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COMO O AFROBRASILEIRO ESTÁ SENDO REPRESENTADO NOS MUSEUS?

Por:   •  22/10/2018  •  1.437 Palavras (6 Páginas)  •  305 Visualizações

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Atualmente, o Museu dispõe de uma sala de exposição permanente denominada “Memorial”, onde estão expostas 39 peças do cotidiano dos senhores e dos escravos, que vai do Sincretismo religioso aos objetos utilizados no trafico dos negros e outros objetos, que fazem parte do acervo, propiciando ao espectador um encontro com os símbolos do processo de formação da cultura brasileira. Mais do que contar a história, a sala do “Memorial” é um espaço de emoção/reflexão, que provoca associações e evoca situações do passado e do presente. Indagações e questionamentos a respeito da Escravidão, Abolição, Racismo, Violência, Diversidades Culturais, Identidade Brasileira e Cidadania, são apresentados.

- Museu de Artes Afro-Brasil Rolando Toro

O Museu de Artes Afro-Brasil Rolando Toro encontra- se em Recife capital de Pernambuco, possui um acervo de 70 peças, que foram cedidas, ainda em vida, pelo Chileno, Rolando Toro. Antropólogo e psicólogo foi responsável pela criação do “Sistema Biodança” nos anos 60, difundindo-o por vários países. Apreciador da cultura africana, o antropólogo colecionou ao longo dos anos, esculturas oriundas de vários lugares daquele continente.

O museu também é um espaço para encontros, debates, seminários de biodança, saraus poéticos, aulas e oficinas de dança, e conta com um hostel, atelier de arte, teatro e espaços para locação.

RECORTE GEOGRÁFICO

MUSEU AFRO DE LARANJEIRAS

Um prédio do século XIX que guarda antiguidades da cultura negra em Sergipe. Esse é o Museu Afro-Brasileiro, localizado na cidade de Laranjeiras, berço da negritude sergipana num prédio, que servia como comércio e residência da família Brandão.

Com peças que datam até do século XVII, distribuídas em salas que remontam da economia açucareira aos objetos de tortura, passando pela forte religiosidade dos afrodescendentes, o Museu Afro conta de forma particular parte da luta dos negros que viveram em Sergipe no período da escravidão.

IMPÔRTANCIA DO ACERVO

Ter um contato direto com o acervo é significativamente importante para o entendimento de como os escravizados africanos sofreram, lutaram e tiveram sua grande contribuição para a formação da cultura brasileira. Entretanto durante a visitação ao Museu Afro de Laranjeiras, percebemos um descaso com o espaço e falta de mais informações sobre os objetos expostos.

Ao adentrar o Museu Afro-brasileiro de Sergipe, o visitante recebe algumas orientações e começa uma visitação rica em história e busca pela consciência negra. A primeira passagem é pela sala de economia açucareira, um local onde é possível observar itens que serviram para movimentar a economia na época. Lá, é possível ver de perto moendas de cana, café e mandioca, pilões, carros de boi, entre outros utensílios.

Logo depois à sala dos aparelhos de tortura, um local onde é possível sentir de perto o quanto os afrodescendentes sofreram no período de escravidão. Objetos como mordaças, palmatórias, chibatas, bolas de ferro e troncos remontam a história.

As peças encontradas na unidade vieram de várias partes de Sergipe, mas a maioria é proveniente dos antigos engenhos localizados em Laranjeiras. Peças do Engenho do Povoado Varzinhas e da comunidade da Mussuca, ambos em Laranjeiras. Há também utensílios que remontam a religiosidade que vieram de dois conhecidos terreiros da cidade: o ‘Filhos de Obá’ e o ‘Oxosi Tauamim’. E peças de mobiliário que vieram também de engenhos da cidade de Malhador.

A religiosidade é aflorada nas outras salas. O sincretismo religioso toma espaço e manequins vestindo belas indumentárias que já foram utilizadas em terreiros e retratam orixás como Exú, Yemanjá, Oxalá, Nanã, Iansã, Oxum, Oxumaré, Obaluyaê, Xangô, Ogum, Oxossi. Percorrendo um pouco mais as dependências do museu, os visitantes chegam a uma sala repleta de utensílios de cozinha, onde é possível ver objetos, móveis e até uma indumentária utilizada no século XIX também nos engenhos sergipanos. O Museu Afro-Brasileiro de Sergipe funciona de terça-feira a domingo, das 10h às 17h.

Embora a criação do museu afro em laranjeiras seja de 1976, ele não é considerado como o Primeiro museu afro do brasil. Talvez por não ter uma maior visibilidade comparado ao “primeiro museu afro do brasil” localizado em São Paulo, e inaugurado em 23 de outubro de 2004.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Depois de muitas pesquisas, chegamos à conclusão de que a abordagem sobre afro-brasileiros nos museus do Brasil, ainda é muito precária, e as informações sobre os museus são de difícil acesso, entretanto os Museus existentes são de grande importância, para a compreensão do papel importantíssimo dos africanos no Brasil e na formação da cultura.

O Museu Afro de Laranjeiras

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