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Diario de Cristovao Colombo Reescrito

Por:   •  17/2/2018  •  2.084 Palavras (9 Páginas)  •  294 Visualizações

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Quarta-feira, 12 de setembro. - Todas as bússolas de minha frota começaram a apresentar defeitos. O GPS dos navios também pararam de funcionar. Alguma coisa não está certa aqui. Para piorar a situação, o mar ficou muito agitado de repente.

Quinta-feira, 13 de setembro. - Adentramos um denso nevoeiro. Algumas pessoas ouviram vozes vindas de uma ilha, parecidas com vozes de mulheres cantando. Atracamos nesta ilha à noite, e decidimos esperar o amanhecer para a explorarmos.

Sexta-feira, 14 de setembro. - Ao amanhecer, o nevoeiro já havia sumido e fomos explorar a ilha. Ela não possuía sinal algum de habitantes, porém encontramos uma bela cachoeira. Quando nos aproximamos, vimos algumas criaturas na beira da lagoa que a cachoeira formava. Era diferente de tudo que conhecíamos. As pernas eram humanas, não havia dúvida quanto a isso, mas a parte de cima do corpo eram de peixes, mais precisamente de bagres. Estas criaturas cantavam serenamente, o que parecia atrair alguns dos marinheiros, mas a atração acabava assim que os marinheiros viam as cabeças das criaturas e se espantavam. Ao que parece, a ilha ainda possui partes inexploradas. Vamos explorá-la por mais alguns dias e depois, daremos continuação à viagem.

Sábado, 15 de setembro. - Descobrimos por volta do meio-dia, que a ilha era habitada por humanos também, não só pelas “belas sereias”. Tudo o que sabemos é que existem pessoas na ilha,mas não temos nem ideia de como é organizada a sua sociedade. Não nos aproximamos dos nativos ainda. Temos de nos preparar para evitarmos de ser atacados desprevenidos.

Domingo, 15 de setembro. - Resolvemos fazer contato com os nativos. Estávamos receosos, pois não estávamos muito bem armados. Para a nossa surpresa, eles eram uma sociedade muito evoluída, mesmo isolada do resto do mundo. Eles eram muito inteligentes, e de alguma forma conseguiam se comunicar conosco em espanhol. Suas casas eram bonitas, feitas com um estilo de arquitetura muito diferente dos que eu conhecia. Descobri que o nome de sua cidade era Vhreten, então passamos a chamá-los de “vretianos”. Conheci um menino vretiano chamado Isaac, que me mostrou toda a cidade e me levou ao seu líder, que era chamado de Tron. O exército vretiano tinha muito poder bélico, além de o Tron ter muito conhecimento de estratégias militares. Fiquei me perguntando se eles já haviam entrado em alguma guerra, mas não comentei com Isaac, preferi deixar isso para depois.

Segunda-feira, 16 de setembro. - Questionei o Tron sobre as bússolas e o GPS dos navios e ele me explicou alguma coisa sobre magnetismo ou algo do tipo. Fingi que havia entendido e agradeci. Fiquei pensando à noite se devia contar sobre esta ilha quando retornasse à Espanha. Não sei como as pessoas reagiriam à notícia de que havia uma sociedade tão desenvolvida no Ocidente. Países poderiam querer dominar Vhreten, e isso poderia virar uma guerra, porque a cidade é muito rica. Ordenei a todos que mantessem segredo sobre Vhreten e anunciei que iríamos zarpar amanhã.

Terça-feira, 17 de setembro. - Me despedi de Isaac e do Tron e depois zarpamos, agora com bússolas especial dadas a nós pelos vretianos. Estas funcionavam mesmo com essa história de magnetismo.

Quarta-feira, 18 de setembro. - Continuamos rumo a Oeste. Enfrentamos uma chuva, nada preocupante. Alguns marinheiros começaram a passar mal. Parece que a comida estava estragando. Acho que teremos de encontra algum lugar para conseguir alimento. Isso pode atrasar a viagem.

Quinta-feira, 19 de setembro. - Conversei com Jeffrey para saber quanto já havíamos navegado. Ele disse que pelo menos quatrocentas e cinquenta léguas.

Sexta-feira, 20 de setembro. - Tudo que poderia acontecer de ruim em um dia navegando aconteceu. Pela manhã, nossa frota passou por uma tempestade muito forte e um dos navios bateu em um rochedo e naufragou.

Já à tarde, um grupo de piratas nos atacou e levou grande parte de nosso estoque de alimentos. Quando a noite chegou, os marinheiros de um dos quatro navios restantes ficaram revoltados com a falta de alimentos e armou um motim. Fiquei somente com três navios e pouquíssima comida.

Sábado, 21 de setembro. - Hoje o mar está mais calmo, sem sinal de chuva ou de piratas. Sem sinal de terra, continuamos rumo ao Ocidente.

Domingo, 22 de setembro. - Enquanto eu estava no convés, vi alguma coisa com um brilho muito intenso no fundo do mar. Por algum motivo, fiquei quase que obcecado com aquele brilho e resolvi usar o kit de mergulho do navio para ir até lá. Jeffrey foi comigo, pois ele adora mergulhar. Quando nós chegamos perto do brilho, parece que ele começou a nos puxar com muita força. Não conseguimos fugir, e no meio disso tudo, nós dois desmaiamos.

Terça-feira, 24 de setembro. - Quando eu acordei, vi que estava em meu navio, totalmente seguro. Perguntei aos marinheiros o que havia acontecido e eles disseram que quando eu e Jeffrey mergulhamos um raios caiu do céu e causou um clarão. Quando se deram conta, os marinheiros descobriram que o navio não estava mais no mar em direção ao Ocidente. Eu me levantei e fui até a lateral do navio para ver onde estávamos, e foi aí que eu vi. Não navegávamos mais no mar. Navegávamos nas nuvens. Demorou um pouco para eu aceitar este fato, mas não há dúvidas que estamos nas nuvens.

Quarta-feira, 25 de setembro. - Continuamos seguindo a bússola dos vretianos para manter o rumo ao Oeste. Será que chegamos realmente ao fim do mundo? Será que morremos e estamos no céu? Não pode ser. Talvez o mar a Oeste seja assim.

Quinta-feira, 26 de setembro. - A comida de nossos navios está se esgotando. Não deve durar nem mais dois dias. Se não encontrarmos uma ilha logo, morreremos de fome.

Sexta-feira, 27 de setembro. - Acordei hoje com os gritos animados dos marinheiros. No mar de nuvens víamos algumas coisas que concluímos que eram algas. Vimos alguns pássaros estranhos voando no céu. Não há dúvidas, estamos próximos de terras. Ao final da tarde, finalmente foi avistada, bem longe, o que pensamos ser uma ilha, uma grande ilha. Não perdemos tempo, nos aproximamos dela e fomos até lá para coletar recursos. Ficamos com medo de ela não conter nada comestível por ser uma ilha nas nuvens, mas o contrário aconteceu. Ela está lotada de frutas, animais, etc. Podemos agora renovar nosso estoque de comida e sobreviver mais algum tempo no “mar”.

Sábado, 28 de setembro. - Hoje comecei a suspeitar que não se trata de uma ilha tão pequena quanto pensava.

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