A Importância do estudo da Estatística na Educação Básica para a Formação cidada do aluno
Por: Lidieisa • 17/5/2018 • 12.595 Palavras (51 Páginas) • 556 Visualizações
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Com o intuito de cumprir esta necessidade, o problema de pesquisa escolhido para guiar esta investigação é o estudo da estatística mostra-se relevante na formação dos alunos, como indivíduos a serem inseridos na malha social? Para responder a esta pergunta, analisar-se-á o ensino da estatística sob diferentes perspectivas. Em primeiro lugar, será definido o ensino da estatística, para então informar sobre seu uso no cotidiano, analisar as ideias de outros pesquisadores a respeito do estudo da estatística e algumas sugestões de atividades que propõem em seus trabalhos de graduação e estabelecer considerações sobre o papel dos envolvidos em seu processo de aprendizagem.
Por sua vez, a metodologia consiste em pesquisa bibliográfica, exploratória e descritiva. Uma análise de trabalhos de conclusão de curso e artigos foi realizada, baseada em ideias de teóricos influentes desta área e realizou-se uma coleta de dados nas diversas regiões do país.
A importância do tema para o ensino superior está intimamente ligada com as definições que constam nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) sobre a estatística. Ou seja, se é preciso que o professor dê conta dos parâmetros, é fundamental que haja um preparo do acadêmico de matemática nesse sentido. Os PCNs, por sua vez, vêm ao encontro da inclusão dos conteúdos de estatística, pois o estudo da matemática tem como papel preparar indivíduos sociais, criativos e críticos, capazes de intervir de uma forma consciente numa sociedade complexa. Podemos verificar, no PCN Matemática, os conteúdos conceituais no item Tratamento da Informação.
Tratamento da Informação
- Coleta, organização e descrição de dados.
- Leitura e interpretação de dados apresentados de maneira organizada (por meio de listas, tabelas, diagramas e gráficos) e construção dessas representações.
- Interpretação de dados apresentados por meio de tabelas e gráficos, para identificação de características previsíveis ou aleatórias de acontecimentos.
- Produção de textos escritos, a partir da interpretação de gráficos e tabelas, construção de gráficos e tabelas com base em informações contidas em textos jornalísticos, científicos ou outros.
- Obtenção e interpretação de média aritmética.
- Exploração da ideia de probabilidade em situações-problema simples, identificando sucessos possíveis, sucessos seguros e as situações de “sorte”.
- Utilização de informações dadas para avaliar probabilidades. (BRASIL, 2015, p. 52)
Nos PCNs destaca-se que a Matemática pode colaborar para oferecer uma formação cidadã, isso por que, quando cita a formação básica para a cidadania, remete-nos à reflexão sobre as condições humanas de sobrevivência social, sobre a inclusão das pessoas no mercado de trabalho, das relações sociais e da cultura sobre o desenvolvimento do senso crítico e do posicionamento diante das questões sociais.
Um dos blocos de conteúdos sugeridos pelos PCNs é denominado de tratamento da informação, que contempla os conteúdos básicos de estatística para a educação básica. A justificativa apresentada é que se pode desenvolver no aluno habilidades que incluem as capacidades de organização de dados, construção de tabelas, de gráficos, bem como, a incorporação e entendimento de novos conceitos, vocabulários e símbolos, além do entendimento de probabilidade como medida de incerteza. Nesta pesquisa, foi encontrado o ensino da estatística e da probabilidade na educação básica no trabalho apresentado por Lopes (2008, p.58) que aponta que: “o estudo desses temas torna-se indispensável ao cidadão nos dias de hoje e em tempos futuros, delegando ao ensino da matemática o compromisso de não só ensinar o domínio dos números, mas também a organização de dados, leitura de gráficos e análises estatísticas”.
Já estamos a um bom tempo na era da informação, elas chegam o tempo todo, no transito pelo rádio, outdoors, panfletos, placas, no trabalho, em casa, pelo celular, pois está-se cada vez mais conectado. Com isso, torna-se cada vez mais precoce o acesso do cidadão a questões sociais e econômicas por meio de gráficos e tabelas e fica muito claro que não basta ao cidadão entender de porcentagens e números, mas precisa também relacionar e analisar criticamente esta avalanche de dados estatísticos que lhe são apresentados todos os dias.
Assim, faz-se necessário a escola proporcione a concepção de conceitos que auxiliem na consolidação da cidadania ao estudante. Quanto mais cedo o aluno tiver contato com a manipulação de dados em tabelas e gráficos, mais familiar lhe parecerá o assunto, podendo ser desenvolvido intuitivamente abdicando do uso de fórmulas nesta fase inicial.
Para que se possa entender um pouco mais e compreender algumas situações, é importante destacar que os PCNs ressaltam a importância do estudo da estatística e sua inclusão nos conteúdos a serem ministrados em aulas de matemática do ensino fundamental a partir do primeiro ciclo até o ensino médio. O que pode trazer um melhor entendimento do assunto, ampliando seus conceitos. Com esse estudo também se pode favorecer o desenvolvimento de certas atitudes, como o de posicionar-se criticamente, realizar algumas previsões e na tomada de decisões frente às informações veiculadas pela mídia impressa ou eletrônica. Com base nessas questões, percebe-se a necessidade da escola em oferecer instrumentos de conhecimento estatístico ao aluno.
Diante disso, pode-se afirmar que o estudo da estatística não se resume a simples coleta de dados, mas caracteriza-se por um conjunto de procedimentos denominados métodos estatísticos, capazes de tratar de dados quantitativos associados a uma série de causas. Desta forma, pode-se concluir que é uma ferramenta muito utilizada nos dias atuais nas mais diversas áreas do conhecimento.
Outra regulamentação que solidifica a importância do ensino da estatística são as Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). A LDB (Lei nº 9.394 de 20 de Dezembro de 1996) estabelece as diretrizes e bases da educação nacional e em seu Artigo primeiro expressa preocupação com a formação do futuro cidadão para o trabalho e convivência social; o que se repete com mais objetividade nos Artigos 22°, 26° e 27° que são os seguintes,
- Art. 1º. A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais
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