O Narcisismo - resenha para a matéria do terceiro ano -introdução a psicanalise
Por: eduardamaia17 • 26/12/2018 • 1.870 Palavras (8 Páginas) • 478 Visualizações
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Um individuo muito fixado nas fases anteriores ao Édipo, numa busca por resgatar a imagem perdida. Ao invés de reinventar a identidade, buscar respostas singulares as contingências dos rompimentos narcísicos (e isso tem haver com aceitar a castração), o sujeito busca dar as mesmas respostas. Configurando o sintoma e a repetição como sua marca.
Essa alegoria nos leva a pensar no narcisismo como uma relação imatura, auto-centrada, erotizada, mais que sexualizada, detida em uma contemplação especular do idêntico ao “Si-mesmo” do sujeito. Já falamos também o lado positivo e necessário, ou melhor, estruturante do narcisismo, que faz o sujeito ultrapassar o auto-erotismo primitivo (do narcisismo primário) para favorecer a integração de uma figuração positiva e diferenciada do outro, e, sobretudo, do outro em seu estatuto sexuado. Assumir a imagem do seu corpo próprio como sua identidade (eu sou essa imagem). Reconhecimento do eu que vem pelo Outro, ou a partir da imagem do corpo próprio investida pelo outro.
O narcisismo Primário e Secudário e as relações objetais
O narcisismo guarda a relação de como direcionamos nossa energia psíquica para nosso próprio eu ou para os objetos externos. A libido é a energia psíquica provindo da pulsão onde tem como meta a satisfação.Como já sabemos na teoria das pulsão, a satisfação só é parcialmente satisfeita e volta a tencionar o sistema, exigindo nova satisfação, e isso movimenta o ser humano. A depender da constituição do sujeito ele direcionara essa libido para determinados objetos. Sendo a pulsão de origem sexual (zonas erógenas) esse objetos são sempre sexuais, assim as pulsões sexuais são a libido. Na primeira teoria das pulsões Freud falara que o conflito psíquico vem da oposição entre a libido- pulsões sexuais e as pulsões de autoconservação. Na segunda teoria das pulsões, em 1920, introduzindo o conceito de pulsão de vida pulsão de morte. O texto sobre o narcisismo é de 1914, e Freud observando que por vezes a catexia objetal se volta ao eu dividira a libido em libido sexual e libido não sexual (quando o objeto a que se direciona é dessuxualizada) e conceituando que na relação entre estas duas libidos se estabelece ligações entre os indivíduos.
Com isso desenvolve a ideia de libido do ego e libido objetal, que não se desenvolve da mesma forma e se relaciona diferentemente do principio de realidade. A libido sexual é a energia dirigida aos objetos externos e a libido do ego é a energia dirigida as pulsões de autoconservação, opondo-se as energias sexuais. Deve existir um equilíbrio entre os dois, quando a libido objetal aumenta, a libido do ego diminui e vice-versa.
O narcisismo designa a fixação da libido no próprio individuo. É a retirada da libido dos objetos externos para o próprio eu. Haverá situações em que isso é normal, por exemplo quando a pessoa fica doente, quando a pessoa esta enlutada, reflexiva ou triste. O eu se torna um objeto de desejo.
Narcisismo Primário e secundário
Quando bebe a criança investe toda energia em si mesmo. Começa a formar sua libido objetal inicialmente de forma autoerotica, mãos, pés – um corpo fragmentado. A criança satisfaz suas pulsões no próprio corpo. Freud fala que esse narcisismo primário é o primeiro estágio do desenvolvimento sexual consiste no auto-erotismo, logo que a criança nasce ela começa a descobrir o próprio corpo, de uma forma não unificada como uma unidade como no adulto- isso ira ocorrer no narcisismo secundário.
O primeiro prazer auto-erotico, de Eros, é o mamar. Após a primeira mamada, o prazer associado ao ato fará o sujeito buscar novamente este prazer, sugando o dedo por exemplo, e ai alem do peito já tem seu dedo agora, ou seja, o bebê meio que ao acaso obtém prazer ao estimular partes do seu corpo - mãozinha, pezinho. Um adulto que fuma demais, falando de maneira grosseira, pode ser um sujeito extremamente narcísico, se considerarmos que o narcisismo patológico é a justamente a fixação da libido nesse período anterior ao Édipo- que é o que instaura o narcisismo secundário, ou seja, quando começa a ser barrado. Nesse momento de perda de onipotência sua libido começa a se direcionar ao desejo do outro pra constituir o eu, o sujeito como coloca Lacan ( a questão do estádio do espelho). Antes disso a criança obtia prazer/satisfação pelo seu corpo, agora ira direcionar sua libido tambbém a objetos externos. O narcisismo secundário é quando esta energia já investida no externo retorna ao eu. Dai a parte do mito do dialogo com eco, que repetia o que ele dizia, numa alegoria ao mecanismo que faz com que busquemos nos mesmos nos outros, e isso terá de haver com o eu ideal, um objeto da pulsão.
Tentando entendendo melhor os conceitos de eu ideal e ideal de eu
eu ideal – Como devo ser para o outro me amar
Eu ideal - no estagio do espelho- narcisismo primário- instancia imaginaria, figura do narcisismo –
Oque o outro espera da gente- o que sente ser o eu e a imagem de nos mesmo
respondemos ao que o outro espera da gente ( para ser amado e aceito), O eu ideal é o eu como objeto sexual, alvo da pulsão
Somos nos como um um objeto para o outro - achamos que uma vez feito isso, nossa castração, nossa angustia, vai cessar, por ser assim , é uma instancia imaginaria
ideal de eu – Os super herois.
Ideal do eu é uma instancia que nos autoriza, ou que diz como devemos ser como ideal para se autorizar o nosso desejo. Como devo ser para poder desejar o que o eu me identifica.
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