ARTICULANDO PROFISSÃO COM FORMAÇÃO: ALUNOS EGRESSOS DO IFRO CAMPUS VILHENA

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2 REVISÃO DE LITERATURA

O Instituto federal de Educação, Ciência e Tecnologia/IFRO Campus Vilhena é uma instituição social e, portanto, está inserida na sociedade. Isso significa como pondera Chauí (2001, p. 35), que uma instituição de ensino “[...] não é uma realidade separada e sim uma expressão historicamente determinada de uma sociedade determinada”. Conhecer o que faz o IFRO campus Vilhena no âmbito do ensino técnico é, portanto, um dos caminhos para sabermos o que a sociedade deseja dessa instituição e o que ela, efetivamente, responde a esses anseios. E isso depende da geração de informações que possam ser apropriadas por aqueles que desejam conhece-la.

Por outro lado, no que tange a educação tecnológica há certa carência de literatura especializada para apresentar informações acerca dos egressos dos cursos tecnológicas no país. Não se sabe, por exemplo, o perfil daqueles que deixam essas instituições, a contribuição da formação acadêmica para a vida profissional, o tipo de inserção no mercado de trabalho, o grau de satisfação e perspectiva profissional. A pesquisa com egressos se apresenta, diante das necessidades de conhecimento acerca da formação ofertada.

Esse retorno é fundamental para a formulação de políticas de superação e manutenção no sistema de educação tecnológica em geral. Lousada & Martins (2005, p. 74) concordam que “[...] conhecer o que fazem (os egressos) como profissionais e cidadãos e suas adequações aos setores em que atuam, possibilita uma reflexão crítica sobre a formação e sua relação com as necessidades do mercado de trabalho.”.

Entendemos que a atuação de uma instituição que oferta cursos técnicos profissionalizantes, reflete sua responsabilidade, dentre outras, com o desenvolvimento econômico e social. Ao preparar os alunos, nos seus diversos cursos técnicos, a instituição tanto assume uma responsabilidade com a formação da mão de obra para atendimento aos setores econômicos, quanto se responsabiliza pela preparação de cidadãos capazes de assumir, com ética e senso de justiça, os diversos papéis sociais.

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para Lousada & Martins (2005) a pesquisa com egressos é fonte de informação para o conhecimento da qualidade dos cursos de uma instituição de ensino, possibilitando o dimensionamento da contribuição que ela dá à sociedade, especialmente em relação ao papel que desempenha na qualificação de profissionais para o mercado de trabalho. A partir da opinião dos autores citados organizamos a pesquisa com os egressos dos cursos técnicos do Instituto federal de Rondônia/Campus Vilhena que concluíram os cursos entre os anos de 2012 a 2016.

Nessa perspectiva, o objetivo dessa pesquisa foi conhecer por meio da coleta de informações, a opinião de ex-alunos sobre os cursos técnicos profissionalizantes que realizaram no Instituto Federal de Rondônia (IFRO), bem como a sua situação no mercado de trabalho. Partindo da hipótese de que os alunos egressos do IFRO Campus Vilhena em sua maioria esta atuando na área de formação.

O estudo foi desenvolvido em duas etapas complementares de coleta de dados. A primeira consistiu no mapeamento dos egressos e no levantamento de informações sobre sua inserção profissional e percepção dos alunos quanto às mudanças na sua atuação profissional. Esse mapeamento foi realizado por meio de um inquérito amostral, cujo questionário auto aplicável foi via e-mail e/ou presencial com os egressos dos cursos do Campus. A coleta de dados foi realizada com 42 os alunos egressos dos cursos presenciais desde o inicio das atividades em 2010.

Considerou-se importante investigar a questão dos egressos numa abordagem. A técnica de entrevista em profundidade, segundo Martins e Lintz (2000), é um trabalho de coleta mais demorado e preciso, e seu objetivo básico é entender o significado que os entrevistados atribuem a questões e situações em contextos que não foram estruturados anteriormente com base nas suposições e conjecturas do pesquisador.

Como primeiro passo para implantação da pesquisa, foi feito o desenvolvimento de um instrumento com 27 (vinte) questões de respostas fechadas e 01 (uma) aberta, 17 delas referentes à atual situação profissional do egresso, 06 referindo a aspectos de avaliação do curso/instituição e 05 voltadas para a auto avaliação.

As questões pertinentes a aspectos institucionais abordaram situações como a preparação do curso para o mercado de trabalho, a contribuição das disciplinas para o desempenho profissional, a qualidade dos professores, a opção de escolha pelo curso de graduação e a sequência de estudos na própria instituição e, a recomendação e a avaliação da imagem do IFRO Campus Vilhena.

Por outro lado, as questões de atual situação profissional e auto avaliação envolveram aspectos como a inserção no mercado de trabalho dentro ou fora da área de formação, o tempo decorrido da formatura até o início da atividade profissional, o tipo de organização do exercício profissional, a forma de inserção no mercado de trabalho, a faixa salarial, o nível de satisfação quanto à profissão, à remuneração e ao aspecto social da profissão, além da perspectiva profissional na área de atuação, bem como a sobre assiduidade e dedicação enquanto discente da instituição.

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A partir da realização das entrevistas foi gerado o banco de dados com as respostas dos entrevistados. Então, se iniciou o processo de tabulação e análises estatísticas, os quais geraram uma grande quantidade de quadro revelando diversas informações significativas, conforme detalhado no presente tópico.

O primeiro quadro refere-se a primeira parte do questionário que expões uma análise sobre atual situação profissional dos entrevistados. Observa-se que 54,8% dos entrevistados mora e trabalha em Vilhena e 35,7% moro em Vilhena e trabalho fora. Quanto a idade nota-se que o perfil dos egressos do IFRO Campus Vilhena entrevistados 77,8% estão entre 18 a 25 anos. Em relação ao ano em que se formaram 76,2% concluíram em 2014.

01) Onde você mora e trabalha

Em Vilhena

54,8%

Fora de Vilhena

9,5%

Moro em Vilhena e trabalho fora

35,7%