Projeto Aldeia Krukutu

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Estas terras proporcionaram abrigo a diversos índios vindos de aldeias do Paraná, Espírito Santo, etc., atualmente os moradores que lá habitam nasceram na própria aldeia e possui aproximadamente 400 indígenas. A população vem sempre aumentando, contudo as demarcações de terra continuam intactas, sendo assim, a luta destes índios é pela demarcação de mais terras, que os levariam a diversos benefícios comuns.

Objetivo

O presente trabalho teve o intuito a realização do projeto integrador a respeito da temática “A riqueza e diversidade da cultura brasileira”, optamos por mostrar a cultura indígena dentro da aldeia Krukutu, trazendo à sociedade um pouco do que seria o dia-a-dia e as dificuldades enfrentadas por eles.

Cultura

Estes são alguns dos integrantes da liderança da aldeia: Pajé (Sr. Laurindo), é um líder espiritual, realiza cerimonias religiosas na casa de reza, batismos, casamentos, aconselha casais, jovens e crianças, auxilia no tratamento de doenças desenvolvendo medicações com ervas naturais, quando essas estas não são eficazes as pessoas são encaminhadas à Unidade de Saúde. Cacique de nome Karaí (origem guarani), é o responsável pela parte burocrática e política da aldeia, tem um papel de “pai” para com os membros da aldeia, pois responde e cuida de seu povo, exerce o poder de decisão e puni os infratores quando necessário. Sua nomeação é feita por votação dos membros da aldeia, desta maneira a retirada do poder também é realizada da mesma forma, independente da idade. Tupã é um dos integrantes da liderança da aldeia ajudando nas questões cotidianas, porém não possui a mesma autonomia do cacique.

Educação

A educação inicia no seio familiar, posteriormente acrescenta-se no Centro de Educação e Cultura Indígena Krukutu, a proposta é similar ao Centro de Educação Unificada, entretanto, com o intuito de transmitir e preservar a cultura tradicional guarani, pois atualmente é muito difícil conservar a tradição, devido à influência tecnológica.

As crianças permanecem no CECI de 0 aos 06 anos de idade, participam de projetos para a promoção da própria cultura, após este período são encaminhadas à escola do estado localizada na própria aldeia, para o início da alfabetização que é bilíngue, ou seja, na língua portuguesa e guarani, somente até o 5º ano do Ensino Fundamental I. As séries subsequentes são realizadas em outras aldeias vizinhas.

Religião

A religião guarani tem como líder espiritual o Pajé que é responsável pelo ritual do batismo, que ocorre anualmente entre os meses de janeiro e fevereiro, nestes cerimoniais por meio de revelação divina, os nomes dos novos membros da aldeia são definidos em guarani.

A casa de reza é um local, no qual ocorre o ajuntamento de pessoas para a celebração de rituais, aconselhamento familiar e juvenil, este ambiente não tem como intuito o arrecadamento de dinheiro. Os cultos são descontraídos com danças e cantos, contudo as mulheres devem estar trajadas com saias longas e os homens de calça. As mulheres ficam acomodadas para um lado, são responsáveis por acender a fogueira e homens se acomodam de outro lado. É permitida a entrada de outras pessoas somente por convite do Pajé, entretanto, caso seja convidado a participar do ritual não poderá negar, considerado por eles uma falta de respeito.

Não são permitidas intervenções de outras religiões dentro da aldeia Krukutu.

Saúde

Os tratamentos básicos são realizados inicialmente pelo Pajé com medicamentos naturais, contudo, quando não há melhora no quadro clínico a liderança encaminha à Unidade Básica de Saúde Krukutu, localizada na mesma, ou ao hospital mais próximo.

Economia

Parte do orçamento da aldeia é advindo dos chefes de família que trabalham no CECI, UBS, Escola, palestras realizadas fora da aldeia, artesanato, todos com regime CLT, são funcionários da Prefeitura do Município de São Paulo, os integrantes desta aldeia também recebem assistencialismo (Bolsa Família). Todos possuem funções de trabalho na própria aldeia, desta maneira, não saindo para exercer qualquer função trabalhista.

Lazer

Os Krukutus realizam festas tradicionais, animadas por músicas originárias de sonhos que o pajé tem, utilizando os seguintes instrumentos: violão, violino, chocalho e tambor. E feito a pratica de arco e flecha, zarabatana e armadilhas, que também são passadas as crianças, todavia o esporte preferido e o futebol.

Problemas encontrados

A dificuldade de passar a cultura aos mais jovens, devido ao fácil acesso as tecnologias. Terra pouco fértil em consequência do uso de agrotóxicos utilizados por outras pessoas anteriores a origem da aldeia, por esse motivo nos dias de hoje não há nenhum tipo de plantação comunitária. Em suma o problema principal e o aumento dos hectares, pois a aldeia tem aproximadamente 26ha, sendo insuficiente para o plantio e o desenvolvimento da cultura.

Metodologia

Após varias temáticas discutidas pelo grupo, resolvemos optar por falar sobre a cultura da aldeia Krukutu, desconhecidas ainda por nós. A primeira visita teve como objetivo a obter autorização para realização da pesquisa posteriormente. Na semana seguinte munidos com os respectivos documentos legais fornecidos pela UNIVESP, realizamos o levantamento de questões diversas referentes à aldeia.

Conclusão

Em suma, pudemos compreender por meio dos dados levantados na visita que, como cidadãos devemos cobrar das entidades governamentais um olhar diferenciado quanto à cultura indígena, que as escolas possam tratar a temática com maior profundidade, promovendo assim