DESENVOLVIMENTO LOCAL E PROJETOS URBANOS
Por: Ednelso245 • 29/3/2018 • 993 Palavras (4 Páginas) • 423 Visualizações
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O que se pretende com isto é caracterizar a Região Metropolitana de São Paulo como um espaço policêntrico e sede de uma nova cultura vivencial, prevendo a realização de projetos em áreas centrais das sete cidades do ABC (parques, áreas verdes e vegetação urbana, marcos referenciais regionais, recuperação ambiental e preservação do patrimônio cultural).
O Projeto Eixo Tamanduatehy nasce em Santo André pela articulação regional, buscando o planejamento urbano de forma integrada entre os agentes sociais e visando o desenvolvimento sustentável, uma vez que a região é repleta de área de proteção aos mananciais; pelo projeto Cidade Futuro, o qual prevê a construção coletiva de ações de desenvolvimento envolvendo a sociedade civil; e ainda pela preocupação municipal com o processo de reconversão produtiva na cidade.
Considerações finais
A reestruturação produtiva e da redefinição do papel do Estado, culminou em ações formuladas e implementadas em atualmente em nível local, uma vez que compreende-se a complexidade das necessidades geradas em cada região e de modo a unir várias esferas de poder em uma gestão compartilhada capaz de articular as forças sociais econômicas e administrativas que envolvem uma determinada localidade. Esta ideia transparece tanto no “empreendedorismo local de Harvey, quanto no conceito de governança de Lipietz. Todavia, o recurso à ação pontual dos governos locais coloca o risco do acirramento dos desequilíbrios regionais e internacionais, da mesma forma que a disputa pelos investimentos no quadro do planejamento estratégico, na medida em que algumas localidades estão melhor equipadas do que outras na luta autônoma pelo desenvolvimento. O exemplo europeu, em que a perspectiva estratégica convive com um alto grau de intervencionismo e com a multiplicação de iniciativas estatais estruturadoras, compensatórias e reguladoras, merece atenção especial no sentido de solução para esta disparidade.
Este tipo de governança protege a continuidade dos benefícios de tais intervenções mesmo que haja descontinuidade político-administrativa, o que acarreta o risco de desestruturar esforços coletivos de longo prazo.
Quando se discutem formas de estimular a geração de trabalho e renda, também devemos levar em conta que a maneira pela qual se dá o desenvolvimento econômico, muitas vezes determinada em âmbito nacional, condiciona o caráter da participação dos agentes na esfera local, assim como a distribuição da renda gerada. A reestruturação produtiva, os efeitos da crise econômica e as novas desigualdades sociais colocam em pauta a necessidade de elaboração de estratégias que articulem os agentes sociais no sentido de enfrentar problemas urbanos e regionais, sem negar os conflitos existentes e a necessidade de políticas efetivas de inclusão social na escala do país.
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