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A EVOLUÇÃO DA ARQUITETURA ESCOLAR

Por:   •  26/11/2017  •  1.319 Palavras (6 Páginas)  •  425 Visualizações

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edifícios, com detalhamento voltado à sofisticação, com entrelaçamento harmonioso entre projeto arquitetônico e projeto pedagógico.”

A arquitetura com viés modernista rejeitava estilos históricos que apresentavam devoção ao ornamento, pois a preocupação ornamentativa era tida como supérflua, e por isso devia ser combatida.

No momento em que o Brasil torna-se república (1889), a ausência de prédios escolares e as precárias condições dos espaços utilizados para a prática de ensino foram motivo de crítica pelos higienistas da época. Aliado a isso, ocorreu a valorização da educação, passando a ser vista como sinônimo de progresso.

É neste panorama que surge a preocupação, na esfera governamental, em construir espaços de caráter educativo, principalmente para as camadas mais pobres. A instituição escolar passou a ser vista como um equipamento essencial que deveria compor a cidade industrial. O ensino foi reorganizado por intermédio de horários rígidos de aula; e da locação de turmas em classes, com mobiliário dos estudantes fixo ao chão e o da professora ao centro da sala.

III - OS PRIMEIROS ESPAÇOS DESTINADOS AO ENSINO

As primeiras construções possuíam projetos-tipo (padronização em planta) e eram construídas em diversos pontos de São Paulo. Sendo erguidas de modo mais rápido, em maior quantidade e com custo reduzido, contratavam-se arquitetos apenas para desenharem fachadas distintas, para que as edificações fossem distinguidas umas das outras

Escola Modelo da Luz (do arquiteto Ramos de Azevedo) - Essa escola, seguindo o regimento de alas distintas e com entradas independentes para meninos e meninas, foi destaque para a época por apresentar características peculiares de organização funcional, revelando a identidade arquitetônica do período não apenas por remeter ao estilo clássico, mas também por exibir elementos como: 1) escadarias: a externa, dando acesso à escola; as internas que levam até o pavimento superior; e as da entrada independente na parte posterior ao prédio, que direcionam até às alas estudantis feminina e masculina; 2) distribuição das salas em corredores: abrigando no máximo quarenta alunos, eram ambientes preferencialmente retangulares; 3) presença de porões: para evitar a umidade e elevar o edifício; 4) simetria: presente na planta em um de seus sentidos

Nos anos 1930, os desenhos, contidos nas plantas com ambientes até então inexistentes nos grupos escolares, apresentam divisão clara de funções, como museu, biblioteca, sala de leitura, auditório , com conceitos de plantas e volumes sofrendo alterações. O Grupo Escolar Visconde Congonhas do Campo, projeto desse período, do arquiteto José Maria da Silva Neves, já apresentava um programa de necessidades enriquecido com tais ambientes.

Grupo Escolar caracteriza-se como: 1) localização das salas de aula em apenas um dos lados do hall, para considerar o conforto ambiental, mesmo com esse tipo de solução encarecendo o custo e reduzindo a quantidade de salas; 2) presença de longas circulações que contornavam o prédio, produzindo uma configuração linear, em que traços retilíneos dividiam espaço com os curvilíneos dando nova composição ao volume; 3) e ausência de formas geométricas regulares entre si (planta composta basicamente por retângulos que se agregam) a partir do eixo da planta baixa, permitindo novas tipologias de partidos

CONCLUSÃO

Concluimos que, no período inicial da história da evolução da arquitetura escolar, não havia espaços próprios destinados ao ensino. Com o passar do tempo isso foi sendo modificado devido as necessidades apresentadas pela sociedade, podendo ser exemplificadas por meio de melhores espaços a serem oferecidos aos alunos, em que eles, com a ajuda da ambientação física, pudessem apreender da melhor maneira possível o conhecimento.

Apesar de algumas escolas terem sido desvalorizadas por conta de outros tipos de uso, muitas foram reformadas e construídas com significativas tentativas de sua melhoria estética e funcional, levando em conta conforto ambiental, a disposição de ambientes assim como a alusão ou não a estilos arquitetônicos referentes à história.

Atualmente, os arquitetos remetem-se a características vantajosas de prédios de épocas passadas para o planejamento dos atuais, aplicando junto a isso a liberdade de criação.

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