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RELATÓRIO TEÓRICO CRÍTICO SOBRE O FILME O CLUBE DO IMPERADOR

Por:   •  21/8/2018  •  1.450 Palavras (6 Páginas)  •  274 Visualizações

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O professor, apesar de ter se desviado de seu modelo de caminho moral, não atinge o êxito em seu objetivo, o aluno que ele pretendia moldar se tornou o homem que ele não queria ver. A isso, não devemos atribuir só o fato de que a escola, nesse caso tem papel fundamental na formação de um caráter, mas como mostrado em algumas cenas, a família é um caso importante na história de Bell, onde seu não pai não é moralmente melhor do que o homem que ele se tornou. Neste caso específico a falta de valores morais dentro da família de Bell contribuiu para a formação do caráter falho do aluno, que como pudemos ver não mudou muito ao longo da vida. No entanto, seria correto generalizar? Todo ser que em seu início tenha recebido maus exemplos, ensinamentos ou talvez que tenha a total ausência destes, no fim se tornará uma pessoa de caráter falho?

Não é possível afirmar com certeza, existem várias determinantes para a personalidade de uma pessoa e várias formas de aprendizado ao longo da vida. Ou seja, seria incorreto dizer que a formação inicial é a única determinante do fim pois existe um longo caminho a ser percorrido no “meio” que é de fundamental importância para a formação do caráter.

A RELAÇÃO COM O CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA PARA ARQUITETOS E URBANISTAS

A partir do apresentado podemos relacionar as lições do filme com o Código de Ética e Disciplina para Arquitetos e Urbanistas, que dentre tudo o que foi discutido e tudo que o Código de Ética oferece, duas questões chamam mais atenção, ambas tratam da relação de uma esfera com a outra, a primeira a relação aluno-professor e a outra aluno-aluno.

Pensando primeiro na relação aluno-professor, pode-se assumir que nesta relação o arquiteto seja o professor e o aluno o cliente. O Arquiteto que, no caso, teria decidido dar vantagem ou beneficiar determinado cliente baseado em motivos pessoais, desconsiderando que enquanto figura profissional sua postura deve ser de respeito e igualitária perante todos os seus clientes. A relação aluno-aluno entende-se como uma relação entre os profissionais de arquitetura, onde um dos profissionais arquitetos age com desrespeito perante seus colegas, fazendo uso de meios ilegais e ilegítimos para se sobressair perante a sua classe. Essas atitudes são repudiadas pelo CAU-BR e são tratadas especificamente nos capítulos 3 e 5 do Código de Ética.

Reforçando o que foi dito, nos princípios capítulo 3, do Código de Ética e Disciplina para Arquitetos e Urbanistas (2013), que trata das obrigações para com o contratante, é dito que:

“O arquiteto e urbanista deve orientar sua conduta profissional e prestar serviços profissionais a seus contratantes em conformidade com os princípios éticos e morais do decoro, da honestidade, da imparcialidade, da lealdade, da prudência, do respeito e da tolerância, assim como os demais princípios discriminados neste Código.”

E, além disso, nos princípios capítulo 5, do Código de Ética e Disciplina para Arquitetos e Urbanistas (2013), que trata das obrigações para com os colegas, reforça que:

“O arquiteto e urbanista deve considerar os colegas como seus pares, detentores dos mesmos direitos e dignidade profissionais e, portanto, deve tratá-los com respeito, enquanto pessoas e enquanto produtores de relevante atividade profissional.

“O arquiteto e urbanista deve construir sua reputação tão somente com base na qualidade dos serviços profissionais que prestar.”

Assim, podemos concluir que uma formação ética e moral é essencial para qualquer trabalho ou relação pessoal que possamos desenvolver e que respeitar esses princípios não está ligado somente ao que se faz pelo outro, mas acima de tudo do que se faz por si próprio. Há também, na vida profissional, esses elementos que reforçam e ampliam as bases éticas que devem ser seguidas em respeito a profissão, como o código de ética e os conselhos profissionais. Onde os códigos de ética são responsáveis por informar e os conselhos por fazer cumprir, permitindo assim que trabalhos sejam executados de forma justa e com igual oportunidade à todos.

REFERÊNCIAS

CAU/BR – O CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DO CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO DO BRASIL. RESOLUÇÃO N° 52, DE 6 DE SETEMBRO DE 2013.

O CLUBE DO IMPERADOR – Filme, Michael Hoffman, 2002.

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