A Borracha Natural
Por: Rodrigo.Claudino • 12/3/2018 • 1.728 Palavras (7 Páginas) • 482 Visualizações
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Com relação ao mercado mundial, a borracha natural no período de 1972 a 2008 evoluiu cerca de 230,7%, gerando uma produção de 2900 mil toneladas para 10.026 mil toneladas.
A produção cresceu significativamente nos países asiáticos, por intermédio de reativar a produção de seringais antes desativados ou mal manejados.
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A produção mundial de borracha natural é oriunda de países desenvolvidos e subdesenvolvidos, tendo o seu consumo concentrada nos países desenvolvidos como a China, Estados Unidos, Japão e Índia.
Com relação ao Brasil, no período entre 1992 e 2002 foram importados 1,2 milhões de toneladas de borracha natural. No país, o consumo de borracha natural vem crescendo 6% ao ano, acima da média mundial que é de 4%. Com o aumento no consumo, a importação também cresce a uma taxa média anual de 8%. Já em solo brasileiro, a produção concentra-se em São Paulo, Mato Grosso e Bahia, conforme gráfico:
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- PRODUÇÃO
A borracha natural pode ser representado da seguinte maneira:
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- OBTENÇÃO
A borracha é encontrada na árvore da seringueira em uma suspensão coloidal de aspecto leitoso, que se forma ao se cortar o tronco da árvore. O sulco formado denominado látex, tem 30% de borracha. O látex circula por uma rede de canais lactíferos de onde é extraído através de uma incisão (sangramento) na casca que circunda estes canais, o que provoca a secreção do látex durante algumas horas, até que, por coagulação espontânea a incisão é fechada.
O látex que flui da incisão é recolhido em vasilhas adequadamente dispostas, o sangramento é feito nas primeiras horas da manhã e, ao término da jornada recolhe-se o látex acumulado na vasilha.
A quantidade de borracha obtida nesse processo constitui entre 15 a 20% do total da produção.
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Figura 3 - Recolhimento do látex da Seringueira através de sangria
O látex recolhido é levado a uma unidade onde é homogeneizado em grandes tanques de armazenamento.
Após ocorre a coagulação do látex em placas de 4-5 cm de espessura. Ela ocorre por meio de aquecimento e adição de ácido acético ou fórmico diluído formando uma massa gomosa que, depois de separada da água e outros produtos, denomina-se “borracha bruta”. A borracha assim obtida é deformável como gesso e deverá ser processada para adquirir os requisitos necessários para ser utilizada em suas inúmeras aplicações.
As placas obtidas são sucessivamente lavadas e laminadas entre cilindros. Gradativamente, estes cilindros vão reduzindo a espessura da placa e eliminando água residual, ou seja, vão concentrando o composto. O último par de cilindros é ranhurado, a fim de que a borracha apresente uma superfície rugosa, facilitando a posterior secagem da prancha.
A secagem é feita por vários processos, com ar moderadamente quente e ao abrigo da luz ou, mais frequentemente, por fumaça procedente da combustão de madeira, que tem coloração mais escura. A borracha comercial é embarcada em fardos, podendo ser estocada durante vários anos.
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Figura 4 - Fardo de borracha
3.2 BORRACHA SINTÉTICA
Feita a partir da polimerização de monômeros, a borracha sintética, podem ser misturados em várias proporções desejáveis para uma ampla gama de propriedades físicas, mecânicas e químicas.
- VULCANIZAÇÃO
Criado por Charles Goodyear, a vulcanização foi o processo de maior importância na indústria da borracha. Consiste na aplicação de calor e pressão a uma composição de borracha, a fim de dar a forma e propriedades do produto final. Na vulcanização, as moléculas individuais de um polímero serão ligadas a outras moléculas de polímero por pontes atômicas. O resultado final é que as moléculas flexíveis de borracha tornam-se mais ligadas umas às outras. Ela traz como benefícios:
- Aumento da deformação elástica,
- Aumento da força retrativa,
- Diminuição da deformação plástica.
Normalmente, a vulcanização é realizada com enxofre. Ao longo da molécula de borracha existe um número de locais que são atraentes para os átomos de enxofre. Estes são chamados locais de cura e pode ser representado pela seguinte equação:
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Figura 5 - Equação da reação de cura durante a vulcanização
Desse modo, as macromoléculas da borracha, passam a formar uma rede elástica tridimensional, ligadas entre si em diversos pontos.
Atualmente, com pesquisas e experiências, esse processo pode ser realizado em 3 minutos usando-se menos agente de cura (enxofre, peróxido, etc.).
O sistema atual de vulcanização envolve agentes de vulcanização, aceleradores, ativadores, cargas e aplicação de outros aditivos que, quando aplicados, proporcionam propriedades específicas à borracha.
3.4 PROCESSAMENTO DA BORRACHA
O processamento da borracha quando aplicada a vulcanização, é composto por três etapas: Mistura, Conformação e Moldagem. A figura a seguir representa essas ações:
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O processo consiste em misturar a borracha não vulcanizada aos compostos de um sistema de vulcanização ideal em uma dosagem adequada, conforme as solicitações dadas pelo cliente. Essa mistura é realizada em equipamentos que mexem a massa misturada de forma a obter uma boa homogeneização de todos os ingredientes. Utilizam-se, industrialmente, Os misturadores fechados (Misturador Banbury) ou misturadores abertos (misturador de rolos), conforme são representados nas figuras:
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Figura 5 - Misturador de Rolo
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