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RESENHA CRÍTICA DO FILME: 12 ANOS DE ESCRAVIDÃO

Por:   •  25/6/2018  •  1.733 Palavras (7 Páginas)  •  417 Visualizações

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REFERENCIAL TEÓRICO

12 Anos de Escravidão é o terceiro e também o mais aclamado filme do diretor britânico Steve McQueen. O roteiro foi escrito por John Ridley, e o filme é protagonizado por Chiwetel Ejiofor, contando também com o poder promocional de atores como Brad Pitt e Benedict Cumberbatch.

O filme foi um grande sucesso devido fazer com que as pessoas vivenciassem a escravidão e todo seu horror causado por ela na época. O filme foi indicado em nove categorias do Oscar e acabou ganhando em três (Melhor Filme, Melhor Atriz Coadjuvante (Lupita Nyong'o) e Melhor Roteiro Adaptado.

O filme retrata a história de um violinista negro que é livre e que mora em Nova Iorque com sua esposa e dois filhos, e que um dia foi surpreendido por dois homens, oferecendo a proposta de emprego de duas semanas como músico caso ele aceitasse viajar para Washington. Por ser uma coisa que gostava e por necessidade de emprego ele aceitou. Assim que chegaram lá esses dois homens embriagam Northup e ele acorda em uma senzala de propriedade de James Burch. Mal sabia ele que estava prestes a ser vendido e escravizado.

Isso mostra como era frágil a situação civil dos negros livres assim como a própria noção de liberdade naquela época pois percebe-se que nada era seguro no período anterior à Guerra Civil, e que os negros livres contavam apenas com direitos sociais limitados.

Weber discute bastante essa situação, pois os indivíduos pensam que o trabalho é uma atividade acima de tudo e todos, e que eles possuem o dever de servir o outro.

Como diz nosso sociólogo, a força de trabalho será o ápice para a alienação dos outros indivíduos, pois cada um desempenhará aquilo que conseguirem diante um sistema que lhes oprimirá o tempo todo, por isso o sistema capitalista divide o indivíduo em duas classes diferentes, onde uma irá servir e a outra irá desempenhar o papel apenas de lucrar sempre sem se importar com os interesses dos outros.

[...] toda classe pode possuir uma ação de classe que é a ação social de seus membros, mas como bem exemplifica Weber as ações sociais, por exemplo, que determinam diretamente a situação de classe dos trabalhadores e empresários são: o mercado de trabalho, o Mercado de bens e a empresa capitalista (Weber, 1999).

Além de Northup várias outras pessoas negras foram capturadas incluindo uma mulher chamada Eliza, e seus dois filhos e levadas para uma senzala em Nova Orleans, Luisiana onde eles seriam vendidos e escravizados. Chegando em Nova Orleans um comerciante de escravos chamado Freeman dá a Northup o apelido de “Blatt”. Northup e Eliza são comprados pelo fazendeiro Willian Ford, mas logo em seguida Eliza é vendida e a separam de seus filhos.

Northup é presenteado com um violino por Ford por ter feito um bom trabalho na construção da hidrovia para transporte de toras de madeira. Mas a vida na fazenda não era fácil, as tensões entre Tibeats e Northup se agravavam diariamente e Tibeats provocava Northup verbalmente até começarem a brigar. Tibeats e seus amigos tentam então enforcar Northup, mas não conseguem graças ao superintendente de Ford que os impedem.

[...] o homem muito cedo tornou-se carnívoro (...) e o canibalismo é uma das fases através das quais ele passou em todos os lugares. A escravização do capturado, que gradualmente sucedeu e finalmente suplantou o canibalismo, foi uma questão de polidez e de cálculo racional de grande ganho. A exploração não diminui em nada a natureza feroz e predatória do homem (WARD; DEALEY, 1910, item 346).

Na fazenda não havia separação entre homens e mulheres, os castigos aplicados através das chicotadas eram iguais para ambos, e esses deixavam enormes ferimentos pelo corpo. Patsey, uma escrava negra além de sofrer abuso sexualmente apanhava devido a mulher do fazendeiro não gostar dela.

Com passar do tempo Northup pede ajudar para Bass contando toda sua história e pedindo para ele que mande uma carta, contando sua situação na fazenda, Bass o ajuda, e o Xerife vem prestar ajuda a Northup e enfim consegue se libertar.

Northup então volta para a casa e encontra toda sua família e tem a grande surpresa de conhecer seu neto.

Northup logo depois de ser libertado ajuda alguns escravos a sair da escravidão lutando na justiça pela liberdade de outros escravos, e publicou um livro contando sua história.

" A escravidão é um mal que ninguém merecia (NORTHUP, Solomon ,12 Anos de Escravidão) "

No Ano de 1846 Marx escreveu uma carta para Pavel Vassilievitch Annenkov (1814-1887), um historiador e crítico literário russo, que havia lhe escrito pedindo opinião sobre o livro "Filosofia da miséria" que Proudhon tinha acabado de escrever.

Esta carta nada mais é do que crítica e sarcasmo de Marx contra Proudhon, as expressões usadas por Marx nesta carta são de declarado ódio a Proudhon que nada de mal lhe havia feito, apenas tinha escrito um livro colocando suas opiniões filosóficas, não precisava tanto rancor contra uma pessoa de quem ele Marx, tinha recebido ensinamentos decisivos sobre a propriedade privada.

O que Marx fez foi um ponto de vista capitalista (particularmente dos interesses dos EUA), daí porque afirma que a escravidão não só é boa como indispensável. É importante lembrar que Marx analisou criticamente a sociedade capitalista como nenhuma outra pessoa, e jamais defenderia a escravidão indireta (mecanismo salarial) ou a escravidão direta (aprisionamento de uma raça/povo sobre outra(o). No mais, ele só provou com esta pequena carta o quanto seu pensamento era profundamente dialético, pois, de fato, tudo tem seu lado bom e seu lado ruim, inclusive a escravidão (DESDE UM PONTO DE VISTA CAPITALISTA, COMO É O CASO NESTA CARTA).

{...} abolição das classes sociais e a abolição do Estado são características fundamentais do comunismo. Mas antes de derrubar o Estado, é preciso derrubar a burguesia, então Marx diz que é necessário um momento de capitalismo para o comunismo, e este momento é chamado de socialismo, no qual o proletariado irá utilizar do Estado para derrubar a burguesia. (Sociologia,

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