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CONJUNTO HABITACIONAL DE HELIÓPOLIS GLEBA G: A URBANIZAÇÃO E AS INTERACÕES NO ESPAÇO PÚBLICO

Por:   •  5/6/2018  •  1.910 Palavras (8 Páginas)  •  522 Visualizações

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A maior transformação de revitalização do espaço urbano na cidade de Nova York, é o High Line Park, por ser um imenso espaço público. A implantação desse projeto de suma importância, abrange não apenas a participação do Estado, como também envolve a dos residentes que atuaram de forma ativa no processo de reconversão, por meio de reuniões e fóruns públicos. O grande parque sobre a via férrea tornou-se uma fuga da vida caótica, já que tem como seu principal objetivo disponibilizar espaços existentes para os habitantes da região, repensando o espaço público, ao adicionar a paisagem urbana mais verde ao oferecer aos cidadãos opções para recreação, lazer e relaxamento (DAVID; HAMMOND).

A questão a respeito da relação entre público e privado no Brasil pressupõe analisar as ligações entre Estado e sociedade civil na formação e desenvolvimento do sistema capitalista. É importante destacar que a privatização é uma peculiaridade natural da história da sociedade brasileira, já que o Estado sempre incorporou aos seus aparatos, os interesses da burguesia, e não a representação das classes subalternas (LIMA, 2011).

No Brasil, a existência do espaço público é uma questão que ainda deve ser melhor desenvolvida, já que muitos não se encontram delimitados de forma coerente ou carecem de investimentos, resultando no abandono devido a falta de manutenção e uso, tanto por parte do Estado quanto dos usuários. Entretanto, destaca-se a Praça Roosevelt, situada no centro da cidade de São Paulo, na qual consiste de um espaço destinado a encontros, articulação, realização de livre expressão cultural e política e liberdade para realização de fomente ideias (YAMASHITA, 2013).

A região onde a Praça Roosevelt se localiza, vivenciou transformações aceleradas, acompanhando a expansão do centro da cidade. Desta forma, a paisagem bucólica que tomava conta da praça, modificou-se até ser transformada na estrutura de concreto monumental que, metaforicamente representa a modernização de São Paulo, exprimindo a necessidade da existência de um local que articule todas as comunidades que vivem na cidade (FERREIRA, 2009).

Segundo Bueno (1999) um dos aspectos questionados em relação aos espaços que passaram pelo processo de urbanização de favela referentes à construção é o uso dos espaços públicos coletivos, relacionando-se da seguinte forma: quanto à apropriação da área e respectivos comportamentos do morador: a apropriação da área e os comportamentos do morador local :o espaço público, depredado; a rua, semiprivada, continuidade da casa, repleta de moradores; e a casa, particular, espaço reservado.

A inserção do espaço público, através de criações de conjuntos habitacionais, busca valorizar a forma da favela como um tecido urbano reconhecido pelo restante da cidade, em especial, os principais elementos que permitem uma vivacidade cotidiana, não observada no contexto geral da cidade “dita” formal (SOUZA,2012).

Os espaços semi-públicos devem ser evitados nas favelas, priorizando as definições precisas do espaço público e do espaço privado. Os espaços públicos e privados, uma vez discutidos com a comunidade, possuem melhores condições referentes a sua manutenção, que deve ser de responsabilidade especifica, ou seja, o espaço público deve ser mantido pelo Estado e o privado pelo seus proprietários. Para que haja integração dos espaços, verifica-se a necessidade de vida nos espaços públicos com qualidade, o que trata-se de um dos conceitos preponderantes para a adequação e melhora do planejamento das cidades (SOUZA,2012,p.132-133).

Diante dessa realidade, destaca-se como o espaço público da urbanização de favelas pode trazer melhorias para os habitantes locais. O objeto de estudo é o Conjunto Habitacional de Heliópolis Gleba G, projetado na maior favela de São Paulo, através do Programa de Reurbanização de Favelas da Prefeitura do Município de São Paulo. Compõe-se de 420 unidades habitacionais de 50m² cada, totalizando aproximadamente 31 mil m² de construção. Segundo Souza (2012) Heliópolis, beneficiando-se das intervenções públicas, mesmo existindo pontos específicos de precariedade, tem deixado de lado o caráter de favela, assemelhando-se cada vez mais a um bairro, já que sua integração a cidade é uma questão de tempo.

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Figura 1: Espaço Público no Conjunto Habitacional de Heliópolis - Gleba G. Fonte: , 2011.

Sendo assim, é importante ressaltar a importância que a urbanização de favelas pode trazer incentivando mais ações de revitalização nesses locais.

O objetivo deste estudo é analisar a urbanização de favelas com relação a melhoria da qualidade de vida nos espaços públicos para verificar e propor diretrizes para novos projetos.

Método

- Levantamento do Referencial Teórico

- CERQUEIRA, Yasminie Midlej Silva Farias. Espaço Público e Sociabilidade Urbana: apropriações e significados dos espaços públicos na cidade contemporânea. 2013. 121 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2013.

- SABINO, Horácio. Urbanização e Histórias de São Paulo: Banco Cacique, 2009.

- FERREIRA, Débora Nitz; TERRA, José Maria. O Percurso Histórico das Favelas e sua Relação com o Direito Social. Rio de Janeiro, p. 01-28, 2011.

- Pesquisa de Campo

- Visita Técnica

- Elaboração de Entrevistas

- Aplicação das Entrevistas com os Moradores do Conjunto Habitacional de Heliópolis, Gleba G

- Tabulação dos Dados

- Análise dos Dados

- Redação Preliminar

- Discussão dos Resultados

- Relatório Final

Cronograma

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