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Os trabalhadores pobres, pp. 221-237; trad. Maria Tereza Lopes Teixeira e Marcos Penchel; 4ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.

Por:   •  12/11/2018  •  1.199 Palavras (5 Páginas)  •  392 Visualizações

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ao passo que os pobres ficavam ainda mais pobres. E os pobres sofriam porque os ricos se beneficiavam. O mecanismo social da sociedade burguesa era profundamente cruel, injusto e desumano. “Não pode haver riqueza sem trabalho” (...) “o trabalhador é a fonte de toda riqueza. Quem tem produzido todos os alimentos? O pobre e mal alimentado lavrador. Quem construiu todas as casas e armazéns, e os palácios, que pertencem aos ricos, que jamais trabalham ou produzem qualquer coisa? O trabalhador. (...) Ainda assim “o operário continuava pobre, ao passo que os que não trabalham são ricos e possuem abundancia em excesso.” Página 230

Já a terceira parte, introduz a idealização de uma nova sociedade com o movimento operário, como uma resposta ao “grito do homem pobre”. Enquanto a Revolução Francesa “deu confiança”, ou seja, o reconhecimento do poder e da força de uma multidão, a Revolução Industrial “provocou a necessidade de uma mobilização permanente” dos trabalhadores. Onde uma “existência decente” não podia ser obtida por meio de um “protesto ocasional”, era necessário uma “eterna vigilância, organização e atividade do movimento” – “os sindicatos, a sociedade cooperativa, as instituições trabalhistas, os jornais, agitação” –. Porém, “a rapidez da mudança social que os envolvia” apenas os possibilitava a pensar em uma “sociedade totalmente diversa” que seria “cooperativa e não competitiva, coletivista e não individualista”. Seria “socialista” e não representaria o “eterno sonho da sociedade livre” que os pobres levam “no recôndito em suas mentes”. Nessa mesma parte, desenvolve-se ainda a desorganização dessas instituições e o fracasso na implantação da nova ideologia; como também os benefícios sociais que só foram possíveis graças a elas (participação política, legislação trabalhista, etc.). As pequenas revoltas, de ação direta, criadas por homens e mulheres politicamente imaturos “pesaram de maneira extraordinária nos sucessos políticos” por serem realizados em grandes cidades ou “locais politicamente sensíveis”, transformaram “expressões de descontentamento” em “franca insurreição”.

Por fim, as partes IV e V encerram o capitulo tratando da abrangência do movimento trabalhista para toda a “sociedade sofrida”, como uma “organização de autodefesa” e a luta era um “modo de vida”, onde “a consciência de classe, a militância, o ódio e o desprezo ao opressor pertenciam a esta vida tanto quanto os teares em que trabalhavam. Nada deviam aos ricos exceto seus salários. Tudo o mais que possuíam era sua própria criação coletiva”. Os ricos temiam o “espectro do comunismo”, a força organizada dos trabalhadores pobres.

“Por que este mundo não os satisfazia, criaram um outro mundo na úmida obscuridade de seus becos, um paraíso distante de doces, sonhos e visões.” Página 236

“O que mantinha esse movimento unido era a fome, a miséria, o ódio e a esperança, e o que o derrotou (...) foi que os pobres careciam da organização e maturidade capazes de fazer da sua rebelião mais do que um perigo momentâneo para a ordem social.” Página 237

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