O Ciclo do Carbono

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Acreditasse que mais de 700 pessoas morreram por conta do envenenamento. E que quase 3.000 pessoas sofreram da doença de Minamata, que vivem na costa do mar de Yatsushiro.

São Paulo de Piratininga (Rio do Peixe seco) onde nasceu a grande São Paulo. Antigamente o rio transbordava e quando secava muitos peixes morriam o que fazia com que as formigas viessem, as formigas serviam de comida para os tamanduás. Os índios já naquela época haviam escolhido aquela região por que tinham fácil acesso a água limpa e a outros rios como o Tietê onde eles podiam navegar. Durante 300 anos São Paulo só existiu por conta do rio Tamanduateí e Tietê, havia um porto nas margens do rio Tamanduateí, naquela época já haviam centros comerciais nas margens do rio. Em 1867 foi inaugurada a ferrovia São Paulo Railway, a única ferrovia que fazia ligação com o mar, ela utilizava o vale do rio Tamanduateí como rota.

Os tornaram se obstáculos ao crescimento da cidade. A construção do viaduto do Chá foi o 1° marco de separação, as barreiras que os rios impunham a expansão da cidade, todo feito de metal, tinha como propósito maior ligar o centro velho aos novos loteamentos.

Esses novos loteamentos davam inicio a água encanada. Só que toda água consumida era despejada de volta na Várzea do Carmo 1887, o que causava um grande problema sanitário.

A solução escolhida foi cortar os rios, cortar suas curvas e afundar seu leito, isso tudo para levar o esgoto o mais rápido possível para longe da cidade.

Só que com isso o rio ficou aleijado, foi ele quem pagou as contas do crescimento da cidade.

Na década de 20, os dois rios principais que cortavam a cidade foram transformados em parques, canalizados e enterrados.

Rios Pinheiros e Tietê são rios de planície; ou seja, são lentos, serpenteiam. De uma cheia para outro mudam de lugar na várzea. Porém as classes mais pobres se submeteram a morar nessas redondezas, o que causava alagamentos e obrigaram as autoridades políticas a tomarem alguma providência.

Saturnino de Brito, propôs o resgate da orla fluvial urbana. Devíamos garantir a integridade do leito maior do rio Tietê.

Prestes Maia tinha um plano de avenida do estado de São Paulo. Ele ao invés de seguir os modelos de Paris, Moscou onde fizeram primeiro a parte da hidrovia, ferrovia e só depois as rodovias, preferiu pular etapas com o intuito de força a população a adquirir carros e não dar oportunidade para concorrência de outros meios de locomoção.

No ano de 1938 Prestes Maia foi nomeado prefeito de São Paulo colocando seu plano e ação. O plano propunha utilizar os fundos de vales, área dos rios e dos córregos para construção de novas avenidas.

As principais avenidas de São Paulo, Marginal Tietê, Pinheiros, avenida do estado, 9 de julho e 23 de maio, estavam na proposta do plano de avenida que estruturou o modo de expansão da cidade.

Tudo isso foi feito pra abrir espaço para os carros. Os espaços das águas se transformaram no espaço dos carros. O homem moldou o rio ao seu modo, colocou dentro de um cano e o escondeu embaixo da terra, mas isso não mudou a natureza dos rios e quando a chuva cai é para lá que ela vai e se não tem espaço suficiente, ela invade o que for preciso para escoar.

A enchente é consequência da urbanização e quem criou isso foi o homem. Os canais quando projetados foram dimensionados para vazões em estudos feitos naquela época, com uma chuva de tal vazão que ocorria a cada 500 anos, hoje a realidade é totalmente diferente essa mesma vazão de chuva pode ocorrer em um período de 5 anos. O rio é a base da cidade e nós esquecemos disso. Para resolver os problemas dos rios, primeiro devemos resolver o problema de deslocamento. Não precisamos andar de carro todos os dias. Acaba que os rios na verdade viraram canais de escoamento de água e esgoto.