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Tijolo Cerâmico Ecológico com Adição de Resíduos da Construção Civil

Por:   •  4/6/2018  •  2.024 Palavras (9 Páginas)  •  371 Visualizações

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2 METODOLOGIA

Para produção do Tijolo Cerâmico Ecológico de RCD fabricado no município de Londrina-PR na UNOPAR, foram realizadas as seguintes etapas: coleta dos materiais, determinação da quantidade de finos, determinação da proporção de adição de RCD e correção da umidade, fabricação dos tijolos em sistema artesanal e ensaio de resistência a compressão simples.

2.1. Coleta dos materiais

Os materiais utilizados como matérias-prima para fabricação do tijolo ecológico foram: argila natural e RCD.

A argila natural, Figura 1, foi coletada em uma olaria localizada na cidade de Jataizinho-PR que produz tijolos maciços para construção civil.

O RCD, Figura 2, classificado como a Areia Ecológica foi coletado em uma Empresa do município de Londrina-PR que oferece soluções completas para coleta, tratamento e destinação final de forma adequada dos mais diferentes tipos de resíduos sólidos, tais como os resíduos da construção civil.

Figura 1- Argila Natrual

Figura 2- Areia Ecológica

2.2. Determinação de finos

Para a determinação da quantidadade de finos, e posterior determinação da proporção de adição de RCD, nos matérias coletados foram executados os procedimentos descritos na norma ABNT NBR 7219:1987, obtendo-se os percentuais de finos relacionados na Tabela a seguir,

Tabela 1- Porcentual de finos na argila natural e no RCD.

ARGILA NATURAL RCD

% FINOS 85,85% 16%

% AREIA 14,15% 84%

2.3. Determinação da proporção de adição de RCD e correção da umidade

Após a determinação do percentual de finos, definiu-se as proporções de argila natural e RCD a ser utilizada na confecção dos tijolos, variando de 25 a 50%, descritas na Tabela 2. Além disso, o teor de umidade foi ajustado para em torno de 30% para que se desse início ao processo de fabricação artesanal do tijolo.

Tabela 2 -Preparação da massa

AMOSTRA PROPORÇÃO

ARGILA:RDC PORCENTUAL DE RCD (%) PORCENTUAL

DE AGUA(%)

CP. 1 1:1 50% 32,50%

CP. 2 2:1 33% 35%

CP. 3 3:1 25% 36,6%

2.4. Confecção artesanal dos tijolos

A fabricação dos Tijolos Cerâmicos Ecológicos foi realizada de forma artesanal no laboratório de Engenharia Civil da Universidade do Norte do Paraná.

2.4.1. Fabricação dos tijolos

Os tijolos foram desenvolvidos e fabricados em uma prensa artesanal manual para tijolos ecológicos (Figura 3 e 4) e atenderam as exigências da norma NBR 7170/1983 de acordo com suas dimensões nominais.

Figura 3- Prensa artesanal manual

Figura 4 - Tijolo Cerâmico Ecológico Prensado Manualmente.

2.4.2. Secagem e Queima

As etapas de secagem e queima são de fundamental importância para a obtenção de um produto cerâmico de boa qualidade, por que delas depende de um desenvolvimento de suas propriedades.

Após tijolos confeccionados foram levados a estuda para a secagem artificial a mais ou menos 100°C por 24h, para eliminar toda a umidade de forma lenta e gradual, preparar para queima e evitar futuros defeitos (Figura 5).

Figura 5 - Tijolos na estufa

O processo de queima é a transformação do estado físico-químico na massa argilosa, assim modificando suas propriedades, a queima foi realizada em forno mufla, marca Quimis e modelo Q318M45T, no Laboratório de Física da Universidade Norte do Paraná. Para tanto, foi realizado um tratamento térmico com elevação gradual de temperatura seguida de uma estabilidade na temperatura de 950°C por 12 horas, e um posterior resfriamento lento, conforme Figura 6 a seguir.

Figura 6– Curva de queima dos tijolos alternativos

2.5. Ensaio de resistência a compressão simples

A resistência a compressão simples é dos fatores mais importantes a serem executados no Tijolo Cerâmico Ecológico-Tijolo Alternativo.

Para realização da comparação dos resultados, realizou-se os ensaios para os tijolos alternativos fabricados com cada uma das proporções supracitadas (CP1, CP2 e CP3) e também com um corpo de prova padrão (CP4), que consistiu em um tijolo fabricado na olaria de onde foi extraída a argila natural.

Os tijolos alternativos e convencionais foram analisados no laboratório de engenharia civil – UNOPAR CATUAÍ, de acordo com as exigências descritas nas normas ABNT NBR 7170/1983, NBR 6460/1983, e NBR 8041/1983. Os resultados alcançados nos ensaios, foram comparados com os descritos nas normas especificas, conforme Tabela 3 a seguir.

Tabela 3- Categoria classificação dos corpos de prova de acordo com sua resistência.

CATEGORIA RESISTENCIA A COMPRESSÃO (Mpa)

A 1,5

B 2,5

C 4,0

As cargas de ruptura foram aplicadas por meio da prensa automática marca KRATOS devidamente calibrada para a realização de ensaio de compressão. A carga foi elevada gradativamente a 500 N/s até que ocorresse a primeira trinca visível na superfície do corpo. Os resultados obtidos são apresentados no item a seguir.

3 RESULTADOS

A NBR 7170/1983 estabelece que as dimensões nominais dos tijolos para serem fabricados devem atender as normas descritas abaixo (Tabela 4), mostrando uma tolerância de 3mm em cada aresta, visando garantir os padrões de fabricação.

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