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Arquitetura da Escola Paulista Analise de Uma Obra Navio

Por:   •  5/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.188 Palavras (5 Páginas)  •  340 Visualizações

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FAZER: FAUSP e ESCOLA NAVIO (pp) – analise formal, espacial e histórica

-Relacionar com as características brutalistas/comparar as duas (democracia, material concreto, vazios e cheios).

ESCOLA JOAO FRANCO DE GODOY – “Navio”

Histórico e implantação

Arquiteto: Joao Clodomiro, arquiteto brutalista

Construída num período economicamente favorável para a arq moderna, já que os políticos manifestavam anseios modernistas para o progresso da cidade

Foi implantada num amplo terreno então existente, numa quadra típica da área central da cidade (88,00m X 88,00m) com um declive de quatro metros. Esse edifício apresenta uma simples monumentalidade servindo como um referencial urbano aproveitando o potencial que uma obra pública possui. Esse monobloco sob pilotis tem uma abertura no centro, abrigando um jardim central com espelho d’ água.

Forma

        Tem uma simplicidade formal, com uma volumetria em formato triangular – motivo pelo qual surgiu o apelido Navio. Essa forma de triangulo tem simbologias vitruvianas, representando os venustas, utilitas e firmitas. Se destacava no entorno pela sua forma, nos anos 60.

Analise Espacial

                                                A planta livre e os pilotis promovem espaços internos funcionalmente setorizados. Há uma setorização bem definida de acordo om o programa de necessidades mais adequado as atuais práticas de ensino e aprendizagem.

                         As salas ficam no pavimento superior alcançando uma bela visibilidade do entorno e liberando o pavimento térreo para a permeabilidade visual entre o pátio e a cidade. Independente do lado em que os usuários estejam, este pode se deslocar, margeando o jardim interno e dando a volta na edificação, destacando o seu aspecto igualitário, democrático, com fácil acesso para todos, privilegiando a relação interno x externo.

Os acessos independentes para alunos, professores e funcionários constituíam percursos agradáveis da cidade para o edifício e vice-versa. Nos cantos desse prisma, o arquiteto localizou as transições das circulações verticais e horizontais, ou seja, um patamar com aberturas laterais que permitiam vistas para o exterior e para o interior. Nesse monobloco, articulações de espaços cheios e vazios diversificam a percepção visual do conjunto garantindo as qualidades formais do edifício.

A organização do programa de atividades apresenta no pavimento térreo: o palco, o pátio principal e as duas escadas de acesso ao piso superior; do lado direito, distribuído ao longo do corredor, o setor administrativo da escola e, em seguida, o refeitório. Esse espaço não possui portas e recebe uma parede de pedra que percorre toda a extensão do terreno, apoiando o seu desnível natural do terreno. O refeitório possui acesso independente, através de uma rampa que leva ao nível da Rua Francisco Morato de Oliveira. E, no mesmo pátio do refeitório, podemos encontrar dois depósitos que se encaixam dentro do desnível do terreno.

Do lado esquerdo do prisma triangular fica uma sala do pré-primário a cozinha os banheiros uma sala de educação física, a cantina e a portaria – todos esses ambientes têm acesso direto ao jardim da escola. O pavimento superior possui grandes corredores iluminados e ventilados por janelas de vidro basculante, e nesse espaço estão distribuídas as salas de aula, a biblioteca, o laboratório, os sanitários dos professores, o gabinete dentário e, por fim, na ponta do triangulo que pousa sobre o terreno, a sala dos professores e acesso independente pela Rua Antônio Sandoval Filho (REVISTA ACRÓPOLE, 1970).

O palco da escola possui um mural feito com placas torcidas de concreto aparente, e no centro dele uma placa estrutural formando um pilar parede pintada na cor vermelha. Esse mural semitransparente, localizado junto ao pátio aberto da escola e com os “pilotis” do refeitório, caracteriza-se por ser um elemento de transição e seu contexto espacial garante uma continuidade visual integrando o externo com o interno e vice-versa, como também, o interno com os ambientes internos. O paisagismo realizado por Waldemar Cordeiro, articulando o espaço aberto e construído, promovia a participação dos alunos, desenvolvendo cultivo de frutas e hortaliças, uma vez que esse conjunto arquitetônico inseria-se numa área de transição com a área rural da cidade.

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