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História Critica

Por:   •  8/4/2018  •  3.196 Palavras (13 Páginas)  •  240 Visualizações

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Ao afirmar que a evolução do Neoclassicismo se deu pela necessidade de acomodar as novas instituições da sociedade burguesa e representar o surgimento do Estado republicano, Frampton menciona que a evolução não diminuiu o papel que o Neoclassicismo desempenhou na formação do estilo burguês imperial.

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Transformações territoriais: evolução urbana, 1800-1909

O segundo capítulo “transformações territoriais: evolução urbana, 1800-1909”, começa com o autor falando sobre as transformações ocorridas nas cidades tidas antes como finitas. Estas transformações, ainda de acordo com o autor, aconteceram muito por conta da interação entre forças técnicas e socioeconômicas da época. Ainda conforme o autor no segundo parágrafo, o mesmo fala da importância da produção do ferro inglês para com a sociedade da época, já que este foi motivado pela necessidade de alimentar uma produção industrial que crescia com rapidez.

Além disso, Frampton ressalta que a indústria têxtil também teve a sua importância no desenvolvimento industrial da época, e com a invenção de novos maquinários, os espaços destinados ao trabalho passaram por transformações como a criação de fábricas com vários pavimentos e a prova de fogo. O autor ainda menciona que uma nova logística de disposição dessas fábricas foi “criada” a fim de atender as necessidades da época. Antes as fábricas precisavam estar perto de cursos d’água, depois com o advento da força motriz a vapor, estas passaram a estar perto de jazidas de carvão.

Com o advento da tração a vapor, como mencionado pelo autor nos primeiros parágrafos, o uso da tecnologia foi acelerado quando esta foi levada para a área de transporte que cresceu muito rapidamente. Segundo Frampton, em 21 anos - depois dos primeiros testes com locomotivas a vapor – foi criado o primeiro serviço público ferroviário, que anos mais tarde, acabaria sendo levado, também, para a navegação. Com isso, o autor menciona o aumento da migração europeia para as Américas, a África e a Austrália.

Logo em seguida, Kenneth Frampton escreve sobre a queda da mortalidade devido a melhores padrões nutritivos e técnicas médicas aperfeiçoadas em todo o mundo em desenvolvimento que culminou em um expressivo crescimento demográfico. Diante disso, o autor relata que a acomodação da população, sobretudo a mais pobre, passou por uma transformação com a construção de moradias baratas e de cortiços cuja finalidade era proporcionar que esta população vivesse próxima das indústrias. Diante de tal contingente morando em condições inadequadas, a incidência de doenças como tuberculose e surtos de cólera passou a alarmar as autoridades. Frampton menciona que essas epidemias tiveram o efeito de precipitar reformas sanitárias como a criação de leis que tornavam as autoridades responsáveis pelo esgoto, a coleta de lixo, o fornecimento de água, as vias públicas, a inspeção de matadouros e o enterro dos mortos.

Diante de tais medidas, segundo o autor, todas estas medidas acabaram por tornar a sociedade vagamente consciente da necessidade de melhorar a habitação da classe operária, sendo assim, criadas as primeiras habitações destinadas aos operários. Conforme Frampton, estas moradias tinham como características a reunião de apartamentos dois a dois em torno de uma escada comum, o que acabaria influenciando o planejamento de habitações operárias durante o resto do século.

Ao longo do século XIX, de acordo com Kenneth Frampton, a indústria começou a esforçar-se para compreender as cidades utópicas projetadas como protótipos de um futuro Estado esclarecido. Entre vários ideais de cidades utópicas, surgia a sociedade não repressiva de Fourier, que eram comunidades ideais onde as pessoas se relacionariam de acordo com o principio fisiológico. Estas cidades, ainda segundo o autor, teriam uma economia predominantemente agrícola, suplementada por uma manufatura leve.

No parágrafo seguinte, Frampton diz que a realização mais próxima da idealização destas cidades utópicas foi o familistério, que era um complexo onde compreendia três blocos residenciais, e alguns outros equipamentos que visavam atender a população local.

Com o crescimento da classe média urbana insatisfeita com a maneira como viviam, começou a ser desenvolvido um escopo de uma “propriedade rural com tratamento paisagístico”, segundo Frampton. O mesmo afirma que o conceito casa de campo neoclássica inserida na cidade foi levado para o perímetro de um parque urbano, como aconteceu com o Central Park de Nova York, por exemplo.

Mais adiante, Frampton escreve que apesar de toda a força do pitoresco, a racionalidade francesa permaneceu, sobretudo no Plano dos Artistas no qual foram inseridas as alamedas, e depois a Rue de Rivoli que tinha como objetivo servir de “fachada” cenográfica da Paris do segundo império.

De acordo com Kenneth Frampton em 1853, novas formas para a Paris saturada começaram a ser desenvolvidas pelo barão Georges Haussmann, então prefeito do departamento de Seine. Haussmann, segundo o autor, tinha como objetivo proporcionar unidade e transformar num todo operacional o enorme mercado consumidor, a imensa fábrica que era o aglomerado parisiense. O autor escreve que a construção de Paris daria ênfase à importância de sistemas de comunicação rápidos e eficientes com a finalidade de ligar pontos e bairros opostos cruzando a tradicional barreira do sena.

Durante a gestão de Haussmann, segundo o autor, a prefeitura de Paris construiu cerca de 140 quilômetros de novos bulevares além da padronização das fachadas e gabaritos dos mesmos.

Assim como aconteceu em Paris, Barcelona também passara por uma remodelação urbanística, como afirma Frampton. Desenvolvida pelo engenheiro Ildefonso Cerdá o plano consistia de vinte e dois quarteirões quadriculados de profundidade, orlada pelo mar e cortada por duas avenidas diagonais, de acordo com Frampton. A prioridade do projeto foi o sistema de tráfego que para Ildefonso Cerdá o tráfego era, em mais de um aspecto, o ponto de partida de todas as estruturas urbanas cientificamente embasadas.

Com o advento do metrô e mais tarde do bonde elétrico, a transição da moradia para as periferias acabou surgindo como uma unidade “natural” de acordo com o autor.

“O processo de suburbanização já começara em torno de Chicago com o planejamento, em 1869, do subúrbio de Riverside, baseado nos desenhos pitorescos de Olmsted. Baseado em parte

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