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ANÁLISE DO TEXTO JANE JACOBS MORTE E VIDA NAS GRANDES CIDADES E SUA INTERVENÇÃO

Por:   •  6/12/2018  •  2.187 Palavras (9 Páginas)  •  482 Visualizações

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Podemos dizer que Jacobs teve um papel muito importante na compreensão das cidades e nos fez refletir entre a vivacidade ou a monotonia, como era o espaço escolhido pelo grupo e no que ele poderia se tornar? O que poderíamos agregar a comunidade? Como tornar uma Avenida de um espaço de passagem para um espaço de permanência? Quais as necessidades dos estudantes e das pessoas que alí passam? Como deixar uma pequena área atrativa com uma intenvenção efêmera? Como conseguir fazer com que as pessoas interajam umas com as outras? Como demarcar o local? Como chamar a atenção e despertar a curiosidade das pessoas?

Foram os primeiros questionamentos que nos fizemos nos baseando com as informações oferecidas por Jacobs.

Atrativos culturais, intervenções urbanas, intervenções efêmeras entre outros permitem o envolvimento de diferentes tipos de pessoas o que é essencial à vivacidade de nossas cidades. A interação humana nesses ambientes trará mais humanidade e consequentemente o conhecimento da diversidade de pessoas, trazendo consequentemente relações respeitosas e também propósitos em comum.

Com base nessas informações e dados levantados começamos então a elaborar propostas do que poderia ser feito numa Avenida como a João Pinheiro, passamos por inúmeras orienações com nossos educadores Samy Lansky, Lívia Leonardo e Harley Silva. Harley que nos auxiliou juntamente com o livro da Jacobs a enxergamos a cidade como nunca havíamos visto antes. Fizemos vários esboços até chegarmos no projeto ideal, e assim nasceu o projeto Belo Horizonte Como Voçê Nunca Viu, dentro do que gostaríamos fazer para os estudantes e visitantes do local, o que iria agradar o público alvo e como o projeto iria interferir na vida das pessoas, como fazer o espaço ficar atrativo, digno das pessoas permanecerem nele por algum tempo.

Com isso nosso objetivo foi incentivar a interação dos estudantes e visitantes do espaço, além de servir também como espaço de convívio social e descanso, dando oportunidade às pessoas de se conhecerem além do mundo cibernético, da sala de aula e de seus próprios grupos e tribos, incentivar o desejo de estar mais próximo um do outro, instigar a curiosidade e o aprendizado por meio de quarenta monóculos com fotos diferentes da história de Belo Horizonte, amarrados em fitas de cetim coloridas que foram penduradas em um varal de arame que foi instalado entre uma árvore e um poste de iluminação. Pensamos também em demarcar o local, para chamar a atenção dos diversos usuários, com isso colocamos no local grama sintética, para gerar uma sensação de conforto e de um ambiente acolhedor. Pensando em mais formas de interação entre as pessoas revestimos o poste com papel contact que imita o calçadão de Copa Cabana no Rio de Janeiro, criando ao mesmo tempo um clima de paz e calmaria fazendo com que a lembrança do mar fosse presente, e criamos nele também uma espécie de biscoito da sorte, utilizando post’its que foram colados poste com variadas mensagens selecionadas especialmente para a ocasião e escritas manualmente para que as pessoas pudessem levar uma parte da intervenção para casa. Além dos objetos decorativos de interação, projetamos dois bancos de pallets para maior conforto e comodidade para as pessoas, fazendo com que elas ficassem no local por mais tempo, lendo um livro, escutando música, conversando e conhecendo pessoas novas que estavam passando alí também.

A execução de cada detalhe do projeto foi regada de vários desafios ao longo do semestre, e realmente poder tirar o projeto papel e executa-lo na rua foi extremamente gratificante e podemos comprovar o que Jane Jacobs nos passou ao longo de seu livro – Morte e vida nas grandes cidades.

Pesquisar e se envolver a fundo, o que seria interessante colocar na nossa intervenção foi um longo processo, de ideias e ajustes para que tudo fosse executado com sucesso.

Os desenhos e croquis foram essenciais para o desenvolvimento, assim como o processo de apresentação em detalhes e também a leitura e as discussões em sala de aula sobre o livro da Jane Jacobs nos auxiliaram muito.

A partir dos mesmos conseguimos realizar toda a intervenção efêmera.

Durante o processo de construção da intervenção o grupo mesmo pode se unir mais levando o projeto com seriedade e ao mesmo tempo com leveza e animação.

Foram vários dias de execução, lixando, montando o mobiliário, pintando, envernizando e também pesquisando afim de encontrar outros objetos necessários para a execução da intervenção. Obtamos por pintar os bancos de pallets em preto, destacando eles com a grama sintética e os outros elementos da intervenção. Calcular a inclinição e como seria o encosto dos bancos foi um trabalho desafiador, criando uma forma ergonômica para que o usuário sentar de forma confortável.

Encontrar os monóculos não foi uma tarefa fácil por serem artigos bastante antigos, procuramos em diversas lojas, inclusive online, um integrante do grupo viajou para outro estado porém não encontrou, quando achavámos que não conseguiriamos usar os monóculos e que deveríamos pensar em outra coisa para substituí-los eles foram encontrados, ficaram maravilhosos com todas as imagens antigas de Belo Horizonte.

Depois de todo mobiliário e objetos prontos fizemos o primeiro ensaio, onde notamos que todas as pessoas que estavam passando pela avenida gostaram do conceito, onde sentaram para lerem livros, ficaram ao celular e até mesmo fizeram novas amizades onde o ensaio foi motivo para iniciar uma conversação.

No dia da ocupação levamos um pouco mais de 60 minutos para montarmos toda a intervenção, o fato de estarmos fazendo algo diferente já começou a despertar a curiosidade das pessoas, crianças que passavam após a aula queriam pisar na demarcação da grama para sentir a textura da mesma, pessoas paravam para perguntar o que estavamos fazendo e quando contávamos para elas, elas queriam saber se a intervenção ficaria exposta por mais dias. Enquanto penduravamos os monúculos as pessoas não conseguiram segurar a curiosidade e começaravam a se deleitar com as belas imagens da cidade, senhores que passsavam sentiam nostalgia, lembravam da infância, contavam para nós suas histórias, perguntavam onde haviamos comprado os monóculos pois é algo raro nos dias atuais, conhecemos fotógrafos que amaram a iniciativa e pergutaram se poderiam utilizar nossa idéia para futuros eventos deles. Estudantes de arquitetura adoraram as fotos que conseguimos por serem exclusivas, porque essas fotos não estão disponíveis no google. Um morador de rua passou inúmeras vezes

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