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PESQUISA ESTATÍSTICA - ESTUDO DE CASO

Por:   •  14/9/2018  •  2.130 Palavras (9 Páginas)  •  365 Visualizações

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- Metodologia

A pesquisa foi realizada no município de Apodi, localizado no estado do Rio Grande do Norte, a uma distância de aproximadamente 340 quilômetros de Natal, a capital do estado. O municio de Apodi possui cerca 36.120 habitantes, dados IBGE. Neste município os exames de pré-natal são realizados em vários pontos espalhados pela zona urbana e rural de Apodi, sendo na Maternidade Municipal e no Serviço Especial de Saúde Pública (SESP) onde ocorrem os maiores atendimentos das gestantes. Foram coletados uma amostra de 47 gestantes, de aproximadamente 220 gravidas em todo o município, segundo dados do SESP. A profissional da saúde pontificou que o número de gestantes tem diminuído nesses últimos meses, uma explicação levantada para essa redução foi às recomendações do Ministério da Saúde de evitar a gravidez em função do surto com o grande aumento no número de casos do vírus da Zika, transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti, que até o presente momento, é o principal suspeito no alto número de casos de microcefalia, o que pode causar inúmeros problemas no desenvolvimento do bebê. Outro fator que pode ter contribuído para esse menor números de grávidas, pode estar relacionado com a crise financeira em que o país se encontra.

O método de pesquisa utilizado foi o método exploratória-descritiva, com características quantitativas e qualitativas, aonde não há interferência do investigador, que apenas procura perceber e analisar, com o necessário cuidado, a frequência com o que o fenômeno acontece.

Do total foram pesquisados 47 grávidas, 19 foram colhidos na Maternidade Municipal e os outros 28 casos no SEPS da cidade, entre os dias 12, 16 e 18 de maio de 2016, sempre pelo turno matutino.

- RESULTADOS E DISCURSÃO

Com o uso dos questionamentos e levantamentos dos dados, os mesmos, foram expostos em gráficos para dar um melhor entendimento e uma melhor visualização dos resultados.

Dos 47 casos estudados foi detectado 1 grávida para cada uma das idades de 14 e 15 anos (2,13%); 4 na idade de 16 anos (8,51%); 2 com 17 anos (4,25%); 5 com 18 anos (10,64%) e 34 grávidas com idade acima de 18 anos (72,34%). Com isso fica constatado que a grande maioria das gestantes apodiense possuem idade superior a 18 anos, equivalente a 72,34%, já as gestantes com idade de 18 ou valor inferior representam 27,66%.

[pic 2]

Gráfico 1. Distribuição etária das gravidas no município de Apodi-RN

Fonte: pesquisa de campo feito na maternidade e SESP em 2016

Fazendo uma comparação com o total de gravidas com idade superior a 18 anos com aquela com idade igual ou inferior a 18 anos, percebe-se que a diferença é tão grande quanto deveria ser, sabendo que boa parte dessas gestantes adolescentes engravidam sem nenhum planejamento, modificando por completo sua vida daquele momento em diante.

Verifica-se no gráfico abaixo que quase 30% das gestantes são adolescentes.

[pic 3]

Gráfico 2. Total de grávidas com idade acima de 18 anos e com 18 anos abaixo.

Fonte: pesquisa de campo feito na maternidade e SESP em 2016

Quando comparado a Renda mensal familiar conforme a idade da mãe, fica evidente uma breve relação entre uma menor renda com gravidez na adolescência. O salário predominante entre as gestantes abaixo de 18 anos fica em torno 1 e 2 salários mínimos, enquanto para as gestantes com idade superior a 18 anos predomina o de 2 e 3 salários mínimos.

[pic 4]Gráfico 3. Relação entre renda familiar mensal de acordo e idade das gravidas entrevistadas

Fonte: pesquisa de campo feito na maternidade e SESP em 2016

Um fator que dificulta ainda mais a gravidez na adolescência, trazendo sérios problemas sociais, e principalmente financeiros, é a não companhia do parceiro, ou seja, o abandono do pai, que geralmente acontece no início ou ao decorrer do processo de gestação. Quando questionadas as gestantes sobre ao acompanhamento do parceiro durante a gravidez, percebeu-se que para as adolescentes o número foi maior que o dobro em relação ao que foi encontrado entre as mulheres com idade acima de 18 anos. No gráfico abaixo é notado que mais de 85% das mulheres gravidas com idade acima dos 18 anos tem acompanhamento de seus parceiros.

[pic 5] Gráfico 4. Acompanhamento do parceiro entre gestantes acima de 18 anos Fonte: pesquisa de campo feito na maternidade e SESP em 2016

Já no gráfico abaixo, percebe-se que mais de 30% das adolescentes com idade igual ou inferior a 18 anos estão sem amparo do companheiro. Torna-se um número expressivo quando comparados aos 14,71% do gráfico acima.

[pic 6] Gráfico 5. Acompanhamento do parceiro entre gestantes abaixo de 18 anos Fonte: pesquisa de campo feito na maternidade e SESP em 2016

Um dos levantamentos mais relevantes e preocupantes em relação a gravidez na adolescência está relacionado com a evasão escolar, que ocorre quando um aluna deixa de frequentar a escola e fica caracterizado o abandono escolar, sendo um fator que prejudica tanto a gestante, seu filho e também a rede de ensino. Essa desistência acontece em muitos casos logo após a confirmação da gravidez ou quando começa a ser notado, pelos outros colegas. Esse levantamento mostrou que mais da metade das entrevistadas, ou seja, 53,19% pararam os estudos por estar grávida, contra 46,81% que continuam indo para escola, porém essa evasão tende a aumentar, pois conforme os meses gestacionais aumentam, torna-se cada vez mais complicado se manter frequente e regular na escola. O gráfico abaixo mostra os dados mais detalhados.

[pic 7]

Gráfico 6. Situação escolar após confirmação das grávidas entre 14 e 18 anos.

Fonte: pesquisa de campo feito na maternidade e SESP em 2016

Dentre os principais motivos que ocasionaram a evasão escolar, foi elaborada uma pergunta com três opções de resposta, onde a gestante entrevistada deveria escolher somente uma, a qual representasse a opção que mais se enquadrava como o real motivo para o abandono dos estudos. Com isso, obteve-se que 57,14% das gestantes justificaram que pararam os estudos devido aos sintomas da gravidez,

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