PESQUISA E ANÁLISE DE PRODUÇÃO DE MÍDIA EM SOCIOLOGIA

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Marcelo Hessel comenta em sua crítica a questão da estratégia dos jovens de “escapar” de compromissos em um relacionamento através da amizade colorida, tratando o relacionamento como algo descartável, sendo que nem sempre o objetivo é alcançado.

A proposta inicial de Amizade Colorida é inversamente proporcional aos costumeiros clichês para o gênero. Desesperado em mostrar-se diferente, Gluck comanda uma história que se vale da indiferença a sentimentos nobres, como o amor e o companheirismo, para se ater ao que normalmente não prevalece por muito tempo nas premissas românticas, como a amizade e o sexo casual. Até então pode parecer interessante essa inversão de valores, mas o fato é que comédias românticas precisam de alguns elementos indispensáveis para dar certo e, portanto, é quase impossível se manter original do início ao fim. E é nesse ponto que Amizade Colorida escorrega feio. Depois de passar sua primeira metade inteira ironizando e satirizando os mais batidos clichês dos romances americanos, acaba por fim sucumbindo ao politicamente correto e desmoronando de vez com sua proposta inicial. (ROMERO, 2011)

Já o crítico Heitor Romero, diz que o diretor do filme falha em sua tentativa de fugir dos padrões de filmes de Comédia Romântica, pois no desfecho do filme, o casal acaba se apaixonando e ficando juntos do mesmo jeito.

Identidade cultural na pós modernidade

O sujeito pós moderno é como um camaleão, está sempre se adaptando a determinadas situações, numa mistura de culturas. Esse sujeito não possui mais somente uma identidade cultural e sim várias, utilizando cada uma quando é apropriado. Podemos ver essa questão da adaptação no filme “Amizade Colorida” pois esse novo modelo de relacionamento é um método de adaptação criado numa tentativa de solucionar os problemas de relacionamentos sérios. Podemos observar também que o casal Jamie e Dylan inicialmente utilizam uma identidade cultural, com o seu relacionamento aberto, baseado em sexo casual, todavia, quando o quadro muda e eles se apaixonam, essa identidade cultural deixa de ser utilizada, obtendo agora uma nova identidade cultural mais romântica, a de casal apaixonado.

Referências

http://www.cafecomfilme.com.br/filmes/amizade-colorida. Acessado em: 07/09/17

HESSEL, Marcelo. Amizade Colorida | Crítica, 2011. Disponível em: https://omelete.uol.com.br/filmes/criticas/amizade-colorida/?key=60704. Acessado em: 07/09/17

ROMERO, Heitor. Will Gluck tenta sair da mesmice, mas acaba se mostrando apenas mais um caindo nas armadilhas próprias do gênero. Disponível em: http://www.cineplayers.com/critica/amizade-colorida/2256. Acessado em: 07/09/17