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Projeto de Viabilidade para uma Fabrica de Cachaça

Por:   •  6/3/2018  •  4.491 Palavras (18 Páginas)  •  427 Visualizações

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Conforme a Instrução Normativa nº13, de 29 de junho de 2005, do MAPA, cachaça é uma “denominação típica e exclusiva da Aguardente de Cana produzida no Brasil com graduação alcoólica de 38% a 48% vol. (20 ºC)”. É obtida pela destilação do mosto fermentado do caldo de cana-de-açúcar e pode ser adicionada de açúcares até 6 g/L, expressos em sacarose.

O presente projeto divide-se em várias etapas, inicialmente é feita a definição da empresa, o mix de produtos com que pretende trabalhar, qual será o sistema de produção adotado e como ocorrerá o processo produtivo. Em seguida, realiza-se um estudo sobre qual será o público alvo que o empresário poderá conquistar, qual a demanda proposta, a estratégia de produção, a localização da unidade produtiva, sua capacidade, os recursos e centros de produção, o arranjo físico, a estratégia formulada para distribuição/ venda dos produtos, e por fim a viabilidade econômica e a análise de riscos. A viabilidade do projeto é definida pela taxa interna de retorno, valor presente líquido e tempo necessário para a amortização do investimento.

- OBJETIVO

Sistematizar e trabalhar um conjunto de informações que permita a um investidor potencial analisar a oportunidade de implantação de uma Fábrica de Cachaça de cana-de-açúcar, no município de Medianeira – Paraná.

- O PROJETO

A partir deste ponto será contextualizado o projeto, apresentando todos os aspectos julgados necessários para estudar a viabilidade de implantação de uma unidade de cachaça no interior de Medianeira - PR e com capacidade, processo e mix de produtos pré-estabelecidos.

- DEFINIÇÃO DA EMPRESA

Este estudo define uma Unidade Produtiva de Fabricação de Cachaça de cana de açúcar.

Este tipo de negócio insere-se no setor secundário da economia e seu ramo de atividade é industrial. É caracterizado pela produção, manipulação e comercialização de cachaça/ aguardente.

- MIX DE PRODUTOS

Os produtos fabricados na indústria serão:

- Cachaça de alto-padrão envelhecida em barris de carvalho e;

- Cachaça de baixo-padrão, que não passa por processo de envelhecimento.

- SISTEMA DE PRODUÇÃO

O sistema de produção definido é em forma de batelada, pois através deste sistema e não do método contínuo, pode-se fabricar as duas variedades pretendidas de cachaça em uma mesma linha de produção, de acordo com a demanda do mercado.

- PROCESSO PRODUTIVO

O processo de fabricação da cachaça, para ambos os casos, segue os seguintes processos: recepção e pesagem da cana, limpeza, picagem, moagem, decantação, diluição, fermentação, destilação, filtragem e pré-armazenagem. Ao término desta última etapa, a cachaça de alto padrão é armazenada em barris de carvalho, envelhecida, envasada e então encaminhada à expedição. Já, a de baixo padrão segue para o repouso, posterior envase e expedição.

Este processo pode ser visualizado através da Figura 1.

Figura 1: Fluxograma da Produção de Cachaça.

[pic 1]

Fonte: Adaptado de SEBRAE-ES (1999).

As etapas do processo são descritas a seguir, baseadas principalmente nas definições do SEBRAE-ES (1999) e ALAMBIQUES SANTA EFIGÊNIA (2013).

- Recepção e Pesagem da Cana

É o início do processo, em que se realiza a compra/colheita da cana-de-açúcar e sua pesagem exata de acordo com a quantidade de cachaça que se deseja produzir.

Esta cana deve estar madura (os teores de açúcar no meio e na base da cana são basicamente iguais, sendo que o início da cana deve ter um teor um pouco menor que o final), limpa e com menos de 24 horas de corte, para evitar a sua fermentação ainda no campo, pois a produção de aguardente a partir da cana fermentada resulta uma quantidade menor de aguardente que a feita com a cana nova.

Como a qualidade da aguardente depende do teor de sacarose presente no caldo da cana, é aconselhável que nesta etapa sejam feitos testes para se medir o teor de açúcar do caldo, utilizando-se um aparelho chamado sacarímetro de Brix.

A escala do sacarímetro é medida em graus “Brix”, de 0 a 30. Quanto maior o grau, maior o teor de sacarose. Para resultados eficientes recomenda-se usar cana com caldo na faixa de 14 a 17º Brix.

O sacarímetro recomendado é o sacarímetro a uma escala de 0/10º Brix. Em sua haste cilíndrica com uma escala de papel graduada fixada ao vidro. O densímetro possui no fundo do seu corpo chumbo fixado com lacre vermelho (INCOTERM, 2013).

Figura 2: Sacarímetro de Brix

[pic 2]

Fonte: INCOTERM (2015).

2.4.2 Limpeza

A limpeza é efetuada para evitar que seja baixa a qualidade da cana devido às impurezas. A lavagem é realizada com um jato de pressão de água, antes de ser levada para o moedor.

2.4.3 Picagem

Para um melhor rendimento do caldo, aconselha-se que a cana seja picada por um conjunto de facas antes de sua entrada na moenda. Esse processo permitirá uma maior extração de sacarose da cana de açúcar.

2.4.4 Moagem

Essa etapa deve ser processada no máximo 24 horas após o corte. A cana previamente picada é encaminhado ao engenho para sua moagem. O processo de picagem contribui para o rendimento do caldo, o qual pode chegar à extração de, no mínimo, 65% dependendo da quantidade de engenhos no processo.

Para garantir a qualidade do produto final, o caldo de cana que sai da moenda deve passar por um coador e/ou numa peneira fina para a retirada das impurezas do processo.

Na Figura 3 apresenta-se o Engenho escolhido para a realização da moagem.

Figura 3: Engenho Cleber Benatti 8x9.

[pic 3]

Fonte: Alambiques

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