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ANÁLISE DE OBRA ANÁLOGA/ HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL NO BRASIL

Por:   •  30/3/2018  •  1.396 Palavras (6 Páginas)  •  363 Visualizações

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que estavam alojadas em áreas de risco iminente, devido aos constantes deslizamentos de terra ocasionados pelo relevo acentuado da região. A área de topografia acidentada, fundos de vale ocupados e casas auto-construídas em situação de risco, possuim raros equipamentos públicos e ligações viárias descontínuas. É de propriedade municipal e foi ocupada a partir da década de 80.

A diretriz geral do residencial, segundo os arquitetos, seria resgatar a condição original da área, onde se encontra um curso d’água que há muito foi ocupado irregularmente, com construções que depositavam seu esgoto e lixo no canal. Para isso pensou-se em um corredor verde, formando um eixo de percurso ao longo do curso. Para as pessoas desfrutarem desse local e para que haja vida e animação, criaram-se pontos de atração em todo o terreno, induzindo as pessoas a circular. Todo esse espaço pode ser utilizado para também acessar as residências e as ruas do entorno.

Em comparativo ao texto “O espaço da habitação social do Brasil”, o projeto apresenta uma forte tendência à inclusão e interação dos moradores e a vizinhança através do parque linear, mesclando os espaços privados, semi-públicos e públicos.

Com relação às unidades, os apartamentos não apresentam flexibilidade de ampliação ou modificação interna do projeto (critério solicitado pela Prefeitura de São Paulo). Porém os apartamentos possuem 3 tipologias diferentes, sendo elas de um pavimento de 50m² com acessibilidade aos portadores de necessidades especiais ou não e apartamentos duplex com 64m², todos eles com 2 quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço.

Com relação aos usos internos, existiu uma preocupação muito grande em garantir que o apartamento proporcionasse os mais diversos usos e abrigasse as mais diferentes famílias.

Os arquitetos também utilizaram das condições topográficas para criar elementos estéticos e funcionais: as rampas de acesso. No outro extremo da área de projeto, patamares, degraus e bancos se acomodam no terreno reafirmando, de maneira lúdica, o grande desnível topográfico existente.

Os arquitetos responsáveis pelo projeto tiveram um cuidado muito grande em aliar as condicionantes ambientais com a estética do edifício. Além da preocupação em atender os mais diversos usos de uma família em sua residência mesmo em um apartamento inflexível.

Apesar de a construção do edifício acompanhar a urbanização e integração da área já existente e priorizasse áreas de lazer e convivência, em uma visita posterior à ocupação dos condôminos, ocorreram diversos conflitos entre moradores e aqueles que seguiram vivendo nos entornos. Para a pesquisadora Renata Coradin, “uma presença mais atuante do poder público e o processos participativos dos moradores no projeto dos conjuntos podem nortear soluções para esse problema”.

A pesquisadora também reconhece que os moradores se envolveram no desenvolvimento do projeto, mas de forma insuficiente. Ela relata que “essa preocupação deve ser central para que os projetos se desenvolvam ainda mais”.

4. REFLEXÕES SOBRE A OBRA ANALISADA

Correlacionando o projeto escolhido Residencial Parque Novo Santo Amaro com o projeto a ser elaborado na disciplina de habitação, pode- se destacar alguns pontos importantes do projeto analisado que podem contribuir positivamente para o desenvolvimento do projeto de habitação.

Considerando que o Residencial Parque Novo Santo Amaro situa-se numa região de fundo de vale, onde a proposta do projeto foi de criar ao longo do curso d’água existente um eixo central verde caracterizado como um parque linear, buscando soluções que aproveitam as nascentes de água limpa do vale de forma a resgatar as condições originais da área, e como o terreno do projeto a ser desenvolvido na disciplina de habitação situado no bairro Xodó Marize também está localizado em uma região de fundo de vale (córrego do Isidoro), tais premissas utilizadas na concepção do projeto Santo Amaro podem servir de ponto de partida para desenvolvimento da habitação do Xodó Marize, de forma a considerar a água como principal elemento paisagístico, na tentativa de preservar características geográficas e topográficas do terreno.

A priorização das áreas de lazer e convivência através da criação de pontos de atração no eixo central criado, como anfiteatros abertos, playgrounds e pista de skate ao longo de todo seu percurso, o que induz as pessoas não só a circular (acesso as residências e as ruas do entorno), mas também a desfrutar do local, que também leva ao acesso do campo de futebol, clube, a associação de moradores e a Escola Estadual José Porphyrio da Paz que já existia no local, o que destaca outro ponto forte do projeto acerca da importância da integração da habitação com áreas já existentes da região, situando as residências na malha urbana a fim de aproveitar a estrutura local.

Outra

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