HISTÓRICO DO BAIRRO DA LUZ
Por: Salezio.Francisco • 7/11/2018 • 2.821 Palavras (12 Páginas) • 281 Visualizações
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3.2 VILA ITORORÓ
A Vila Itororó, se retrata de um conjunto remanescente de casas construídas nos anos 1920 trazendo as casas de alugueis, na grande São Paulo. Suas origens, poe a se confudir se com a história das artes cênicas da cidade: O Teatro São José. Este foi um imponente teatro de nossa cidade, que ficava se, onde hoje está atualmente o edifício do Shopping Light .
Após o trágico ocorrido, apenas as paredes e decorações externas como colunas gregas, esculturas e vitrais que foram todas arrematadas pelo comerciante português Francisco de Castro, que transportou todo o material da demolição do teatro para seu terreno de 4500 metros quadrados na região da Bela Vista.
A Vila, leva este nome em homenagem à uma nascente do Riacho do Itororó, que ficava onde hoje se encontra a avenida 23 de maio, e que abastecia a piscina da vila, a primeira particular de São Paulo.
Passa atualmente por um processo de restauração e renovação, com a colaboração da Prefeitura, tendo se um processo, mais firme . O local reúne um palacete e mais de 20 casas construídas na década de 1920.
O projeto de revitalização da Vila Itororó teve início em 2014 e deverá ser concluído em 2018. Os primeiros edifícios do complexo, entretanto, serão restaurados de modo concomitante às atividades e devem ser reabertos já a partir desse ano atual de 2016.
Será inaugurado uma nova geração de equipamentos culturais, concebidos, desenvolvidos e geridos de maneira compartilhada, em diálogo com as demandas da população local, seguindo um processo participativo inédito e inovador. O processo de renovação em curso não pretende regressar a um passado distante ou se desvincular dos recentes acontecimentos, mas está sendo desenvolvido com a intenção de trabalhar no presente a história do conjunto arquitetônico tombado pelos órgãos de patrimônio histórico municipal e estadual.
Nos últimos anos a Vila foi desapropriada para ser transformada em um projeto cultural
. Esse espaço é um manifesto que mostra que existem alternativas aos modelos vigentes de centros culturais; que o patrimônio é vivo e pode ser ativado, independente do seu estado de preservação; e que se deve repensar os usos futuros da Vila a partir das experimentações e dos debates públicos que hoje acontecem nela.
Logo na entrada é possível há avistar , dois leões de estilo assírio-babilônico e a belíssima e exótica estátua de bronze da Deusa da Prosperidade.
Serão restauradas as casas, a piscina, o ruamento e o palacete que compõem a vila. Após as obras, esses espaços poderão ser ocupados com atividades como residências artísticas, pesquisas e laboratórios de economia criativa, por exemplo. O projeto de ocupação será construído de maneira participativa, inclusive com a comunidade do entorno e com antigos moradores dos imóveis. O objetivo deste diálogo é a reincorporação da vila no cotidiano do bairro.
Se encontra mais de, sete mil metros quadrados se transformará em um complexo cultural formado pelo galpão, onde hoje funciona o canteiro de obras, por 10 casas restauradas e pela piscina. Estão planejados ainda um bicicletário, uma horta e uma cozinha abertas ao público. Assim finalizando as obras, e terá acesso pelas quatros vias do quarteirão, integrado pelas
ruas Pedroso, Maestro Cadin, Monsenhor Passalacqua e Martiniano de Carvalho.[pic 4][pic 5]
6. CONCEPÇÃO URBANA DA VILA ECONOMIZADORA
Por ser um bairro popular, os lotes são de pequenas dimensões e ocupado sem quase sua totalidade, não restando praticamente nenhum espaço livre dentro deles. Pela transformação do uso do solo que, entre outras coisas, fez os imóveis antes de uso industrial passar a abrigar funções de baixa vitalidade (como estacionamentos voltados a um comércio não diretamente ligado às necessidades dos moradores), são raras as expressões de vida coletiva e pública na vila. De fato, não se percebe de um modo explícito o uso do espaço público para fins de encontro ou de lazer. Foi necessário também um esforço especial para detectar áreas onde eventualmente tal uso pudesse ter lugar. Os espaços que se mostraram mais próprios para isto foram trechos de ruas sem saída, consequências do bloqueio imposto pela estrada de ferro. Por um lado, apresentam a vantagem de estarem livres da circulação de veículos de passagem; por outro a desvantagem de serem áreas esquecidas, desprezadas. No entanto, devidamente equipadas, poderiam ser apropriadas pela população moradora. Quando a Vila Economizadora foi construída, a cidade de São Paulo vinha enfrentando um processo acelerado de crescimento e de urbanização. O incipiente processo de industrialização passou a absorver parte da excedente mão-de-obra de imigrantes e migrantes da então decadente cafeicultura. Nesse processo, a estrutura espacial interurbana e a forma de uso e ocupação do solo atrelaram-se também ao desenvolvimento de estradas de ferro. Desta maneira, as vilas operárias, características desse período, foram sendo construídas em áreas próximas às várzeas dos rios e das estradas de ferro, sob forte discurso, encampado tanto pelo poder público, como por empresários voltados à atividade industrial, em torno da salubridade e da higienização nas construções. A busca pela melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores urbanos, através das condições de habitabilidade das edificações e da proximidade destes espaços com os locais de trabalho, somou-se muitas vezes, ao exercício do controle sob o trabalhador em outras esferas da vida social, expresso na introdução de equipamentos sociais, espaços de recreação e de lazer. A Vila Economizadora é testemunha desse momento da história da cidade, apresentando uma forma específica de organização e distribuição espacial, intimamente vinculada à organização social e de produção econômica. Diante desta perspectiva, a necessidade de manutenção desse patrimônio construído enfatiza seu papel de referência na paisagem urbana e sua importância na articulação com a estrutura e dinâmica espacial de nossos dias. Nessa perspectiva, a execução de intervenções necessárias aponta para o reconhecimento e conservação da qualidade desse conjunto arquitetônico para sua comunidade e para a memória da população paulistana. Atualmente, a Vila Economizadora encontra-se em mau estado de conservação e apresenta elementos construtivos deteriorados pela ação do tempo e por diversas reformas realizadas, muitas das quais executadas pelos próprios inquilinos à revelia dos proprietários, conferindo assim um aspecto bastante heterogêneo ao conjunto. As
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