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Metodo biográfico

Por:   •  1/3/2018  •  12.345 Palavras (50 Páginas)  •  214 Visualizações

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dos Métodos Biográficos

A Escola de Chicago

As histórias de vida como objeto de pesquisa científica, deram origem a um notável conjunto de estudos logo a seguir à Iª. Guerra Mundial. A forma de encarar as histórias de vida, muda então radicalmente. O relato de um percurso singular, torna-se numa janela aberta para entender o Outro. O primeiro estudo de referência foi o de W.I.Thomas e F. Znaniecki, intitulado “The Polish Peasant in Europe and América (1918-1920). Mas as contribuições mais significativas para esta nova perspectiva ficaram a dever-se à Escola de Chicago que influenciada por Robert Park, produziu um notável conjunto de estudos, onde é patente o interaccionismo simbólico de George Herbert Mead (1863-1931). Mead trouxe para as ciências sociais uma nova maneira de pensar o comportamento social dos indivíduos. O individuo deixa de ser visto como algo unitário, uma “pessoa” que existe como se fosse completamente independente dos outros, mas sim como um ser complexo com várias dimensões diferentes, construído a partir das suas relações com aquilo que ele designa por “outros significantes”, cujo comportamento têm importância social ou consequências para nós. As ações humanas inserem-se assim, no interior de um processo comunicativo. Para que se dê comunicação, cada indivíduo deve conhecer a maneira de reagir do outro perante os seus atos.

É muito significativo que a maioria dos trabalhos da Escola de Chicago se tenha orientado para a compreensão dos comportamentos desviantes em meios urbanos. As representações destes indivíduos espelham percursos fortemente marcados por estigmas sociais, facilmente apreensíveis.

Das Instituições Totais à Construção Social da Realidade

Entre meados dos anos trinta e os anos cinquenta, os métodos biográficos é secundarizada na pesquisa social, em favor dos métodos quantitativos, mais económicos. A nova etapa dos estudos biográficos surge associada à obra de Erwin Goffman- “The Presentation of Self in Everyday Life” (1956). Este sociólogo parte à descoberta do comportamento dos indivíduos em “instituições totais”, onde se ocorrem experiências extremas, como nas prisões, hospitais, conventos, campos militares, barcos de pesca à baleia, colégios com internato. Compreendendo os comportamentos dos indivíduos nestas “instituições”, tornar-se-ia mais fácil perceber as acções dos homens em situações menos brutais, devido ao facto de nelas os padrões de comportamento serem mais uniformes e contrastantes. A teoria de Gofffman é contudo mais complexa. Ele parte do pressuposto que o comportamento humano tem pouco de instintivo, ele é essencialmente o resultado de um processo de socialização. A longo da vida de um indivíduo as mudanças do seu comportamento refletem sobretudo os diversos grupos que integra, e as novas regras e padrões que adota. Seguindo o seu percurso e as suas reacções em diferentes situações, descobrimos os diversos grupos sociais. A dimensão individual do comportamento dilui-se na sua dimensão social. Erwin Goffman acabou por influenciar outros sociólogos, como Berger e Luckmann.

Durante os anos sessenta, o arranque da denominada ”observação participante” trouxe, novas contribuições para o reforço das metodologias qualitativas, entre elas, os métodos biográficos.

Método biográfico– idade técnica

Apesar da idade técnica, o método biográfico é uma das ferramentas menos utilizado por cientistas sociais. Talvez seja devido à ciência positivista dominante sociais, ou talvez para algum rigor metodológico é suposto, ao desconhecimento de existir as suas possibilidades.

A importância teórica do método biográfico

Do ponto de vista teórico, o método biográfico é apresentada como uma reacção do humanismo no positivismo, como um esforço teórico e metodológico para recuperar o ator social como personagem principal da realidade social como uma fonte de informação primária. Isso também significa considerar o cotidiano (micros sociológicos) desta realidade.

Em resumo, as teóricas mais importantes contribuições epistemológicas do método biográfico são:

• O problema da objetividade e da neutralidade da ciência em próprio trabalho;

• Enfatiza as ciências sociais aplicadas: o objeto de estudo faz com que o processo de pesquisa, recuperando o papel do ator social;

• Assinala a importância de acontecimentos diários (micros sociológicos) da realidade social;

• Descobre e apresenta aos visitantes as relações de poder existentes em pesquisa;

• Faz testar teorias, conceitos e hipóteses.

A importância pedagógica do método biográfico

"A história oral escola serve para preencher a lacuna entre o académico e a comunidade traz a história para a casa, uma vez que se relaciona com o mundo da sala de aula de classe e o livro, texto com o mundo social direta da comunidade e diário que vive o estudante ".

O método biográfico, levou à sala de aula, isso significa uma importante ferramenta para a compreensão problemas sociais específicos, melhorando não só a interação entre professores e alunos, mas também a criação de uma abertura própria para a sociedade. A este respeito, um instrumento fortemente ligados à concepção aberta de ensino.

Em suma, as contribuições e educação do método biográfico são:

• É um método ensino ativa, participativa, direta, complementar;

• O aluno torna-se historiador / repórter de sua própria realidade;

• Memória atualizações parceiros (professores, alunos, comunidade);

• Resgatar os conhecimentos passados;

• Ajuda a descobrir fatos desconhecidos, nas proximidades;

• Implica uma abertura para o a sociedade e os meios específicos locais.

Utilização do método biográfico

Do ponto de vista técnico:

"Quatro objetivos principais justificam o uso da história de vida e método de pesquisa:

*Capturando a totalidade da experiência biográfica, tudo no tempo e espaço, desde a infância até o

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