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RESENHA - História do Medo no Ocidente

Por:   •  19/12/2018  •  836 Palavras (4 Páginas)  •  304 Visualizações

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da história são comparáveis a crianças privadas

de amor materno e, de qualquer modo, situadas em falso na sociedade; desse modo

tornam-se as classes perigosas.” pg. 27

“Um [...] efeito do medo é a objetivação. Por exemplo, no medo da violência, o

homem, ao invés de lançar-se à luta ou fugir dela, satisfaz-se olhando-a de fora.

Encontra prazer em escrever, ler, ouvir, contar histórias de batalhas. Assiste com

certa paixão às corridas perigosas, às lutas de boxe, às touradas. O instinto

combativo deslocou-se para o objeto.” pg. 30

Quem tinha medo de quê?

“[...] permanentes [...]: medo do mar, das estrelas, dos presságios, dos fantasmas

etc. Os outros (medos) eram quase cíclicos, [...] pestes, as penúrias, os aumentos

de impostos e as passagens dos guerreiros.” pg. 31-32

“[...] os homens de Igreja apontaram e desmascararam esse adversário dos

homens.” pg. 32

. Satã: representação cristã de todos os medos e ameaças.

“[...] para a Igreja, o sofrimento e a aniquilação (provisória) do corpo são menos

terríveis do que o pecado.” pg. 36-37

RESUMO

O texto é um estudo sobre as formas que o medo tomou no Ocidente (Europa),

dentro do período citado no título. O autor perpassa pelos reinados, desmistificando

a figura dos grandes cavalheiros, ícones da coragem, que segundo suas pesquisas,

eram figuras simbólicas, com o papel mais de motivar as tropas, além de demonstrar

a superioridade da nobreza perante os súditos. Essa submissão fazia com que as

classes pobres, que eram a maioria, se sentissem incapazes de proteger-se dos

perigos que os rondavam, legitimando assim, o domínio do soberano. Delumeau

também enfatiza a ressignificação dada pela Igreja aos medos, evocando a figura de

Satã e fazendo forte uso desta para moldar o estilo de vida dentro da doutrina cristã.

A figura da cidade sitiada representa a insegurança que predominava, sendo está

progressivamente diminuída com o avanço do domínio do Estado e da Igreja sobre o

cotidiano. Os medos de outrora pareciam sob controle.

“[...] houvera erro parcial de diagnóstico e o medo fora maior do que a ameaça. A

ofensiva generalizada do Inimigo, prelúdio do fim dos tempos, não se produzira e

mais ninguém podia dizer quando teria lugar. Uma cristandade, que se acreditava

sitiada, desmobilizava-se.” pg. 419

Esse trecho remete aos verdadeiros massacres movidos em nome da fé, contra os

ditos hereges, que por seus desrespeitos atraiam o castigo para todos. E,

posteriormente, com o desgaste do movimento, essas pessoas vistas como servos

do mal, passaram a ser punidas de formas mais brandas.

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