançado porque o Estado tem uma grande divida social com a maioria da população.

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