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CANAL DO PANAMA

Por:   •  15/1/2018  •  1.413 Palavras (6 Páginas)  •  317 Visualizações

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A marinha norte-americana tinha sido encarregada de levar o projeto com sucesso, e as obras recomeçam em 1904, marcada por uma disciplina e estratégia militar que havia faltado aos europeus.

O segundo engenheiro-chefe, John Stevens, (o primeiro pediu demissão após um ano de trabalho pois não suportou as doenças e a desorganização) optou pela construção de um canal com eclusas, propondo-se a controlar o curso do rio Chagres por meio de um aterro de grandes dimensões, formando uma barragem em Gatún. Uma eclusa, ou comporta, é uma obra de engenharia hidráulica que consiste numa construção que permite que barcos subam ou desçam os rios ou mares onde há desníveis (barragem, quedas d´água ou corredeiras).

O lago artificial assim formado não apenas forneceria a água e a energia elétrica necessários à operação das eclusas, como também constituiria uma via líquida, que cobriria um terço da distância no istmo. Stevens conseguiu construir a maior parte da infraestrutura necessária para as obras, incluindo a construção de casas para os trabalhadores, a reconstrução da ferrovia do Panamá destinada ao transporte de carga pesada e o projeto de um método eficiente de remoção de entulho decorrente do desmonte de rochas pela ferrovia.

A solução de comportas mostrou-se a mais acertada. Um dique em Gatun criou um lago artificial cujas águas enchem as eclusas. As eclusas de Gatun elevam os navios a 26 metros até ao lago artificial. Como são duplas permitem a subida e descida simultânea de navios. Ao fim de 8/9 horas os navios atingem o oceano Pacífico depois de terem descido 9,5 m na eclusa de Pedro Miguel e 16,5 na de Miraflores. Todas as eclusas têm 305 metros de comprimento por 33 metros de largo e nestas os barcos são puxados por pequenos comboios chamados de "mulas".

Em 1907, Stevens viria a se demitir e o coronel George Washington Goethals assumiu o comando da obra, se tornando o terceiro e último engenheiro-chefe.

Após 10 anos de construções, e mais de 35 mil trabalhadores, a obra foi finalmente finalizada, em 10 de outubro de 1913.

INAUGURAÇÃO E PÓS-CONSTRUÇÃO

No dia 15 de agosto de 1914, o canal finalmente entrou em atividade, representando o sucesso e avanço tecnológico para aquela época, revolucionando para sempre o transporte marítimo. Desde então se inicia o comércio marítimo na região do canal, intensificando os laços entre os Estados Unidos e o Panamá, que conviveram pacificamente até a década de 50, com a administração militar norte-americana na Zona do Canal.

Até a década de 50, o comércio marítimo na região prosseguiu conforme o esperado e os Estados Unidos e o Panamá conviveram pacificamente com a administração militar do primeiro. Mas a partir daí, o povo panamenho começou a ver a construção como símbolo do imperialismo norte-americano, iniciando uma mobilização popular.

Nos anos 60 e 70, foram realizadas vários motins e negociações à respeito sobre quem teria posse sobre o tratado e assim, os governos dos dois países começaram a trabalhar juntos para resolverem esta questão territorial. Em 1977, o presidente dos EUA, Jimmy Carter assinou um tratado que concordou em devolver 60% da Zona do Canal do Panamá, em 1979. O canal e o território restante, conhecida como a zona do canal, foi devolvido ao Panamá ao meio-dia (horário do Panamá local) em 31 de dezembro de 1999.

Com o passar dos anos, o fluxo de navios no canal foi aumentando, o que começou a causar problemas que aos poucos estão sendo resolvidos, por exemplo: existem grandes navios superpetroleiros que não cabem no canal e por isso foram criados os chamados “Panamax”, que são navios projetados para circularem livremente no canal.

O prazo médio para se atravessar o canal é de 15 horas. Por este e os outros motivos citados acima, em 2007 iniciou-se um projeto de U$ 5,2 bilhões para expandir o Canal do Panamá e deverá ser finalizado por volta de 2015. Esta expansão permitirá a passagem de embarcações muito maiores, o que aumentará ainda mais o comercio marítimo mundial. A obra consiste, principalmente, na construção de novas comportas ou compartimentos, que funcionam como elevadores para fazer subir o nível da água de forma que os barcos possam atravessar o canal.

CONCLUSÃO

Percebe-se, pelo exposto, que a abertura do Canal do Panamá foi de suma importância para o avanço do comércio através dos oceanos, pois conseguir encurtar a distância em cerca de 14 mil quilômetros para ir de um oceano a outro, com certeza é um fato para ser eternamente lembrado e, consequentemente, ser considerado mais uma das maravilhas do mundo.

Com relação à obra em si, é notável que sua construção foi bastante turbulenta, com vários intervenientes que atrapalharam o prosseguimento da mesma mas, no final, podemos dizer que a Engenharia Civil foi de suma importância para o sucesso final deste projeto.

BIBILIOGRAFIA

- Sites:

- http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/canal-do-panama/canal-do-panama.php

- http://www.slideshare.net/garotodoido50/canal-do-panam-7436375

- http://www.coladaweb.com/geografia/canal-do-panama

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