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A Revisão Bibliografica

Por:   •  23/3/2023  •  Bibliografia  •  2.095 Palavras (9 Páginas)  •  340 Visualizações

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ENSINO DE QUÍMICA E INCLUSÃO: DEFICIENTES VISUAIS

Eloisa Santos

Resumo: De acordo com a Constituição Federal (1988) Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Frisando que a educação é um direito de todos os cidadãos, buscamos assim uma educação eficiente e igualitária, atualmente a tecnologia auxilia diariamente pessoas sem deficiência, podendo trazer muitas possibilidades para pessoas com deficiência. Sabendo que apesar de existirem políticas que garantem aos alunos com necessidades educacionais especiais o acesso ao ensino regular, existem inúmeras barreiras para que esse processo se efetive, sendo uma delas a formação do professor. Portanto a educação especial requer maior atenção por parte da pesquisa acadêmica; a maioria dos estudos tem como núcleo temático o professor e suas necessidades (especialmente, as formativas); como também sistema educacional precisa saber lidar com as desigualdades sociais, pois se faz necessário à continuação na luta por uma educação de qualidade para todos.

  1. INTRODUÇÃO.

Segundo Silva (2018, p. 13):

“A palavra deficiente tem um significado muito forte, o oposto de “eficiente”. Partindo-se da definição destas palavras, deficiente seria uma pessoa incapaz (que não se acha em condições de fazer alguma coisa, inábil, insuficiente, inapto). Neste sentido, pode-se associar a uma pessoa deficiente sentimentos como pena ou desprezo.”

 

Apesar desse preceito da sociedade, pessoas que apresentam essa deficiência seja visual, auditiva, motora, mental, entre outras, podem e devem estar presentes e ativos na vida social e, principalmente, na vida escolar. Segundo o Censo escolar da educação básica (INEP, 2019, apud SANTANA,BENITEZ,MORI,2021, p. 3), a quantidade de matrículas do Público-Alvo da Educação Especial (PAEEP) em escolas regulares foi crescente nos últimos anos, alcançando o valor de 89,5% em 2019. No período, houve aumento percentual das matrículas em todos os níveis de ensino: 68,5% na educação infantil, 29,7% no ensino fundamental, 91,7% no ensino médio e 10,0% na educação de jovens e adultos.

Dessa forma a educação Brasileira, busca soluções que possam inserir e garantir a permanência destas pessoas nas instituições de ensino, como dito na Constituição de 1988. Não deve ocorrer de nenhuma forma a discriminação destas pessoas para que os objetivos da Constituição sejam alcançados. Assim, apesar das barreiras encontradas deve-se criar mecanismos educacionais que permitem essa inclusão na sociedade, com isso para que essa inclusão ocorra diz a respeito dos professores, tanto na sua formação inicial quanto na formação continuada, seja por interesse próprio ou por incentivo da instituição em que ele trabalha, não sendo uma tarefa fácil, para o docente.

A inviabilidade dos cursos de formarem professores de química para atuarem com todas as especificidades nos leva a buscar alternativas, como o desenvolvimento de estratégias didáticas, buscando garantir o Atendimento Educacional Especializado (AEE) desses estudantes de forma eficaz e colaborativa junto ao professor da sala de aula comum. Pessoas com deficiência visual também organizam seus conhecimentos e se relacionam com outros indivíduos, desde que sejam apresentadas ao mundo objetivo do vidente considerando sua especificidade. “Todos os que rodeiam o deficiente visual precisam se conscientizar de que suas relações interpessoais podem ser saudáveis e baseadas na reciprocidade, pois ele é uma pessoa total e capaz.” (GIL,2000, p. 17).

  1. DEFICIENTE VISUAL.

A cegueira, ou perda total da visão, pode ser adquirida, ou congênita (desde o nascimento). O impacto da deficiência visual sobre o desenvolvimento individual e psicológico varia muito entre os indivíduos. Depende da idade em que ocorre, do grau da deficiência, da dinâmica geral da família, das intervenções que forem tentadas, da personalidade da pessoa. Além da perda do sentido da visão, a cegueira adquirida acarreta também outras perdas: emocionais; das habilidades básicas (mobilidade, execução das atividades diárias); da atividade profissional; da comunicação; e da personalidade como um todo.

“o preconceito impedia que ela fosse considerada capaz de executar toda a gama de atividades que faz parte do cotidiano – deslocar-se com independência, cuidar-se e vestir-se com adequação, alimentar-se, interagir socialmente de forma prática e adequada, competir no mercado de trabalho, casar-se, enfim, exercer seu papel de cidadão que conta com o respeito da sociedade e é aceito.”(GIL,2000, p. 10).

A sociedade explicita esse preconceito, na qual a situação é outra onde o deficiente visual percebe a realidade que está a sua volta por meio de seu corpo, obtendo informações de uma maneira tátil. As pessoas com deficiência visual devem ser atendidas pela inclusão e necessitam de diversas adaptações para terem acesso à linguagem vigente na escola, tanto em relação à escrita quanto aos materiais didáticos utilizados pelos professores, requerendo, assim, que, na formação docente, conteúdos pertinentes à compreensão dessa deficiência.

  1. QUALIFICAÇÃO DOS DOCENTES.

Segundo Santana, Benetiz e Mori (2021, p. 3):

“As Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Química (Parecer CNE/ CES 1.303/2001, 2001) propõem que o químico licenciado, além de deter conhecimentos específicos sobre a matéria e suas transformações, precise aprimorar continuamente sua prática profissional. Para isso, deve relacionar-se com a evolução tecnológica e com as novas demandas formativas da sociedade, aspectos imprescindíveis para o magistério, tomando-se o ensino-aprendizagem como um processo humano em construção.”

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