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Agrotóxicos e rotação de culturas

Por:   •  15/11/2017  •  5.914 Palavras (24 Páginas)  •  263 Visualizações

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Impacto Ambiental na Agricultura:

A agricultura, ao contrário de outras indústrias, ao ser uma actividade de produção alimentar e trabalhar com recursos naturais, como a terra e água, não foi considerada durante muito tempo, como uma actividade com capacidade de criar impactos ou efeitos negativos no meio ambiente. Hoje em dia, este conceito de agricultura alterou-se por completo, ao ficar provado que é possível criar um enorme impacto negativo ao seu redor, inclusivé superior a algumas indústrias. Enquanto não se aplicarem boas práticas de uso de fitossanitários, aplicação de adubos, gestão de resíduos, promoção da formação, e outros meios, a agricultura poderá ser responsável por um significativo impacto ambiental negativo e dificílmente reversível.

Entende-se, por impacto ambiental, quando algum componente do meio ambiente, sofre uma alteração causada por uma ação ou actividade, agrícola ou não.

Toda a legislação e normativas de prevenção têm como objectivo, evitar ou reduzir as alterações desfavoráveis, como também os impactos ambientais com efeitos negativos.

A actividade agrícola e pecuária afecta, em muito, determinados ecossistemas naturais em maior ou menor escala, sendo alguns impactos negativos os seguintes;

-Diminuição da qualidade e fertilidade do solo.

-Acumulação de contaminantes.

-Falta de água.

-Novas pragas com maior resistência aos pesticidas.

-Perda de espécies polinizadoras e de habitat selvagem.

-Redução da diversidade genética devido à uniformidade de culturas.

-Risco para a saúde pública, com o aparecimento de resíduos, alguns tóxicos nos alimentos.

Todos estes impactos negativos, sobre o meio ambiente, está a direccionar os países desenvolvidos, para mudar a imagem e pensamento do agricultor, que deve deixar de ser considerado um produtor de alimentos em exclusivo, e passar a desenvolver a sua actividade, como um gestor ambiental.

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Agricultura Intensiva:

Até meado do século passado, a produção agrícola era praticada de forma natural, utilizando produtos e técnicas sem grande desenvolvimento ou modificação durante muitos séculos.[pic 3]

Com a evolução na agricultura, a meio do século passado, implementou-se de forma significativa o aumento da produção de alimentos.

Uma grande inovação, foi a descoberta dos primeiros fertilizantes químicos nos anos 40, e os agricultores descobriram que ao aplicá-los, o aumento de produção era imenso, pois as plantas respondiam de forma intensa ao estímulo químico. Na aplicação de fertilizantes com nitratos, a produção aumentava exponencialmente, e a adição sistémica dos mesmos, originou que hoje em dia, para obter os resultados de décadas atrás, teríamos que aumentar a dose de adubos entre 20 e 200 vezes.

Com a aplicação de adubos, não foi só a produção a aumentar, também se verificou um aumento de ervas daninhas, prejudiciais ás culturas, foi quando surgiram herbicidas no mercado, e só posteriormente a fabricação de fitossanitários, para ataques de fungos e insectos.

Antigamente, não se contemplava a existência de pragas, já que os inimigos naturais de determinados insectos controlavam a população ao actuarem como predadores, e ficava assim estabelecido de forma equilibrada, um micro-sistema na exploração agrícola, desta forma os micro-organismos que residiam nas culturas, não afectavam a sua produção.

Ao passar de uma agricultura extensiva a intensiva, os inimigos naturais perderam a capacidade de control, surgiram novas pragas com capacidade de atacar as culturas, e mais tarde os produtos fitossanitários, estes, conseguiam controlar as pragas e doenças das culturas, sendo muito bem recebidos pelos agricultores, pelas vantagens que ofereciam aos mesmos no control de agentes patogénicos, mais tarde verificando-se algumas desvantagens e notáveis inconvenientes.

-Destruiram-se pragas e insectos benéficos.

-Criação de novas resistências pelas pragas aos produtos químicos.

-Contaminação de solos e rios.

-Desaparecimento de fauna e flora, com o uso de herbicidas residuais.

-Localizados níveis de poluíção química e salinização preocupantes.

Destruição de ecossistemas:

A agricultura está a destruir os habitats naturais, algumas espécies selvagens e microorganismos, devido à perda de pântanos, dunas, e ecosistemas fluviais.

A biodiversidade biológica dos ecossistemas agrícolas é muito inferior à dos ecosistemas naturais, e este déficit agravou-se ao ser eliminado pelo homem espécies dos ecosistemas agrários, que não competem com a exploração da cultura. Ambos ecosistemas, agrários e naturais, trocam matérias e organismos, de modo a criar um equilíbrio através de uma relação de intercâmbio entre os dois, e consequentemente, as actuações que suportam um dos ecosistemas e as suas alterações, terminarão afectando em maior ou menor grau, o segundo ecosistema,

As áreas cultivadas exportam aos terrenos vizinhos, nitratos, fosfatos, produtos químicos e matéria orgânica, que se depositam no solo, rios, lagos e mares.

Os dois ecosistemas competem intensamente pelo solo, a agricultura implanta-se em terrenos que antes foram ocupados por sistemas naturais. Maioritariamente as consequências negativas são exercidas sobre os ecossistemas naturais, onde se despejam restos da actividade agrícola, provocando um impacto negativo na flora e na fauna.

O Humano, deveria ter sempre presente que se está a prejudicar a si mesmo, ao implantar impactos negativos e nocivos, nos ecossistemas naturais e no meio ambiente, e destruindo a floresta, para obtenção de bens, ou criar espaços agrícolas, por consequência, aumentará a erosão, os rios e lagos serão mais contaminados, e os mesmos poderão perder a capacidade de depurar as águas.

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