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A HISTÓRIA DAS ARTES APLICADAS

Por:   •  23/9/2018  •  2.395 Palavras (10 Páginas)  •  320 Visualizações

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No que tange ao uso das formas, seguiam as tendências e geometrizações cubistas de concepção retangular da planta e das fachadas, de que objetivavam destacar os interiores funcionais do edifício, com fachadas que poderiam ser vistas de vários ângulos.

Surgido na Alemanha do pós-guerra o Racionalismo metodológico didático, propunha uma via de oposição ao irracionalismo político, à violência e exasperação das condições sociais. Por meio do racionalismo crítico pretende resolver as questões pendentes buscando à lógica não das armas. Baseava- se no Expressionismo do Grupo de Novembro e intencionava um renascimento ideal no pós-guerra que pensava em reconstrução pacifica e não mais em guerra e destruição. Nesse contexto eleva-se a figura de Walter Gropius e da escola Bauhaus fundada por este e herdeira de várias experiências pedagógicas e artísticas ocorridas na Europa desde o século XIX (movimento inglês Arts & Crafts).

A Bauhaus foi uma experiência de escola democrática que visava à obra de arte total, o edifício no qual não existem quaisquer barreiras entre as artes estruturais e as artes decorativas e objetivava a compreensão das revoluções artísticas e movimentos de vanguarda para uma posterior transformação em método e didática. A Bauhaus também significou uma casa de construção no sentido amplo do termo ali se construíam desde utensílios destinados ao uso cotidiano até pensava-se na escala da cidade construía-se assim a sociedade visto que essa se constrói a partir da cidade. Argan afirma que tudo que se inclui no âmbito da comunicação visual é objeto de analise e estudo na escola, por conta de questões como o dinamismo o signo e significado das formas também eram bem pensadas e desenvolvidas na Bauhaus, assim como, o racionalismo metodológico e didático era inserido no contexto industrial buscando a produção em série e a padronização.

Devido a essas características a A Bauhaus tornou-se centro de todas as correntes artísticas europeias, sendo mais que um exemplo de arquitetura, visto que, nela se ensinava também pintura e design e criavam-se novos padrões de mobiliário e de tecidos. A escola tornou-se o foco de atenção de artistas de toda a Europa e de todas as áreas, deixando o legado de renovação pautado nas criações artísticas a serviço das necessidades elementares, e na ampla atuação em todos os ramos da criação artística, e na classificação do design como arte.

O arquiteto alemão Walter Gropius não teve apenas na Bauhaus uma atuação brilhante, como o seu estilo arquitetônico simples e racionalista desenvolveu o projeto da fábrica Fagus, onde resolveu concomitantemente o problema da instrumentalidade do edifício e as condições de higiene e psicológicas.

O racionalismo metódico didático espalhou-se pelo mundo a partir das perseguições nazistas encontrando terreno fértil nos Estados Unidos onde as técnicas de pré-fabricação se desenvolveram e grandes nomes se projetaram com trabalhos de arquitetura verticalizada.

As vanguardas construtivas na União Soviética no início do século xx foram a base do Racionalismo Ideológico. No início, a falta de recursos financeiros limitou o desenvolvimento, impossibilitando a atuação de profissionais de aplicarem na prática novas tecnologias que estavam sendo discutidas no campo teórico. Os seus ideais expressos no campo das artes, principalmente nos ramos da arquitetura e escultura são as principais características do racionalismo ideológico que sofre também influência do teatro buscando formas expressar o conteúdo. Argan comenta que isso é virtude e defeito simultaneamente, pois ao mesmo tempo que a arquitetura é capaz de comunicar instantaneamente os conceitos que a norteiam, ela assume um caráter cenográfico e formalista.

Neste contexto, a funcionalidade na arquitetura era muito presente, assim como, a ausência de uma finalidade reformista no urbanismo que permitia que essa funcionalidade fosse extensamente explorada. No campo da pintura e da escultura, a arte deixou de ser meramente representativa e passou a ter um caráter funcional. Os artistas de então se opuseram à burguesia capitalista e à hierarquização da sociedade e suas obras passaram a contestar a alienação social. Na indústria com a sua repetitividade tivemos um conflito da arte e da criatividade, nesse contexto, os movimentos que surgiram foram divididos em vanguardas positivas e negativas.

Os adeptos das vanguardas positivas acreditavam que a arte, enquanto operação criativa deveria modificar as condições alienantes determinadas pelo capitalismo industrial, também imaginavam que a arte deveria servir como fuga da alienação. As vanguardas negativas, por sua vez, negavam qualquer compatibilidade da arte com o sistema cultural vigente, considerando até a impossibilidade da sua sobrevivência. Dentre os movimentos que surgiram à época do funcionalismo a Vanguarda Russa era o único que estava inserido numa revolução. Argan divide esse período em 3 escolas, o Raísmo, o Suprematismo e o Construtivismo.

O Raísmo, representado por Larionov e Natalia Goncharova se autointitulava a síntese entre cubismo, futurismo e orfismo. Para Larionov, o espaço deveria existir sem o objeto, apenas com movimentos e com a luz. O grande expoente do suprematismo era Malevich, que se esmerava em buscar uma relação entre ideia a percepção e pelo espaço representado num símbolo geométrico. Malevich afirmava que o quadro era o meio de comunicar a relação entre sujeito e objeto, e que era a síntese da existência entre mundo interior e exterior. Já o construtivismo é encabeçado por Tatlin pregava a arte a serviço da revolução, afirmando que não poderia mais haver distinção entre as artes. Essa intenção foi demonstrada de forma muito nítida em seu famoso monumento à Terceira Internacional. Após a morte de Lênin esse período de florescimento das artes na Rússia sofreu um fim abrupto vítima da burocratização do estado. Na Itália o manifesto da arquitetura futurista não teve muitos adeptos, devido aos traumas do entre guerra e dificuldades vividas com a implantação do regime totalitário fascista de Benito Mussolini. Com uma indústria moderna ainda em formação, principalmente no norte do país, o problema das habitações do operariado e as questões sociais eram quase que ignorados. Tais problemas ainda eram agravados por conta da especulação imobiliária, e também pelo fato das iniciativas referentes a construção civil estavam nas mãos do poder público. Assim sendo, qualquer reivindicação social era tratado como questão de policia.

A frente do conformismo, ou melhor, conformação encontrava-se Piacenti que

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