A dimensão técnico operativa do serviço social
Por: YdecRupolo • 1/5/2018 • 3.531 Palavras (15 Páginas) • 314 Visualizações
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Nessa proposta as autoras destacam o enfrentamento de três grandes desafios, a saber:
a) articular a dimensão macrossocietaria à dimensão profissional que compreende as respostas técnico-profissionais dos assistentes sociais;
b) o rompimento da dicotomia entre as dimensões teórico-metodologica e a dimensão técnico-operativa, ou seja separação entre teoria e pratica, e o individul versus o coletivo, dentre outras;
c) Refere-se ao âmbito da formação profissional, onde o desafioe romper com a crença de que o conhecimento de determinadas disciplinas somado aos instrumentos técnico-operativos são suficientes para o estudante e para o próprio assistente social realizarem as mediações necessárias ao seu processo de trabalho.
No tópico I, as autoras fazem observações analíticas sobre a dimensão técnico-operativa e ressaltam que discutir a seu respeito implica reconhecer a sua complexidade devido a diversidade de espaços sócio-ocupacionais e pela própria natureza das ações profissionais nos diferentes âmbitos de exercício profissional.
As complexidades das ações dos assistentes sociais encontram-se em um conjunto de fatores, articulados, que as tornam altamente variáveis, imprevisíveis e sujeitas a continuas transformçãoes. Dentro os quais: demandas que requerem modalidades operativas flexíveis; quantidade e multidimensionalidade dos problemas sociais dos quais sucitam novas demandas e necessidades; a multiplicidade de contextos institucionais; a variação da disponibilidade dos recursos públicos; etc.Aliado a estes fatores o processo interventivo contitui-se no seu próprio trajeto e essa contrução não depende apenas do assistente social, mas também dos espaços sócio ocupacionais, dos destinatários das ações desenvolvidas, entre outros sujeitos envolvidos. Assim as ações são caracterizadas por inúmeros elementos que dificultam sua própria apreensão e composição em termos de organização e produção do trabalho r do conhecimento.
As autoras destacam em suas observações que no campo da produção bibliográfica, o debate em torno da opertividade do Serviço Social tem se caracterizado pela falta de bibliografias quando comparado as demais dimensões.
Os textos produzidos sobre as questões técnico –operativas têm se concentradona discussão das bases do projeto ético-politico e na necessidade de transformação da intervenção profissional, mencionando apenas nas suas ultimas paginas os processos de construção das ações profissionais. Essa postura não tem aprofundado a abordagem do conjunto de conhecimentos específicos que circundam o ‘’fazer profissional’’ e que poderiam qualificar as ações dos assistentes sociais.
No campo da produção bibliográfica as autoras destacam alguns indicadores utilizadas por diferentes sujeitos na abordagem da intervenção profissional, dentre outros:
dos espaços sócio-ocupacionais que se diferenciam desde a natureza desses espaços (públicos ou privados) ate as próprias instituições (judiciaria, hospitalares);
das funções tradicionalmente desempenhadas pelos assistentes sociais, tais como, parecer social, plantão social, levantamento socioeconômico;
de classificção a partir da sistematizaç~~ao ou analise das ações que estão sendo realizadas em áreas de inserção do serviço social;
das diferentes politicas sociais (saúde, habitação, assistência social;
da população alvo da atenção do assistente social, como idosos , mulheres crianças e adolescentes.
No campo do eercicio profissional , além dos indicarres acema as autoras destacam outro que é a definição do exrcicio a partir dos instrumentos técnico-operativos (entrevistas, laudos, relatórios, etc.), além deste o exercício profissional também pode ser caracterizado pela nomeação da ação profissional como orientação. A esse respeito as autoras dissertam que a orientaçõ tem se caracterizado como um termo genérico que não indica a natureza da ação que se quer desenvolver. Elas exemplificam que em um mesmo campo de intervenção podem ocorrer demandas diferentes que pedem objetivos específicos e diversos e portanto, implicam um conjunto de conehcimentos também específicos que requerem procedimentos metodológicos diferentes. Definir apenas como orientação a interferência realizada pelo assistente social sem discutir o campo ao qual a ação esta vinculada não permite o aprofundamento do debate sobre a especificidade da ação à luz do objeto da profissão e do projeto ético-politico.
As autoras observaram que, o assistente social, na busca de qualificar suas ações acaba procurando formação em outras áreas e muitas vezes ele adere determinados modelos teóricos sem conseguir vincula-lo com o conhecimento da área do serviço social, o que parece levar ao empobrecimento da profissão em determinados setores.
Dentro deste cenário as autoras destacam três observações importantes:
A primeira esta relacionada ao fato de que o ‘’fazer profissional’’ se define prioritariamente por indicadores ‘’externos’’ à profissão ou seja tomo como base os instrumentos, as áreas de atuação, os usuáairos.
A segunda é semelhante a primeira. No contexto profissional os assistentes sociais utilizam denominações diferentes para nomear ações de natureza comuns e uma mesma denominação para nomear ações de natureza diferentes.
E a terceira observação esta relacionada a uma certa tendência de dar o mesmo tratamento á questões de um mesmo caráter, sem buscar a distinção necessária quando desenvolvidas em espaços diferentes é a realização de certas ações como rotina.
Para as autoras, no que se refere a dimensão técnico-operativa, é necessário o reconhecimento de que ainda não se conseguiu articular uma linguagem comum em relação ao ‘’fazer profissional. Apesar do avanço que a profissão obteve através do rompimento com a tradicional ‘’metodologia do serviço social (caso, grupo, comunidade), ainda nos defrontamos com um diversidade de discursos sobre o ‘’fazer profissional’’, definidos, prioritariamente a partir de elementos extrenos a profissão.
No campo da formação profissional, no contexto do ensino de graduação, é possível observar dois centros de tensão que se vinculam à coexistência de duas orientações para o processo formativo, expressas na definição
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