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ARTIGO - PORTRAIT DE LA BALLERINE ROSITA MAURI

Por:   •  4/2/2018  •  3.197 Palavras (13 Páginas)  •  373 Visualizações

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O propósito desta reflexão sobre a descrição da obra foi decorrente sobre o trabalho apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina de História das Artes, do curso de Licenciatura e Bacharel em Dança, na Universidade Estadual do Paraná, Campus Curitiba II - Faculdade de Artes do Paraná, com orientação da Professora Doutora Rosemeire Odahara Graça.

Assim em nossa pesquisa buscamos como tema a descrição da obra Portrait de la Ballerine Rosita Mauri. Diante destas perspectivas foram estabelecidos os seguintes objetivos: analisar e descrever a obra; contextualizar a biografia do artista e do retratado e o contexto histórico da obra; descrever possíveis interpretações simbólicas da obra.

Desenvolvemos uma pesquisa de abordagem descritiva e qualitativa tendo como forma metodologia utilizada de base bibliográfica, por meio desta poderemos contar com o auxílio de um banco de dados que melhor se adaptar ao nosso tema de pesquisa, visando proporcionar uma maior familiaridade com o problema, permitindo trazer a tona um grande leque de possibilidades sobre o tema estudado.

DESCRIÇÃO DA OBRA

A obra em questão, apresentada abaixo na FIGURA 1 do pintor francês Léon Comérre (1850 – 1916), retrata a bailarina Rosita Mauri (1850 – 1923).[pic 1]

FIGURA 1 - Léon COMERRE (1850- 1916). Portrait de la Ballerine Rosita Mauri. 76,2 × 61 cm, óleo sobre tela. Coleção particular.

Assinada pelo artista no canto esquerdo superior, a obra retrata uma figura humana de aspecto feminino, sentada num ambiente interno que, aparenta ter boa iluminação, representada pelo seu fundo em cores claras. Na metade superior esquerda, a bailarina segura em sua mão um objeto semelhante a um leque aberto, na cor vermelha e voltado para si, no qual o dedo mínimo da mão direita não encosta. Nesta mesma mão, estão alguns adornos, possivelmente pulseiras ou braceletes, na altura do seu punho.

Sentada, ao centro do retrato, a figura feminina tem cabelos aparentemente castanhos, puxados para trás e presos ao que acreditamos que seja um coque (forma de prender os cabelos muito utilizada por bailarinas) adornado com flores da cor rosa, sua franja está solta e seu comprimento chega quase a sua sobrancelha, cobrindo grande parte da sua fronte .

Com a cabeça levemente reclinada para sua diagonal esquerda (a direita do observador), ela mantém seu olhar distante. Sua pele é clara, seus olhos aparentemente castanhos e sua boca possui um tom rosado, está fechada, e com um leve sorriso.

Como indumentária, um vestido, com cores claras, rodado e aparentemente bastante brilhoso, em sua parte superior um possível corpete apertado, suas alças são largas e seu tecido aparenta ter um bom caimento, nos ombros da figura humana de aspecto feminino. Ao lado esquerdo de seu peito, a lapela de seu vestido está adornada com flores da cor rosa, bem como em seu cabelo. Na parte inferior de sua indumentária, uma saia de várias camadas e anáguas que lembram a um “tutu” (uma parte do vestuário do balé, são roupas usadas pelas bailarinas) e por baixo uma calçola nos mesmos tons do vestido. Estas vestimentas, bem como o nome que leva a obra, nos levam a crer que a figura representada é de uma bailarina.

A figura está de pernas cruzadas, com o pé esquerdo sobre o seu joelho direito e o pé direito tocando o chão. Em seus pés ela utiliza um calçado semelhante a uma sapatilha de ponta (um tipo de calçado, que pode ser utilizado para realizar a prática da dança com ponta rija e fitas/atacadores/atilhos), na cor rosa com fitas em tom mais claro, com um brilho que lembra cetim (tecido brilhante de seda em trama bem fechada). Estas fitas estão amarradas em torno dos seus tornozelos.

Sua mão esquerda se encontra em sua cintura e tem também em seus punhos alguns adornos, como em sua mão direita, possivelmente pulseiras. É possível visualizar que a figura feminina foi retratada de corpo inteiro e aparenta ser jovem.

O local onde está sentada, na metade inferior esquerda do retrato, parece ser um estofado de cor amarela e estampado com figuras de diversas flores coloridas. Na parte inferior deste estofado o tecido mostra-se franzido, algo que lembra acabamento em formato de babado.

No chão, aos dois lados do estofado, buquês de flores coloridas embrulhados com algo que parece papel branco, sendo um no canto inferior esquerdo nos tons de branco, lilás e rosa, e dois ao canto inferior direito, um deles com flores semelhantes ao buque do canto inferior esquerdo e o outro que está um pouco atrás deste primeiro, possui um tom bastante branco no centro e escuro em volta.

A frente do local onde a figura feminina encontra-se sentada, temos um tapete felpudo de cor clara, sugerindo a cor bege, no qual está o pé direito de Rosita Mauri. Neste mesmo pé percebe-se que a fita da sapatilha aparentemente está apertada, pois nota-se um volume de tecido corporal próximo ao tornozelo.

BIOGRAFIA DO ARTISTA

León François Comérre foi um pintor academicista francês, nascido em 10 de outubro de 1850, na cidade de Trélon, no norte da França. Em 1853, mudou-se com a família para Lille, onde seu pai trabalhou como professor de uma escola. Desde a infância demonstrou interesse em arte e se tornou estudante da Escola de Belas Artes em Lille, ganhando medalha de ouro em 1867, o que lhe foi concedeu a permissão de continuar seus estudos em Paris.

Em 1868, Comérre trabalhou no estúdio de Alexandre Cabanel (1823 – 1889), onde passou a receber a influência do orientalismo. No mesmo ano, foi intitulado o “estudante mais promissor” o que lhe rendeu sua admissão na prestigiada Escola Nacional Superior de Belas Artes.

Em 1870, uma pausa em seus estudos, na qual Comérre serviu ao serviço militar, especialmente porque a França estava prestes a embarcar na guerra Franco- Prussiana. Ainda assim, determinado, expôs pela primeira vez no Salão de Paris em 1871 e retornou à Escola no ano seguinte. Recebeu em 1875, o prêmio Grand Prix de Roma, por sua obra L’Ange annonçant aux bergers la naissance du Christ, o que o levou a Academia Francesa em Roma, de janeiro de 1876 a dezembro de 1879.

Atingindo bastante sucesso, Comérre começou a segunda parte de sua carreira, passando pela Bélgica e Holanda, antes de chegar a Roma. Em Roma, com a mesma dedicação antes demonstrada em Paris, pintou diversas peças chave de seu trabalho como Jézabel dévorée par les chiens e Junon, ambas de 1878, e Le Lion amoureux em 1879.

Seu reconhecimento o trouxe também recompensas

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