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AS INTERPRETAÇÕES DO BRASIL

Por:   •  22/12/2018  •  1.070 Palavras (5 Páginas)  •  269 Visualizações

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A ideia de povoar não ocorre inicialmente a nenhum. É o comércio que os interessa, e daí o relativo desprezo por este território primitivo e vazio que é a América; e inversamente, o prestígio do Oriente, onde não faltava objeto para atividades mercantis.

[...] Ocupar com povoamento efetivo, isto só surgiu como necessidade imposta por circunstâncias novas e imprevistas. (IDEM, p.23-24, 1981)

Sempre foi pelo capital, as caravelas procuravam riquezas, os povos foram explorados porque a mão de obra barata, a escravidão foi vista como um recurso. Portugal assim como os outros países europeus, também usou a o processo de colonização como um instrumento do capital.

Nestas condições, “colonização” ainda era entendida como aquilo que dantes se praticava; fala-se em colonização, mas o que o termo envolve não é mais que o estabelecimento de feitorias comerciais, como os italianos vinham de longa data praticando no Mediterrâneo, a Liga Hanseática no Báltico [...]. (IDEM, p.24, 1981)

Dificilmente iremos encontrar num material didático, voltado para o ensino básico, que a nossa história é construída sobre a lógica da exploração de recursos, da busca por riquezas, da geração de capital. Por muito tempo e não a muito tempo vivemos em função da exportação numa economia desigual, no sentido de que a função da exportação era unicamente pra suprir as necessidades dos “colonizadores”.

Se vamos à essência da nossa formação, veremos que na realidade nos constituímos para fornecer açúcar, tabaco, alguns outros gêneros; mais tarde ouro e diamantes; depois, algodão, e em seguida café, para o comércio europeu. Nada mais que isto. É com tal objetivo, voltado para fora do país e sem atenção a considerações que não fossem o interesse daquele comércio, que se organizarão a sociedade e a economia brasileiras. (IDEM, p.31-32, 1981)

A música, gerada de tanta discussão, que sugere outra interpretação de um pedaço do nosso processo colonizador, foi construída a partir de um olhar crítico, da autora, que ainda em sua formação básica, percebeu que nossa história, a que nos foi contada, não se encaixava. Seja a explicação mais lógica possível, se não for considerada a história pautada na busca pelo capital, não faz sentido hoje assim como não fazia há quarenta anos atrás.

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Referências

PRADO Jr, Caio. Sentido da Colonização. In: Formação do Brasil Contemporâneo: Colônia. 17 ed. São Paulo: Brasiliense, 1981.

http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/musica/noticia/2015/07/professores-analisam-funk-de-mc-carol-que-contesta-historia-do-brasil.html

https://oglobo.globo.com/rio/bairros/nova-forma-de-ensinar-historia-aproxima-alunos-da-realidade-6586455

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