A Cura Pelas Plantas: Crença Popular

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vários tratados de fitoterapia. (CORREA JUNIOR, 1991, p. 157).

Por conseqüência, pesquisas mostram que quase 3/0 da população do planeta usam as plantas como o recurso terapêutico. No Brasil não é diferente, visto que, temos uma flora riquíssima. Fato esse que é atribuído aos altos custos de medicamentos, que acabam influenciando a população menos favorecida. Dessa forma, os usuários de ervas medicinais, mantém em ênfase a costume do consumo de droga vegetal, tornando válidas informações terapêuticas que foram reunidas durante séculos. (NEWALL et al., 2002).

Vale lembrar que, não existe uma garantia de que as plantas ou ervas medicinais possam substituir os medicamentos. Nesse sentido, Brasil (1995) afirma que:

As plantas ou ervas medicinais não diferem de qualquer outra substancia química ou sintética, e a preconização ou a autorização oficial do seu uso medicamentoso deve ser embasada em evidências a pôr a prova comprobatórias de que o risco a que se expõe àqueles que a utilizam é suplantado pelos benefícios que possam advir. (BRASIL, 1995, p. 225).

As imposições, na concepção de um conhecimento cientificamente aceitam sobre ervas medicinais, tanto no âmbito de habilidades e provação quanto ao uso, tem entrado às vezes em atrito com o saber popular. Em outras situações tem havido a busca de consenso entre os representantes da crendice popular e o científico. Isto explica porque o Brasil com sua diversidade e inúmeros trabalhos acadêmicos sobre plantas medicinais, ainda assim é negligente na produção de medicamentos fitoterápicos. (NEWALL et al., 2002).

Nesse sentido, procuramos com esse projeto obter mais informações acerca das plantas medicinais e as crenças oriundas dos mais antigos, para tanto utilizamos de recursos como a internet, artigos já publicados e livros que tratassem do assunto aqui em questão, buscamos reaver a utilização popular de variedades medicinais, sempre primando pela valência e segurança do uso destas.

DESENVOLVIMENTO

PLANTAS MEDICINAIS – CONTEXTO HISTÓRICO

O uso de produtos naturais, principalmente da flora, para cura de enfermidades, pareceu com o ser humano. Nas civilizações mais antigas, há indicativos do uso de plantas medicinais e tóxicas que foram encontrados sendo considerada uma das práticas mais antigas usadas pelo homem para cura, prevenção e tratamento de doenças, servindo como importante fonte de favoráveis biologicamente ativos (ANDRADE, 2007).

Dados arqueológicos evidenciam que o manuseio com ervas e plantas era extenso na antiguidade. Os primórdios descritos sobre plantas medicinais feitas pelo homem retomam as escrituras e ao Papiro de Ébers, descrito pela primeira vez, em 1890, por H. Joachin. Esse material foi encontrado nas proximidades da casa mortuária de Ramsés II e referem aproximadamente 100 doenças e um grande número de drogas da natureza animal, vegetal ou mineral. (VILELA, 1977).

Gabriel Soares de Souza (1587), foi um agricultor e empresário português, foi o primeiro a referir sobre as plantas como remédio aqui Brasil, que noticiou como os produtos medicinais eram utilizados pelos índios. Com vinda dos primeiros médicos portugueses ao Brasil, diante do desprovimento, na colônia, de remédios empregados na Europa, perceberam a importância das plantas utilizadas pelos indígenas como medicamento. (VEIGA, 2002).

Durante o Brasil colonial, os negros também trouxeram para o Brasil os saberes da sua cultura, estudado pelos curandeiros tribais, conhecidos também como a pessoa que estuda e classifica os vegetais, ou seja, botânicos que detinham e dominavam os saberes e cultivo das plantas e as suas formulações farmacêuticas, extraindo delas os princípios ativos que fossem apropriados à cura de determinadas enfermidades. Isso explica também o porquê de os escravos vindos da África tinham vida longa mesmo exposta a determinadas doenças acometidas em tantas pessoas aqui no Brasil, o que era exatamente o contrário daqueles que viviam presos nas senzalas. Na verdade explica-se que, graças aos mesmos estarem em liberdade e sempre ficava escondido nas matas o que contribuía para o preparo de remédios quando necessário, e novas ervas eram descobertas.

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Revista Eletrônica Vivências ISSN 1809-1636 Vol.7, N.12: p.70-75, Maio/2011

Na modernidade, o homem esta cada vez mais em busca de um estilo de vida saudável e natural, o que o deixa com um sentimento de decepção com a medicina convencional e tem levado à utilização crescente de outras formas de terapia, em países desenvolvidos, embora deixe um grande sentimento de desapontamento por parte de muitos, ou seja, as pessoas esperavam que as ervas e plantas fossem mais aproveitadas. O planeta testemunha a uma reestruturação na melhoria do bom viver e os valores naturais reaparecem com grande força, na indicação de preceitos novos, principalmente nas áreas científicas. Dessa forma, o manuseio de plantas com a finalidade de cura e prevenção tem se restaurado e instigado relevância das peculiaridades das drogas dela originada, incluindo sua morfologia, composição química, propriedades farmacológicas, dentre outras.

Assim sendo, erva ou plantas medicinal é toda a espécie vegetal que possa trazer a cura para alguma doença em determinadas pessoas, ou seja, aproveitada em forma de chás ou balsamo por determinada comunidade para um ou mais fins de cura, que seja usada para prevenir, no tratamento, na cura de perturbação, problemas ou doenças do homem ou de animais. Vale ressaltar que, é relevante informar a população a respeito do uso correto e manuseio destas plantas, uma vez que as mesmas configuram uma alternativa de preço acessível aos medicamentos normais. Além disso, o uso de remédio a base de plantas eram o único recurso terapêutico de muitas comunidades e grupos étnicos brasileiros, como as populações indígenas e quilombolas.

Desde então, populações mundial tem usado tradicionalmente, ao longo dos séculos, plantas na busca por alívio, cura de doenças e controle de pragas.

Atrelada à sabedoria popular as plantas tem se tornado objeto de estudo em muitos países e uma fonte importante de produtos naturais biologicamente ativos, que podem resultar na descoberta de novos fármacos, para doenças que acometem o homem. Atualmente, aproximadamente 13.000 espécies de plantas são utilizadas