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Depois do movimento moderno, montaner, cap VII

Por:   •  9/9/2018  •  1.570 Palavras (7 Páginas)  •  413 Visualizações

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pela influência de Kenzo Tange e outros arquitetos japoneses. As propostas do grupo Metabolismo surgem como reação à falta de planejamento urbano típico do Japão. Frente a uma arquitetura condenada ao isolamento, à expressividade individual e ao caos urbano sempre crescente, estes arquitetos pensaram em novos organismos à escala urbana tais como: cidades aéreas, unidades agrícolas, unidades residenciais móveis ou estruturas helicoidais.

Este novo tipo de aglomerado de espaço público e privado encontrará sua expressão na Exposição Universal de Osaka (1970). Esta foi a primeira expressão do auge da modernização da arquitetura japonesa para o mundo. A exposição foi proposta como um mostruário de tipos formais gerados pelas novas tecnologias: coberturas gigantes, pirâmides de cristal, etc. Junto a isto, apareceram elementos simbólicos e tradicionais, como lagos artificiais e jardins japoneses.

O plano de Tóquio (1960), desenvolvido por Tange, trata-se de uma grande cidade planejada como expansão de Tóquio, organizada por um grande eixo cívico suspenso sobre a água, e por uma grande quantidade de núcleos residenciais verticais autônomos.

A partir dos anos 1970, Kenzo Tange começa a perder a capacidade de inovação de suas propostas urbanas e a intensidade de suas primeiras obras. Seus grandes projetos se tornam repetitivos e apresentam uma falta de capacidade de aproximação à escala humana e ao desenvolvimento dos detalhes.

A arquitetura neoprodutivista

Desde o final dos anos 1950, foram construídos nos países mais desenvolvidos edifícios realizados de maneira pragmática, utilizando ao máximo as possibilidades da alta tecnologia que acabaram fornecendo cruciais inovações. Na Grã-Bretanha foi desenvolvida uma sólida corrente de arquitetura high-tech, influenciada pelas fantasias de Archigram, sendo ao mesmo tempo baseada em um grande rigor e pragmatismo. Essa equipe criada em 1967 por Norman Foster, buscou o rigor das realizações práticas, a versatilidade das diversas especializações técnicas e a elegância do desenho industrializado.

Vários arquitetos ingleses aproveitaram as possibilidades estruturais dos novos materiais, como o concreto armado. Exemplo disso, foi o conjunto residencial Brunswick Centre em Bloomsbury que, através de estruturas de concreto armado, adota uma forma escalonada similar à da estrutura de um campo de futebol, com agradáveis moradias orientadas para um espaço interior comum.

A América do Norte desenvolveu uma vasta arquitetura produtiva que aproveita ao máximo as possibilidades plásticas e materiais da tecnologia. Arranha-céus e todo tipo de edifícios se converteram nos mais destacados bancos de prova de uma arquitetura que pode tender a ser cada vez mais transparente, hermética, climatizada, interativa, resistente, leve, ágil, versátil e tecnologicamente atraente. Uma das obras mais representativas é a citada Ford Foundation em Nova Iorque (1963-1968), projetada por Kevin Roche e John Dinkeloo. O edifício adota a forma de L, ao redor de um pátio elevado que serve de transição entre a rua e os escritórios. Aproveitando o efeito estufa, Roche consegue um espaço cujo clima é constante. Este edifício mostra uma singular capacidade para explorar a ideia de espaço interior climatizado. Essa arquitetura também é desenvolvida na Europa, como o Conjunto olímpico de Munique. Este representa um dos últimos suspiros do período do otimismo tecnológico, otimismo este que está na base da maior parte da arquitetura realizada com meios industrializados nos países da Europa do Leste.

O legado tecnológico dos anos 1970

As duas propostas mais radicais nessa época foram: a Torre do Nagakin e Centro Georges Pompidou. A primeira baseia-se na ideia, antes presente no grupo Archigram e Metabolismo, de cidade no espaço e da lógica agregação de celular pré-fábricadas. Conseguiram obter, com simplicidade e mínimo repertório formal, a máxima expressão de avanço tecnológico e de cidade conectada e intercambiável. O segundo, em Paris, foi o mais brilhante e popular da eclosão da arquitetura de alta tecnologia. Para a realização desse edifício, foi feito um concurso internacional, com bases que estabeleciam claramente a proposta de um novo tipo de edifício urbano: um grande espaço homogêneo capaz de alojar todo tipo de funções relacionadas com cultura e lazer.

O projeto vencedor propunha a ideia radical de uma megaestrutura à qual eram acrescentados diversos módulos transparentes. Essa primeira ideia foi posteriormente aperfeiçoada dando ao edifício uma forma mais convencional, um paralelepípedo longitudinal. O edifício, em termos tipológicos e estilísticos, faz referência à arquitetura industrial. A fachada posterior deste é semelhante a uma refinaria de petróleo. Já a estrutura do espaço interior é similar à típica fábrica urbana dos séculos XVIII e XIX.

Para Montaner, está claro que o edifício leva as últimas consequências às propostas formais que, a partir dos anos quarenta, propõe a arquitetura do New brutalism, da tendência de levar a estrutura ao exterior do edifício.

As megaestruturas e as crises do otimismo tecnológico.

Nos anos 1960, com advento de novas tecnologias surgiram novas possibilidades e formas arquitetônicas. Características importantes como o tamanho colossal através das megaestruturas, a possibilidade de crescimento e substituição e a multifuncionalidade foram fatores

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