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Patologia na construção civil

Por:   •  12/6/2018  •  2.582 Palavras (11 Páginas)  •  295 Visualizações

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Para SOUZA e RIPPER (1998) , patologia das Estruturas define-se como “campo da Engenharia das Construções que se ocupa do estudo das origens, formas de manifestação, conseqüências e mecanismos de ocorrência das falhas e dos sistemas de degradação das estruturas". Este ramo de engenharia tem sua importância devido à necessidade de prorrogar a vida útil das estruturas.

Manifestações patológicas apresentam-se na maioria das edificações, com maior ou menor intensidade, variando o período e a forma de manifestação. É importante a detecção precoce, visto que, o quanto antes for tratado, tende a minimizar o comprometimento e a menor custo o tratamento. Em geral, observa-se nas patologias, um descaso inconseqüente, que leva a simples reparos superficiais ou inversamente, a demolições ou reforços injustificados. Sendo desaconselháveis os dois extremos, visto que o conhecimento na área é considerando de grande evolução e alto desenvolvimento de equipamentos e técnicas, sendo perfeitamente possível diagnosticar e solucionar com êxito a maioria dos problemas patológicos.

3.3 TIPOS DE PATOLOGIA EM CERAMICAS

Conforme Verçoza (1991), as características construtivas modernas favorecem o aparecimento de patologias nas edificações. As construções são realizadas buscando-se o máximo de economia e o menor tempo de execução. Klein (1999) cita, ainda, a má qualidade da mão de obra, responsável por muitas das patologias verificadas. Segundo este autor, a vida útil de uma construção irá depender e será relacionada com os cuidados que forem tomados na fase de execução. Igualmente importantes estão os cuidados nas fases de projeto e manutenção.

3.3.1 Destacamentos

Os destacamentos ou descolamento podem ocorrer devido as variações de temperatura ambiente, que geram tensões de cisalhamento, flambagem e posterior destacamento das placas cerâmicas.

Podem vir a ocorre também por outros fatores tais como a influência de cargas sobrepostas logo após o assentamento provocando tensões de compressão sobre a camada superficial e o descolando do revestimento; ou ainda devido a ausência de juntas de dilatação ou instabilidade do suporte recentemente executado sobre a presença de alguma umidade, ou ausência de esmagamento dos cordões com consequente falta de impregnação de material colante no verso da placa cerâmica.(MAIA NETO 1999)

[pic 3]

Figura 1 – Destacamento Ceramico

Fonte: FRANCO (2008)

3.3.2 Trincas

As trincas e fissuras são fenômenos próprios e inevitáveis do concreto armado e que podem se manifestar em cada uma das três fases de sua vida: fase plástica, fase de endurecimento e fase de concreto endurecido.(LAPA 2008)

Segundo SABBATINI (1986), os fenômenos de trincas, fissurações e gretamentos são caracterizados por apresentarem perda da integridade da superfície. Essa perda de integridade pode se formar em qualquer dos seus componentes expostos: placa cerâmica ou juntas, podendo levar ao deslocamento do substrato.

Patologias como trincas, gretamentos ou fissuras podem ocorrer devido a: retração e dilatação da peça relacionada à variação térmica ou de umidade; absorção excessiva de parte das deformações da estrutura devido a ausência de detalhes construtivos como vergas, contra vergas, pingadeiras, platibandas ou juntas de dilatação, principalmente nos primeiros e últimos andares dos edifícios.

[pic 4]

Figura 2 - Trincas

Fonte: FRANCO (2008)

3.3.3 Eflorescência

Segundo Franco (2008) eflorescência é o fenômeno causado pela movimentação da água nos vazios e canais localizados no interior da argamassa. A água sobe nestes vazios por capilaridade e/ou pressão, transportando sais solúveis presentes no substrato, fluxo este ligado relacionado diretamente às propriedades de absorção e permeabilidade das argamassas. O fenômeno é entendido como a formação do depósito cristalino (sal) na superfície da placa, devido a ação do meio ambiente ou a ação físico-química. Tal patologia afeta não somente a estética da fachada, como também a aderência dos revestimentos; ela é o efeito de problemas mais graves na edificação, como a presença de umidade.

A eflorescência pode ser entendida como a formação de depósitos salinos na superfície de materiais cerâmicos, resultantes da migração seguida da evaporação de soluções aquosas salinizadas. (MENEZES, R. R., et al.; 2006)

Gastaldini e Sichieri (2007) explicam que a passagem de água acarretada pela infiltração da água presente nos compostos do sistema, além da água da chuva penetrada pelo rejuntamento ou até pelo vazamento de alguma tubulação hidráulica, solubiliza os sais solúveis ou da cal presente no emboço, e possibilitam o desenvolvimento de depósitos de sais na superfície das placas originando a eflorescência

[pic 5]

Figura 3 – Parede com aparecimento de eflorescência

Fonte: Franco (2008)

2.3.4 Deterioração das juntas

A perda de estanqueidade da junta e o envelhecimento do material de preenchimento, são os principais indícios de que esta manifestação está ocorrendo. A deterioração de juntas afeta indiretamente a qualidade do revestimento cerâmico pelo fato de facilitar a entrada de água e reduzir a qualidade de absorção das deformações (CAMPANTE; BAÍA, 2008).

Os sinais de que está ocorrendo uma deterioração das juntas são: perda de estanqueidade da junta e envelhecimento do material de preenchimento. A perda da estanqueidade pode iniciar-se logo após a sua execução, através de procedimentos de limpeza inadequados. Estes procedimentos de limpeza podem causar deterioração de parte do material aplicado (uso de ácidos e bases concentrados), que, somados a ataques de agentes atmosféricos agressivos e/ou solicitações mecânicas por movimentações estruturais, podem causar fissuração (ou mesmo trincas), bem como infiltração de água, levando o revestimento ao colapso (desplacamento/descolamento).

[pic 6]

Figura 4 – Deterioração das juntas

Fonte:

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