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PLANEJAMENTO URBANO E POLÍTICAS PÚBLICAS

Por:   •  5/12/2018  •  18.991 Palavras (76 Páginas)  •  269 Visualizações

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O Art. 376 do PDDU de Salvador, afirma que as Prefeituras Bairro, instituídas pelo art. 13 da Lei nº 8.376, de 21 de dezembro de 2012, têm como finalidade de promover nas respectivas áreas de competência em articulação com as secretarias e entidade da administração municipal a execução dos serviços públicos, inclusive a fiscalização, a manutenção urbana e o atendimento ao cidadão, bem como assegurar a participação da comunidade na gestão pública, devendo contar com sistema interligado de informações sobre os serviços prestados pelos diferentes órgãos municipais, facilitando o atendimento e o acesso regionalizado dos serviços municipais prestados à população.

Indo a nossa área de interesse, a Prefeitura Bairro- Cabula/Tancredo Neves atua na região dos bairros da poligonal entre BR 324, Av ACM, Av Tancredo Neves, Av Paralela e Av Gal Costa, sendo eles: Arenoso, Arraial do Retiro, Barreiras, Beiru/Tancredo Neves, Cabula, Cabula VI, Calabetão, Centro Administrativo da Bahia, Doron, Engomadeira, Grja. Rur.Presidente Vargas, Jd. S. Inácio, Mata Escura, Narandiba, N. Sussuarana, N. Horizonte, Pernambués, Resgate, Saboeiro, S. Gonçalo, Saramandaia, Sussuarana. Tendo como missão, oferecer com qualidade os principais serviços da Prefeitura a todos os cidadãos. Interagir com as comunidades, conhecer as suas necessidades e demandas, buscando soluções e supervisionando as ações e serviços em cada um dos bairros da cidade.

- ARENOSO

- História

O Arenoso está localizado próximo aos bairros Beiru/Tancredo Neves, Cabula 6, Sussuarana, Nova Sussuarna, Novo Horizonte e CAB. Está no centro geográfico da Cidade do Salvador. E até o ano de 1940 fazia parte do bairro Beiru.

Conforme José Ney de Brito Santos, líder comunitário e diretor da Escola Luz e Vida, o bairro do Arenoso tem origem em uma fazenda chamada ‘Flor do Beirú’. “Segundo contam, os tataranetos do antigo proprietário da fazenda estavam em débito com o governo do Estado, que na época exigiu o pagamento da dívida. O governo determinou que caso não fosse efetuado o pagamento, tomaria as terras e doaria à população, e assim foi feito”. Entretanto, há quem afirme que este bairro surgiu do desmembramento de Beiru/Tancredo Neves.

A separação ou o desdobramento de parte do Beiru/Tancredo Neves em Arenoso ocorreu por influência mítica, ou melhor, por intercessão dos orixás, segundo relatos acrescidos do testemunho oral: em 1940 após uma chuva com trovoada, alvos de Xangô, orixá da sabedoria e da justiça, e também com relâmpagos, poder de Iansã, a região foi separada; teve uma divergência geográfica natural. Além disso, havia um pé de umbu que a ventania arrancou com a chuva e um dos herdeiros das terras, chamado de Cara de Vaca percebeu que poderia ficar rico com a terra que estava por baixo de onde saiu à raiz do umbuzeiro. Era arenoso. Foram coletados três tipos de solo do local para o DRM Serviço Geológico do Estado e um engenheiro diagnosticou que os mesmos serviam para pavimentar ruas e construções. Ocorreu, assim, a tentativa de vender as terras para DRM, o valor do arenoso era um pouco semelhante como petróleo hoje, a empresa não teve condições de pagar, então colocou a serviço as caçambas e as máquinas para a extração e todo esse processo levou o bairro a se chamar Arenoso.

No bairro, durante a segunda metade do século XX, estava em atividade um grande terreiro, chamado de Asé do Beiru ou Ilê Axé Tomin Bokun. Ele era o santuário de expressão da religião e culturas bantos no Brasil, comandado por um dos tatas (babalorixas) mais poderosos do país, Manoel Rufino de Souza. Seu nome hoje nomeia uma das avenidas do bairro. E o espaço onde era o terreiro após sua morte, foi vendido para Igreja Universal.

Assim, os rastros arenosos dos antepassados foram retomados no quilombismo dos mutirões, na reforma; no olhar plácido da mais velha ao ver o grafite embelezando a parede; nas brincadeiras das crianças, erês inspiradores; na poesia que transpôs os anseios e as revoltas; na música, papo reto; na solidariedade comunitária para retomarmos o quilombo e fazermos a transformação.

- Meios de Transportes e Sistema Viário

Sistema Integrado de Transportes:

Atualmente o bairro possui apenas três linhas de ônibus operando, são elas: arenoso-pituba; arenoso/lapa-c grande; arenoso/calcada-comércio todas elas pertencem a empresa integra.

Sistema Viário Básico:

Inicia-se na confluência das Ruas Manoel Rufino e São José, por onde segue até alcançar a Travessa São Jorge da Bela Vista, por onde segue até no Rio Cachoeirinha ou da Prata, por onde segue até alcançar a 2ª Travessa Marluce Barreto Sales. Segue em direção a linha de transmissão, até a Rua Manoel Rufino, por onde segue até o seu cruzamento com a Rua São Jose.

- Educação

Segundo José Ney de Brito Santos, líder comunitário e diretor da Escola Luz e Vida, grande referência do bairro. Ao lado da Escola Municipal Sergio Carneiro, da Escola Estadual Luiz Eduardo Magalhães e da Escola Municipal do Arenoso, Centro Municipal de Educação Infantil Creche Vovó Zezinho, Creche Menino Jesus compõe as principais escolas do bairro.

- Esportes

No terreno acidentado da região, localizada entre a Estrada das Barreiras e a Avenida Paralela, há muitos campos. Dividindo espaço com as casas nas encostas e ladeiras e com roças e hortas, nove terrões estão espalhados entre o Arenoso e o bairro vizinho, Beiru – ou Tancredo Neves, como preferirem. O maior deles, que leva o nome da primeira localidade citada, é administrado pelo comerciante Jaílson Andrade, dono de um bar vizinho à quadra e membro atuante da associação desportiva da comunidade.

Seu Jaílson conta que, apesar de o campo ter sobrevivido até hoje e ainda ser um dos maiores da cidade, ele não resistiu ao crescimento do Arenoso e diminuiu. “Não existem mais campos de várzea como antigamente, com 110, 115 metros [de comprimento] não. Hoje os bairros crescem e os campos diminuem. Esse aqui, mesmo, ia até lá”, diz, apontando um conjunto de casas que crescem por trás das traves. “O nosso ainda é um dos maiores de Salvador, tem 90 metros de comprimento”, pondera.

O Campo do Arenoso sobrevive, mas já foi bastante ameaçado de desaparecer. Como diversos outro campo na cidade, esteve cobiçado pela iniciativa privada, mas como é cercado por casas, sempre há movimento

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