Essays.club - TCC, Modelos de monografias, Trabalhos de universidades, Ensaios, Bibliografias
Pesquisar

RESENHA - A ESTÉTICA E HISTORIA DA ARTE

Por:   •  26/12/2018  •  1.662 Palavras (7 Páginas)  •  427 Visualizações

Página 1 de 7

...

A partir do século IV a.C., a civilização grega passa por um momento de crise intelectual, no que ficou conhecido como período helenístico. Isso leva à uma alteração na produção artística, que agora passa a ser focada na produção direcionada a um certo público, e passa a ser colecionada. Esse contexto assemelha-se muito ao contexto de produção renascentista, principalmente em relação ao patrocínio, a mercantilização e a associação entre arte e poderio econômico. Isso leva a uma competição entre os artistas e, a preocupação com a representação de uma beleza ideal, exacerba-se e mistura-se com uma dramaticidade, buscando afirmar a superioridade técnica. Aqui a arte se afasta definitivamente do caráter místico que herdara da influência egípcia ou daquela produzida pelos primeiros homens.

Quando Roma anexou a península grega, incorporou também os conceitos estéticos (antropocentrismo) e as técnicas de representação artística desse povo. A arte grega adaptada ao Império, foi usada como reafirmação do poderio econômico e militar, de certa forma, utilizada como um meio para propagar a ideologia de Roma por suas províncias, foram produzidos bustos de governantes – vale relacionar aqui, o anseio humano de ser retratado para a eternidade, que se repete com alguma frequência entre governantes dos mais diversos povos, começa a surgir o retrato como uma área especifica da escultura e da pintura, através da história e dos estilos artísticos que se sucederam, governantes e pessoas que ocupavam uma posição hegemônica na sociedade foram retratados inúmeras vezes por artistas que se especializavam cada vez mais nessa área – e suntuosas obras arquitetônicas . Pela primeira vez, a arte começa a assumir um caráter propagandístico, que futuramente se repetiria em contextos expansionistas semelhantes, como no século XVII, durante a contrarreforma, quando a igreja católica passa a patrocinar grande parte da produção artística com o objetivo de utiliza-la para propagar os dogmas e ensinamentos da instituição, ou durante o Império Napoleônico (nesse caso houve também um resgate técnico, estilístico e temático do período romano) quando foi criado o estilo Neoclássico.

No que diz respeito a técnica, Roma continua com o aperfeiçoamento de representação humana, focando na precisão e busca de uma proporção perfeita. Entretanto, após o surgimento do cristianismo e a queda do império do ocidente, o conhecimento de representação orientado por regras matemáticas, e focado na perfeição quase irreal das imagens representadas, torna-se restrito. Agora os artistas voltam à uma representação similar àquela utilizada no antigo Egito, que geometrizava e bi dimensionava as formas, a temática passa a girar em torno de temas religiosos, com um caráter quase didático para propagar a palavra da religião católica. Apenas no século XV, é feito um resgate do ideal antropocêntrico e do conhecimento técnico que orientou os povos da antiguidade clássica. Esse conhecimento foi sistematizado e estruturou-se uma academia, que cria uma espécie de julgamento para o que era ou não arte. Essa estrutura que focava em uma técnica muito precisa se manteve rígida, variando em temática, e aperfeiçoando as técnicas de representação até meados do século XIX, quando surgem as vanguardas modernistas, que iam na direção oposta à tendência perfeccionista de retratação da realidade dentro do meio artístico. Nesse momento, surgem os primeiros questionamentos do conceito de arte, sobre como a produção artística deveria ser avaliada e, a partir disso, começa uma desconstrução progressiva dos ideais que foram engessados pela academia durante tanto tempo.

Com os estudos feitos em sala de aula e baseados no livro, é possível concluir que a técnica e a temática na história da arte, apesar de serem diretamente relacionadas ao contexto de produção, possuem um lugar comum e as vezes um certo movimento pendular (de retomada constante). Muitas vezes ao longo da história, uma temática foi trabalhada de forma muito semelhante por povos distantes no tempo e no espaço e, em outras tantas vezes, retomada por povos que que interagiam de forma intensa em determinadas localidades próximas. Entretanto, também é possível perceber que os padrões socioculturais de distintos períodos históricos, também norteiam quais os pontos a serem retomados, e quais os pontos de ruptura. A proposição de análise relaciona esses aspectos e, por meio de uma cronologia progressiva feita no livro, e por meio de uma cronologia regressiva feita em sala de aula, sublinha os pontos em comum ao longo da história da arte e permite a criação e entendimento de paralelismos.

---------------------------------------------------------------

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

GOMBRICH, E. H. A História da Arte. 16 ed. São Paulo: LTC 2000

BRAGA, G. B. Introdução a Estética e História da Arte. Aulas expositivas ministradas no curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de São João del Rei, 11 de ago. 29 de set. 2017.

...

Baixar como  txt (11 Kb)   pdf (51.9 Kb)   docx (14.8 Kb)  
Continuar por mais 6 páginas »
Disponível apenas no Essays.club