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ANÁLISE DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO EM ÁREAS DE PRESERVAÇÃO

Por:   •  7/5/2018  •  1.654 Palavras (7 Páginas)  •  408 Visualizações

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Material e Métodos

De uso de um GPS (Sistema de Posicionamento Global) obteve-se as coordenadas geográficas, que foram processadas pelo programas ArcGis, Google Earth e AutoCAD para elaboração do mapas com a delimitação geográfica da microbacia e uso e ocupação do solo.

Com o mapa de uso e ocupação do solo elaborado, avaliou-se a sustentabilidade do uso do solo e se a mata nativa e áreas de preservação permanente atendem ao estabelecidos pelo Novo Código Florestal - Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012.

Resultados e Discussão

Segundo Mota (2008) o disciplinamento do uso e ocupação do solo constitui um importante instrumento para ordenar o desenvolvimento de uma bacia hidrográfica e, assim, se obter a proteção dos recursos naturais, entre eles os recursos hídricos.

O uso e ocupação do solo da bacia em estudo está apresentado no Mapa 1.

Mapa 1 – Mapa de Uso e Ocupação do Solo.

[pic 2]

Fonte: Camargos et. al (2015) adaptado pelo Autor da Pesquisa.

Através da quantificação do uso e ocupação do solo foi constatado que a microbacia em estudo possui somente 11,25% de vegetação nativa, sendo o mínimo de 20 % da área total. Os demais usos do solo podem ser observados na Tabela 1.

Tabela 1 – Descriminação Uso e Ocupação do Solo.

Uso

Área (Km2)

% em relação a área total

Vegetação Esparsa

1,9835

20,11

Área para Plantio

2,7103

27,48

Pastagem

2,7531

27,94

Vegetação Nativa

1,1098

11,25

Área de Preservação Permanente

0,3543

3,58

Ocupações Antrópicas

0,1919

1,97

Plantio de Eucalipto

0,1474

1,50

Áreas Desmatadas próximo a APP

0,0807

0,82

Estradas

0,0364

0,38

Brejos

0,0021

0,02

Recursos Hídricos

0,0610

0,62

Fonte: Camargos et. al (2015).

A vegetação intercepta as gotas de chuva, dissipa a energia cinética da queda e evita o seu impacto direto sobre a superfície, o que reduz o grau de desagregação do solo e aumenta a infiltração de água. A perda de consistência do solo causa a instabilidade e assim provoca o processo de erosão, um estágio mais avançado da erosão é chamado de voçoroca.

Segundo Martins (2014) uma vez atingido o estágio de voçoroca, seu controle é geralmente muito difícil e oneroso, e, em muitas situações, exige intervenções em nível de obras de engenharia.

O processo de desagregação do solo influencia também na fertilidade, em períodos chuvosos, os nutrientes e as partículas de solo são levados pelas chuvas, desaguam nos rios e lagos provocando assim o assoreamento.

Observa-se também que 27,48% do solo este preparado para plantio, os produtores devem se atentar a prática do plantio direto, sendo este um processo de semeadura em solo não revolvido (sem aração ou gradação), no qual a semente é colocada em sulcos ou covas, com largura e profundidade suficientes para a adequada cobertura e contato das sementes com a terra. Esta técnica contribui para proteger o solo do impacto direto das gotas de chuva, do escorrimento superficial e das erosões hídrica e eólica.

Outro fator de suma importância para conservação do solo é a influência direta no ciclo hidrológico. Segundo Martins (2014) conservação das vegetações favorece a infiltração de água no solo e a recarga do lençol freático, auxiliando na regularização da vazão e aumentando o volume de água dentro da microbacia. Os moradores mais antigos relatam que o volume de água do córrego principal e das nascentes reduziram, levando a algumas nascentes ficarem totalmente sem água.

É de suma importância a implantação de corredores ecológicos para facilitar a movimentação de agentes de dispersão de sementes proporcionando a recuperação da vegetação nativa.

A conservação dos solos deve ser adotada numa escala de município ou microbacia hidrográfica, visando a participação de todas as propriedades rurais que a compõem (Martins,2014). Assim, é possível a definição das melhores técnicas de conservação do solo a serem seguidas por todos os produtores.

Para este estudo avaliou-se as áreas de preservação permanente (APP) “ faixas marginais de qualquer curso d'água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de: 30 (trinta) metros, para os cursos d'água de menos de 10 (dez) metros de largura” e “as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d'água perenes, qualquer que seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros.”

Com base no levantamento fotográfico realizado nas Áreas de Preservação Permanente (APP), pode-se concluir que carecem de cuidados pois dos 9 (nove) APP visitadas apenas 2 (duas) estavam devidamente preservadas, as demais se encontrava degradadas devido principalmente a dessedentação de animais. A situação das APP’s podem ser observadas

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